Na volta à Globo, Tom Cavalcante revive Ribamar e pergunta “onde fica o RH”
Encarnando
o porteiro Ribamar, personagem que interpretou por anos no “Sai de
Baixo”, Tom Cavalcante voltou a aparecer em um programa na Globo depois
de mais de uma década de ausência. O comediante fez uma participação
especial neste domingo (04) no “Tomara que Caia”.
“Tô de volta, tô
pro que der e vier. Onde é que fica o RH?'', disse, no monólogo com que
abriu o programa. Em seguida, fez uma observação crítica sobre o
desempenho do próprio “Tomara que Caia”, dizendo: “O programa começou
balançando, mas tomou um rumo''
Em um segundo momento, Tom reviveu
outro personagem célebre seu, o bêbado João Canabrava, que apresentou
por anos na “Escolinha do Professor Raimundo”. O comediante praticamente
não interagiu com o elenco do “Tomara que Caia”. Suas participações
foram pequenos solos, assistidos pelos demais atores. Além
de Tom, o programa apresentou várias novidades nesta noite, seguindo
uma tendência já vista em outros episódios – a de dar mais espaço para
as participações especiais e reduzir o tempo do elenco fixo, sempre meio
perdido em cena.
Cacau Protasio e Serjão Loroza cumpriram esta
função no episódio. Já José Loreto substituiu Ricardo Tozzi no time
permanente – uma alteração que não produziu muito efeito.
A
proposta de improviso, razão de ser do programa, continua sendo o que
emperra o “Tomara que Caia”. A história ia bem no primeiro bloco quando
houve uma “trolagem” e os personagens deveriam se estapear sempre que
usassem a letra “b” em alguma palavra. Por dez segundos, ou mais, os
atores ficaram se olhando sem saber o que fazer ou dizer.
Tom
trocou a Globo pela Record em 2004, onde ficou até 2011. Reza a lenda
que a emissora carioca vetou a sua volta desde então. Em junho de 2015, o
comediante estreou “#Partiu Shopping”, uma série horrível
no Multishow, canal do grupo Globo. Com a sua aparição no cambaleante
“Tomara que Caia”, pelo visto, o tal veto está derrubado de vez. Só
falta agora, aparecer em algum programa bom.
O SENAI/CE está
ofertando 384 vagas em cursos profissionalizantes presenciais e a
distância, distribuídas em 24 turmas, em Setembro e Outubro. As
qualificações são pagas. Os interessados (pessoas físicas e jurídicas)
já podem reservar suas vagas nos cursos pelo telefone (85) 4009.6300 ou
pelo endereço eletrônico http://www.senai-ce.org.br no link Cursos para
Você. Os valores de um curso no SENAI/CE variam de acordo com a área
escolhida e a carga horária. Os preços variam de R$ 100,00 a R$
790,00 reais. O SENAI/CE concede 10% de desconto para quem se inscrever
nas turmas manhã ou tarde.
As
qualificações são nas áreas de Alimentos e Bebidas; Automação
Industrial; Construção Civil; Eletroeletrônica; Energia; Logística; Meio
Ambiente; Metalmecânica; Refrigeração e Climatização; Segurança do
Trabalho; Tecnologia da Informação; Telecomunicações; Têxtil e
Vestuário; Transporte. Os cursos acontecem em oito unidades do SENAI no
Ceará, localizadas em Fortaleza, Horizonte, Maracanaú, Sobral e Juazeiro
do Norte, nos turnos manhã, tarde e noite.
Testemunhas matam suspeito de assalto em Ribeirão Preto, SP
Após roubar mochila de estudante, homem foi agredido por moradores
Na
madrugada deste sábado (3), um homem suspeito de assaltar uma universitária
morreu após ser contido e agredido pelas testemunhas. O crime aconteceu na
cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo. O rapaz, de 27 anos, foi atendido em um
hospital e depois foi encaminhado para a delegacia, onde sofreu um mal súbito. Ele
foi encaminhado para o Hospital das Clínicas e, segundo boletim divulgado pelos
médicos, morreu devido a um traumatismo craniano.
De acordo
com a Polícia Civil, o homem rendeu uma jovem, de 21 anos, em um ponto de
ônibus que fica no cruzamento da Avenida do Café, com a Rua Imigrantes, próximo
ao campus da Universidade de São Paulo (USP-Ribeirão). O suspeito a empurrou e
tentou fugir correndo, levando o celular e a mochila da universitária.
Alguns
metros à frente, o homem se desequilibrou e caiu na calçada, na hora foi
agredido pelas testemunhas até a chegada da Polícia Militar. O rapaz foi detido
pelos policiais e encaminhado para a Unidade Básica Distrital de Saúde, onde
recebeu atendimento.
Após ser
liberado da Unidade de Saúde, o suspeito foi levado à Central de Flagrantes da
Polícia Civil e, durante o período em que aguardava o registro da ocorrência,
ainda algemado, sofreu uma parada cardiorrespiratória.
O suspeito
foi encaminhado para a Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC-EU)
em estado grave, não resistiu aos ferimentos, e, por volta das 6h40 deste
sábado faleceu. O corpo do homem foi encaminhado ao Instituto Médico Legal para
a realização da necropsia.
A jovem
estudante recuperou seus pertences e deverá prestar depoimento na próxima
semana. O caso está sob investigação do 3º Distrito Policial de Ribeirão Preto,
que está na busca de identificar as pessoas que agrediram o suspeito do
assalto.
A presidente Dilma
Rousseff anunciou na sexta-feira (2) a reforma ministerial e
administrativa proposta pelo governo. Veja abaixo a lista com os novos
nomes e suas respectivas pastas: Ricardo Berzoini (PT) - Secretaria de Governo
Bancário,
iniciou sua militância no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e
Região, em 1985. Foi fundador e primeiro presidente da Confederação
Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).
Eleito
deputado federal pelo PT quatro vezes (1998, 2002, 2006 e 2010), no
final de 2005, foi eleito presidente nacional do partido. Em 2007, foi
reeleito presidente nacional do PT. No governo do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, foi ministro da Previdência Social (2003-2004),
quando comandou a reforma da Previdência. Depois assumiu a pasta do
Trabalho e Emprego (2004-2005).
Na gestão da presidenta Dilma
Rousseff foi ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da
Presidência da República (2014). Berzoini tomou posse como ministro das
Comunicações no início de 2015.
Miguel Rossetto (PT) - Ministério do Trabalho e Previdência Social
É
formado em Ciências Sociais pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos
(Unisinos). Foi vice-governador do Rio Grande do Sul, na gestão Olívio
Dutra, e deputado federal pelo PT em 1994.
Em 2003, foi nomeado
para o cargo de ministro do Desenvolvimento Agrário. Em 2006, Rossetto
deixou o governo para tentar uma vaga no Senado, mas não foi eleito.
Dois anos depois, assumiu a presidência da Petrobras Biocombustível,
subsidiária da Petrobras.
Em março de 2014, foi nomeado novamente
ministro do Desenvolvimento Agrário e deixou o cargo em setembro do
mesmo ano para trabalhar na coordenação da campanha para a reeleição de
Dilma. No segundo governo da presidenta Dilma Rousseff, assumiu a
Secretaria-Geral da Presidência da República.
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Nilma Lino Gomes - Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos
Natural
de Belo Horizonte, é pedagoga, professora Universidade Federal de Minas
Gerais e pesquisadora das áreas de educação e diversidade
étnico-racial, com ênfase especial na atuação do movimento negro
brasileiro.
Foi a primeira mulher negra a chefiar uma universidade
federal ao assumir, em 2013, o cargo de reitora pro tempore da
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira.
Também integrou, de 2010 a 2014, a Câmara de Educação Básica do Conselho
Nacional de Educação e participou da comissão técnica nacional de
diversidade para assuntos relacionados à educação dos afro-brasileiros.
Estava no comando da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade
Racial da Presidência da República (Seppir). Marcelo Castro (PMDB) - Ministério da Saúde
É
formado em medicina pela Universidade Federal do Piauí e doutor em
psiquiatria. Filiado ao PMDB, construiu carreira política no Piauí e
está no quinto mandato de deputado federal. É o atual presidente da
executiva estadual do PMDB.
Foi eleito deputado estadual em 1982,
1986 e 1990. Ocupou a presidência do Instituto de Assistência e
Previdência do Estado do Piauí e foi secretário de Agricultura do
estado.
Neste ano, foi relator da Comissão Especial para a Reforma
Política, na Câmara dos Deputados, que ouviu parlamentares e
especialistas para elaborar um relatório com a proposta de reforma
política. Aloizio Mercadante (PT) - Ministério da Educação
Deixa
a Casa Civil. Graduado em Economia pela Universidade de São Paulo
(USP), mestre em Ciência Econômica e doutor em Teoria Econômica, é
professor licenciado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUC-SP) e da Unicamp.
Filiado ao PT, foi eleito deputado federal
em dois mandatos (1991-1995 e 1999-2003) e senador da República
(2003-2011). Em 2006, foi candidato ao governo de São Paulo. Ocupou o
cargo de ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação entre 2011 e 2012 e
da Educação entre 2012 e 2014. Deixou o Ministério da Educação para
assumir a Casa Civil. Jaques Wagner (PT) - Casa Civil
Iniciou
sua militância na capital carioca no final dos anos 60, quando presidiu
o diretório acadêmico da faculdade de Engenharia Civil da Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
Vive em
Salvador desde 1974, onde iniciou sua carreira profissional na indústria
petroquímica. Foi deputado federal pelo estado por três vezes
(1990-2002) e governador da Bahia por dois mandatos consecutivos
(2007-2014).
Durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, foi Ministro do Trabalho e Emprego (2003), da Secretaria
Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da
Presidência da República (2004 -2005) e do Ministério das Relações
Institucionais (2005-2006). Aldo Rebelo (PCdoB) - Ministério da Defesa
Escritor
e jornalista, foi eleito seis vezes deputado federal por São Paulo pelo
PCdoB. Foi presidente da Câmara dos Deputados e líder do governo e do
PCdoB na Câmara. Em 2009, foi relator da Comissão Especial do Código
Florestal Brasileiro e da Lei de Biossegurança.
Aldo Rebelo foi
nomeado ministro do Esporte em outubro de 2011. Permaneceu no cargo até
dezembro de 2014. Coordenou a Copa das Confederações de 2013, a Copa do
Mundo de 2014 e os preparativos para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos
de 2016.
Em dezembro de 2014, Rebelo foi indicado pela presidenta
da República Dilma Rousseff para ocupar o Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação. Celso Pansera
É graduado em
Literatura pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e
pós-graduado em Supervisão Escolar. Em 1992, fundou a Frente
Revolucionária, embrião do futuro PSTU. Em 2001, filiou-se ao PSB e
passou a fazer parte da Executiva Municipal do partido em Duque de
Caxias, na Baixada Fluminense. Em 2007, assumiu uma diretoria na
Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) e, no início de 2009,
tornou-se presidente da Faetec, onde ficou até 2014.
Ele cumpre o
primeiro mandato como deputado federal (PMDB-RJ) e preside a Comissão
Especial de Crise Hídrica do Brasil, é membro titular da Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras e da Comissão de Ciência e
Tecnologia, Comunicação e Informática, além de ser suplente na Comissão
de Educação. Helder Barbalho
É filho do senador Jader
Barbalho (PMDB-PA), um dos líderes do partido, e da deputada federal
Elcione Therezinha Zahluth. Já foi vereador, deputado estadual e
prefeito de Ananindeua (PA). Desde janeiro deste ano, ele ocupa o cargo
de ministro da Secretaria de Pesca e Aquicultura.
Natural de Belém, Helder tentou se eleger governador do Pará pela primeira vez em 2014, mas perdeu para Simão Jatene (PSDB).
Formado
em administração, começou a carreira política há 15 anos, quando foi
eleito o vereador mais votado de Ananindeua (PA) com 4,2 mil votos. Em
2002, elegeu-se deputado estadual. Aos 25 anos, foi eleito o prefeito
mais jovem da história do Pará. Em 2008, foi reeleito prefeito de
Ananindeua. Helder é casado com a advogada Daniela Lima Barbalho e tem
três filhos. É o presidente em exercício do PMDB no Pará. André Figueiredo
É deputado federal pelo PDT do Ceará, eleito em 2014, mas já exerceu o cargo de 2003 a 2007 e de 2011 a 2015.
Natural
de Fortaleza, é advogado e economista. Filiou-se ao PDT em 1984 e
entrou na vida pública em 1994 como subsecretário da Secretaria de
Desenvolvimento Urbano do Ceará. Também foi secretário do Esporte e
Juventude do estado de 2003 a 2004. No Ministério do Trabalho e Emprego,
foi assessor especial em 2007 e secretário executivo de 2007 a 2010.
Destinado ao abate de caprinos e ovinos, o equipamento beneficiará produtores de 19 municípios da Região Norte.
Equipes da Prefeitura de Sobral, da
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Empraba) e do Banco do
Nordeste se reuniram para discutir o apoio a dois projetos que
possibilitariam a regulamentação do abate de animais no Território da
Cidadania de Sobral, que contempla 19 municípios. O primeiro deles é
relativo ao financiamento de um abatedouro móvel.
“A
proposta é que a nova tecnologia seja adquirida por meio de parceria
púbico/privada, com o financiamento do Banco do Nordeste. O equipamento
tem capacidade para o abate de 30 cabeças por dia e beneficiaria
produtores da região, possibilitando a regulamentação dos abates por
meio dos sistemas de inspeção municipal e estadual”, explicou a secretaria da Agricultura e Pecuária de Sobral, Luiza Barreto.
“Atualmente,
só existe um abatedouro móvel em todo Brasil, localizado em Santa
Catarina e que é utilizado apenas para o abate de suínos. A chegada
desse novo equipamento, além de fortalecer os produtores, também irá
assegurar qualidade alimentar para nossa população, que passará a
consumir produtos inspecionados”, comemorou Luciano Arruda, chefe de gabinete da Prefeitura de Sobral.
Também
foi discutida a possibilidade de uma parceria voltada para o apoio à
regulamentação do abate de aves industriais. A ação segue a mesma
perspectiva do abatedouro móvel, que visa a promoção da segurança
alimentar.
O
encontro, que terá continuidade com uma agenda de reuniões envolvendo
outros parceiros, contou com a participação do chefe de gabinete da
Prefeitura de Sobral, Luciano Arruda; da secretária da Agricultura e
Pecuária, Luiza Barreto, do superintendente do Banco do Nordeste, João
Robério Pereira de Messias; da gerente executiva estadual do Banco do
Nordeste, Jeania Rogério Gomes; do diretor de Pesquisa e Desenvolvimento
da Embrapa, Vinícius Pereira Guimarães, acompanhados por técnicos da
cadeia produtiva da instituição.
Coca-Cola e McDonald's pedem renúncia imediata de Blatter
O
megaescândalo de corrupção que abala o futebol mundial ganhou mais um
capítulo nesta sexta-feira, com a decisão dos dois patrocinadores da
Fifa, Coca-Cola e McDonald's, de pedir a renúncia imediata de Joseph
Blatter, presidente demissionário da entidade.
"Pelo bem do jogo, a
companhia Coca-Cola pede para que o presidente da Fifa, Joseph Blatter,
renuncie imediatamente, para que um processo de reformas confiável e
viável possa começar seriamente", escreveu a empresa americana num
comunicado.
Minutos depois, o cartola respondeu por meio dos seus advogados que descarta deixar o cargo.
"Coca-Cola
é um patrocinador valioso para a Fifa, mas o senhor Blatter discorda,
com todo o respeito, da sua posição, e acredita com firmeza que deixar o
cargo agora não serviria os interesses da Fifa ou adiantaria o processo
de reformas, por isso descarta renunciar ao cargo", rebateu Richard
Cullen, advogado do suíço de 79 anos, em outro comunicado.
Na
última sexta-feira, a justiça suíça abriu uma investigação criminal
contra Blatter, por "abuso de confiança" e "pagamento indevido" de dois
milhões de francos suíços (1,8 milhão de euros) a Michel Platini,
presidente da Uefa.
A Procuradoria-Geral também suspeita que o
suíço de 79 anos assinou "um contrato desfavorável para a Fifa" com a
União Caribenha de Futebol (CFU), presidida por Jack Warner, na venda
dos direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2010 e 2014.
O
escândalo estourou no dia 27 de maio, com a prisão num hotel de luxo em
Zurique de sete altos dirigentes da Fifa a pedido da justiça americana,
entre eles o brasileiro José Maria Marin, ex-presidente da CBF.
Esses
cartolas estavam na Suíça para participar do congresso em que Blatter
foi reeleito para um quinto mandato, no dia 29 de maio.
O suíço,
porém, acabou colocando o cargo a disposição quatro dias depois, diante
da forte pressão internacional, principalmente da parte dos
patrocinadores.
Mesmo assim, Blatter pretende permanecer nas suas
funções até o dia 26 de fevereiro, data marcada para a eleição do seu
sucessor.
Herdeira do Itaú: campanha sem ética se voltou contra Dilma
BBC BRASIL.com
"A Neca não precisava de nada disso. Podia estar tomando champagne em
Paris", diz uma pessoa próxima da socióloga, educadora e acionista do
Itaú Maria Alice Setúbal, mais conhecida pelo apelido de infância - que
vem do termo "boneca".
Herdeira do maior banco privado brasileiro, em vez disso, Neca escolheu
trabalhar com projetos sociais em São Miguel Paulista, bairro no
extremo leste de São Paulo, à frente da Fundação Tide Setúbal, e se
meter no vespeiro da política brasileira, apoiando a ex-senadora Marina
Silva, que disputou duas vezes a presidência.
A última decisão teve um custo. No ano passado, uma das principais
estratégias da campanha do PT para enfraquecer Marina foi atacar sua
associação com Neca, na época, coordenadora de seu programa de governo.
Dilma acusou Neca de agir como "banqueira", não como "educadora", e
apoiar Marina para garantir sua adesão a políticas pró-bancos. "Foi uma
campanha muito agressiva", lembra Neca em entrevista à BBC Brasil.
"(Mas) a própria (queda na) popularidade da presidente, o fato de a
população achar que ela mentiu. Tudo isso se voltou contra ela."
Hoje, Neca comemora a recente criação do partido de Marina, o Rede
Sustentabilidade, e garante que a agremiação tem uma estratégia para
evitar a "velha política" que tanto criticou na campanha: "Em torno de
20 deputados federais procuraram a Rede tentando encontrar ali um espaço
da 'velha política' e isso não foi aceito. Os políticos têm de ter
claro que a Rede não será um espaço de negócios políticos e troca de
cargos ou favores", diz.
Em uma conversa com a BBC Brasil, Neca comentou sobre os cortes na área
de educação, a crise política e o papel dos grandes empresários
brasileiros nos esforços de redução das desigualdades sociais no país.
BBC Brasil - Durante a corrida presidencial, Dilma usou o fato de a
senhora ser acionista do Itaú para atacar Marina. Como avalia o episódio
com o distanciamento do tempo?
Setúbal -
Foi uma campanha muito agressiva, não só comigo, mas também com a
Marina, o Aécio (Neves) e o Armínio Fraga (apontado por Aécio para ser
seu Ministro da Fazenda no caso de uma vitória do PSDB). Muitas vezes se
perdeu a ética. Mas há fatos - as próprias pessoas com quem a Dilma
conversa (hoje), quem ela convidou para o ministério (da Fazenda) -
mostrando uma incoerência entre as criticas que ela fez e como está
agindo. A própria (queda na) popularidade da presidente, o fato de a
população achar que ela mentiu. Tudo isso se voltou contra ela.
BBC Brasil - Durante a campanha, vocês defenderam a continuidade de
alguns programas do governo do PT, como o Bolsa Família, o Pronatec etc.
Existe o risco de que a atual crise de credibilidade da gestão Dilma
respingue nesses programas? Nas redes sociais alguns grupos já fazem
crítica aberta a alguns deles…
Setúbal -
Não sei. Acho muito difícil termos retrocesso em alguns programas como o
Bolsa Família. As redes sociais veiculam de tudo, sem nenhum filtro.
Estamos em uma era de muitas radicalizações e intolerância. Parece que
tem um vale tudo nas redes que pode acabar dominando esse debate. Você
sempre vai ter grupos radicais. Dois ou três, quatro ou cinco que
radicalizam. Tem até gente pedindo intervenção militar. Não sei, posso
estar alienada, mas pra falar a verdade, sinceramente, não vejo isso
(críticas a programas). Nem nada contra o Bolsa Família,
especificamente. Ao menos não há uma crítica consolidada.
BBC Brasil - A sra. terá algum papel na Rede Sustentabilidade?
Setúbal -
Continuo muito próxima da Marina. Eu me filiei à Rede, mas não tenho nenhum cargo.
BBC Brasil - E na questão do apoio financeiro? A Rede terá uma parcela ínfima do fundo partidário...
Setúbal -
A gente não tinha nada. Ter alguma coisa vai ser melhor que nada.
BBC Brasil - Mas a senhora pode no futuro vir a oferecer apoio financeiro?
Setúbal -
Não tenho nenhum planejamento para fazer isso. Nada previsto.
BBC Brasil - Qual a estratégia para evitar a 'velha política'?
Setúbal -
Já estamos evitando (essas práticas). Em torno de 20 deputados federais
procuraram a Rede tentando encontrar ali um espaço da velha política e
isso não foi aceito. Os políticos têm de ter claro que a Rede não será
um espaço de negócios políticos e troca de cargos ou favores. Nem de
imposições. Essa lógica da velha política, que não tem a ética como eixo
central, não cabe dentro do partido.
Em sua constituição a Rede também já se diferencia por ter uma forma
muito mais horizontal que os outros partidos. (Pelas suas regras) só vai
ser permitido uma única reeleição para um mesmo cargo. Ou seja, se você
é um deputado pela Rede só vai poder se reeleger uma vez como deputado.
Nós também prevemos no estatuto a criação de um conselho da sociedade
civil que vai monitorar as ações e posições assumidas pelo partido.
BBC Brasil - Por que a Marina parece ter optado por um protagonismo mais fraco nesse momento de crise política e econômica?
Setúbal -
Acho que ela optou por falar nas redes sociais. Até porque, justamente,
não tinha um partido até agora. Certamente com a Rede se viabilizando,
ela já pode falar a partir de um lugar, um partido que faz parte do
cenário político brasileiro. Mas ela nunca deixou de falar nas redes
sociais. Acho que foi uma opção esperar esse partido.
BBC Brasil - Como a Rede vai se posicionar sobre a crise política e os pedidos de impeachment da presidente?
Setúbal -
A Rede e a Marina têm se posicionado dizendo que estamos em uma crise e
a presidente não está com legitimidade, mas você não tem ainda
condições concretas que justifiquem um impeachment. Então a posição é
contra o impeachment neste momento.
BBC Brasil - Em uma entrevista recente ao jornal , o seu irmão
(Roberto Setúbal, presidente do Itaú) defendeu a permanência de Dilma no
poder...
Setúbal -
A posição dele você pergunta para ele. Acho que está difícil saber.
Estamos em uma crise. Está muito difícil a posição dela (Dilma). Ela
está perdendo cada vez mais apoio. Acho que impeachment tem de ser uma
coisa muito bem estruturada. Se for. Eu nunca fui a favor do
impeachment. Com a posição dela (Dilma) fica difícil para qualquer
pessoa entender o que vai acontecer e saber que posição tomar. Não tomei
nenhuma posição radical. Tenho minhas críticas a Dilma e ao governo.
Acho que é a sociedade que vai ter de chegar a uma decisão.
BBC Brasil - A sra. criticou em um artigo recente as "manifestações de ódio" nas redes sociais. A que se referia exatamente?
Setúbal -
Sou contra radicalizações e intolerância, a falta de abertura ao
diálogo. (Contra) ter uma posição radical, seja ela a favor ou contra a
Dilma. Essa história de um grupo xingando o outro. Você pode ser
diferente, ter outra posição, mas a gente pode debater e discutir. Eu
posso respeitar sua posição desde que ela seja ética e ter um diálogo de
respeito.
BBC Brasil - A sra. defende a taxação das grandes fortunas e sua
família é uma das mais ricas do país. Quanto seria um nível de imposto
justo e aceitável por exemplo, sobre herança ou renda. Quanto aceitaria
pagar?
Setúbal -
Acho que isso não é assim. Essa pergunta não faz sentido. Isso tem de
ser uma política de governo, tem de estar alinhado com várias outras
coisas. Não é o que eu ou a Maria estamos dispostos a pagar. Tem de ser
uma política séria. De um país que está se planejando, fazendo um
ajuste. Eu sempre defendi que o imposto tinha de ser progressivo.
BBC Brasil - A sua fortuna vem do setor financeiro, bastante criticado
em função dos lucros altos. Foi inclusive essa, digamos,
"impopularidade" do setor que foi explorada na campanha. Ao atuar na
área social, encontrou resistência?
Setúbal -
Isso foi muito forte durante a campanha. Talvez tenha sido o momento em
que (o setor) foi mais combatido e criticado. Tudo foi muito agressivo.
Mas a história também teve um outro lado. As pessoas que me conheciam e
conheciam meu trabalho me apoiaram bastante, reconheceram que era um
absurdo que isso estivesse sendo feito. Gente do próprio PT fez
declarações públicas e nas redes sociais nessa linha.
Existe uma critica ao sistema financeiro, não só no Brasil, mas no
mundo. Isso existe. É parte da minha história e eu tenho de saber lidar
com isso. É parte da vida. Normal. Como outros são criticados, sei lá,
por serem evangélicos ou do candomblé, por ser branco, verde ou azul.
Isso é parte do jogo democrático.
BBC Brasil - Mas a sra. acha injustas essas críticas aos bancos?
Setúbal -
Acho que isso faz parte. Democracia é assim. Você tem interesses
diferentes. Às vezes conflitantes, as vezes não. Às vezes se chega a um
consenso, outras não. A Dilma mesmo convidou o Joaquim Levy, do Banco
Bradesco (para ser ministro da Fazenda). Ela se consulta com o Luiz
Trabuco, (ex-) chefe dele (e presidente do Bradesco). Tem momentos em
que ela vai estar em conflito com os bancos. E outros em que vai estar
se alinhando com os bancos. Isso é parte do jogo democrático. Não é
justo ou injusto. As pessoas têm interesses diferentes.
BBC Brasil - Se a chapa da sra. tivesse vencido as eleições, o que faria de diferente na educação?
Setúbal -
É difícil falar sobre (um cenário que depende de algo) ter ou não ter
acontecido, porque as configurações de forças seriam outras. A educação
está conectada com outras áreas. Seria um outro momento, uma outra
articulação entre ministérios e uma outra forma de encarar um projeto
para o Brasil. Não dá para pensar a educação separada do resto.
BBC Brasil - As prioridades seriam as mesmas?
Setúbal -
O MEC (Ministério da Educação) hoje tem como prioridade o Plano
Nacional de Educação (PNE). Isso também estava em nosso programa de
governo. Agora, o PNE é muito amplo. O MEC está focando a (criação de
uma) base nacional comum curricular, que é de fato um aspecto
superimportante.
BBC Brasil - A educação está sendo duramente afetada pelo ajuste
fiscal. Os cortes atingiram programas-bandeira da campanha de Dilma,
como o Pronatec e o Ciências Sem Fronteira, além do orçamento das
federais, investimentos e etc. Dava para ser diferente?
Setúbal -
Podemos discutir porque chegamos até agora, até setembro. Talvez esse
corte deveria ter sido feito um pouco antes. Todos têm de contribuir um
pouco para a saída da crise. Meu questionamento é sobre o fato do corte
ter sido linear. Não houve uma preocupação de preservar algumas áreas
como educação, apesar de até o slogan do governo ser "pátria educadora".
Isso poderia ter sido bem melhor planejado. Inclusive se pensarmos no
caso do Pronatec, que sofreu um corte grande. Talvez fosse o momento, já
que o desemprego aumentou, de incentivar a capacitação de mão de obra
pelo programa. Já os critérios introduzidos no FIES (programa de
financiamento estudantil), ligados a pontuação dos estudantes no exame
ENEM, foram importantes. Também tem um critério de renda. Isso tudo
colaborou para o (aprimoramento do) programa.
Mas o governo até agora não deu uma concretude ao lema pátria
educadora. E não só pelos cortes. A educação teria de sofrer algum tipo
de corte. Mas, fora isso, o governo não deu um direcionamento claro ao
que seria a pátria educadora. Tem vários projetos. O ministro (Renato
Janine Ribeiro, empossado em abril) também entrou no meio do caminho,
estava há pouco tempo no cargo.
BBC Brasil - Como vê a troca de Janine Ribeiro por Aloízio Mercadante?
Setúbal -
É uma pena para a educação ver (o afastamento de) um ministro que
entrou há pouquíssimo tempo e nem teve tempo de desenvolver um trabalho,
embora o Mercadante já tenha estado no ministério. É o terceiro
ministro em um ano.
BBC Brasil - A pasta está sendo usada como moeda de troca no jogo político?
Setúbal -
Acho que é preciso entender bem o contexto da troca. A nomeação do
Renato não foi uma moeda de troca. Nem a do Cid Gomes (primeiro ministro
da educação do ano e ex-governador do Ceará).
BBC Brasil - Como avançar na questão da qualidade da educação com um orçamento apertado?
Setúbal -
A educação precisa de mais recursos e mais gestão. Não adianta colocar
mais dinheiro se você não tem uma gestão comprometida com resultados,
com a qualidade da aprendizagem, mobilização e valorização dos
professores. Agora, a execução do Plano Nacional de Educação exige, sim,
mais recursos. Estamos em uma crise, mas vamos pensar que esse corte de
recursos é emergencial, conjuntural.
BBC Brasil - Mas estamos no caminho certo? Uma crítica frequente é que o Brasil precisaria priorizar mais a educação básica …
Setúbal -
Não concordo. Acho que há algum tempo o MEC já está priorizando a
educação básica. Nesse sentido, sim, estamos no caminho certo. Mas a
educação é algo muito complexo. Não dá para dizer que é um ou outro
elemento (que vai fazer a diferença). Se fosse fácil já estaríamos em
outra situação. Agora, (avançar) exige também uma vontade política, um
esforço de articulação. Você também não pode deixar de lado a questão da
qualificação da mão de obra ou o ensino superior. A democratização do
ensino superior, feita principalmente através do Prouni e Fies, é muito
importante.
BBC Brasil - Pela sua origem e área de atuação, a sra. é uma pessoa
que tem contato com vários segmentos da sociedade brasileira, dos mais
ricos aos mais pobres. Parte do PT denuncia uma polarização social e
atribui a rejeição ao governo a uma luta de classes. Como vê isso?
Setúbal -
Acho que isso é um posicionamento ideológico que o PT sempre teve e o
Lula sempre teve. É parte do jogo democrático. A sociedade de fato tem
suas diferenças, sua diversidade, diferente classes sociais. Isso é
parte do jogo. Normal.
BBC Brasil - A senhora escolheu se dedicar a projetos sociais. Mas há
quem veja falta de empatia social nas elites brasileiras. Nos EUA parece
haver uma cultura maior de doações a fundações e ONGs, por exemplo. O
que acha?
Setúbal -
É difícil comparar. Os Estados Unidos são um país muito mais rico que o
Brasil. Incomparavelmente. Tem uma quantidade de pessoas ricas maior.
Lá também há muitos incentivos para se abrir fundações. Aqui não. Eles
têm uma cultura de participação diferente, além desses incentivos
fiscais muito diferenciados. E acho até que essas comparações não têm
muita consistência. Se você me falar tem uma pesquisa que levantou isso,
aí a gente poderia analisar.
BBC Brasil - Os grandes empresários tem algum papel na redução das desigualdades sociais?
Setúbal -
No Brasil você já tem vários empresários e pessoas que fazem muito
individualmente. Tem aumentado muito o número de fundações familiares e
empresariais, institutos e programas. Existe uma sociedade civil atuante
- e de diferentes formas. Na área de educação, temos várias fundações e
institutos com o objetivo de contribuir para a melhoria do pais e
(redução) das desigualdades. É claro que eu gostaria que fosse mais.
Uma cena da novela I loveParaisópolis,
da Rede Globo, na noite de quarta-feira (30), parecia mostrar uma
situação comum, e por isso mesmo se tornou uma situação assustadora.
Os personagens travam o seguinte diálogo - Olá Clarisse, tudo bom? - Poderia estar melhor, não é? Enfim, estou aqui para tirar o Sr. Jurandir da cadeia. A pedido do Benjamin. - Que bom, fico feliz. O Benjamin é um rapaz muito generoso mesmo. - Agora ele vive envolvido com as pessoas da favela, estou pensando até em abrir uma filial do meu escritório lá na comunidade. - Ah, e por que não? O Benjamin e a Dona Isabelita têm escritório lá também. - Eu prefiro utilizar o meu tempo com pessoas mais educadas. - Sei, igual aqueles bandidos de terno e gravata, não é? Estudados, com “pedigree”, eu conheço bem isso aí.
A
banalização da criminalidade nos altos escalões já ocupa cenas de uma
novela das 19 horas, horário em que o que se pode exibir são imagens
consideradas apropriadas para membros da família de qualquer idade.
Donde se conclui que a criminalidade no Brasil, de qualquer tipo e escalão, já não é novidade para nenhuma criança.
Assembleia Legislativa homenageia vereadores em sessão solene
Sessão solene foi realizada no Plenário 13 de MaioMarcos Moura
A Assembleia Legislativa do Ceará celebrou, na noite desta
quinta-feira (01/10), durante sessão solene, o Dia Nacional do Vereador.
O evento, que atendeu requerimento dos deputados Sérgio Aguiar (Pros),
Walter Cavalcante (PMDB), Carlos Felipe (PCdoB) e Audic Mota (PMDB),
contou com a presença de vereadores de todas as regiões do Ceará. A
solenidade foi realizada no Plenário 13 de Maio.
O deputado Sérgio Aguiar informou que o Estado possui 2.147
vereadores e ressaltou que são muito importantes para o desenvolvimento
das cidades, por estarem mais próximos à população.
Na avaliação do deputado Carlos Felipe, o vereador é quem sente mais
de perto as angústias do povo. “A democracia não será forte se não
fortalecer sua base. Por isso é fundamental fortalecer os vereadores”,
defendeu.
Para o deputado Walter Cavalcante, os vereadores têm o dom de ajudar
as pessoas e, assim, melhorar a qualidade de vida da população. Ele
destacou a importância desses parlamentares para o Brasil, mesmo nos
menores municípios.
O deputado Audic Mota (PMDB) enfatizou que os vereadores são a base
da política do País e afirmou que o trabalho deles requer muito empenho e
qualificação. Segundo o parlamentar, a homenagem é uma forma de
reconhecer o trabalho feito pelos vereadores no Ceará.
De acordo com o presidente da União dos Vereadores e Câmaras do Ceará
(UVC), César Araújo Veras (Pros), os representantes dos legislativos
municipais são a principal ponte entre os cidadãos e o Executivo. Ele
comentou que o vereador tem que se desdobrar em várias funções e nem
sempre é reconhecido. Cesár Araújo Veras ressaltou ainda que a UVC busca
fortalecer, dar assistência e qualificação para que os vereadores
possam exercer melhor seu mandato.
Durante o evento, foram entregues placas comemorativas ao presidente
da Câmara de Vereadores de Fortaleza, Salmito Filho (Pros) ,
representado pelo diretor geral Câmara Municipal de Fortaleza, Robson
Loureiro; aos vereadores de Fortaleza Iraguaçu Teixeira (PDT), Evaldo
Lima (PCdoB), Francisco Eron Mendes Moreira (PV), Lavoisier Férrer
(PMN), Adail Junior (Pros), Ruthmar Xavier Benício (PR); ao secretário
de Cultura do Estado e vereador licenciado de Fortaleza, Guilherme
Sampaio; e aos ex-vereadores de Fortaleza Jaime Cavalcante Albuquerque
Filho e Raimundo Narcílio de Andrade.
Também receberam homenagem o vereador de Guaiúba, Valdemiro Martins
Ribeiro; de Boa Viagem, Francisco Valdenir Vieira Da Silva; de Icapuí,
Jobede Reis Cirilo da Silva; de São Luis do Curu, Raimundo Teles Nines;
de Independência, Raimundo Ivo Vieira; de Cascavel, Gerardo Pompeu
Ribeiro Neto; de Crateús, José Humberto Beserra Lima, Manoel Conegundes
Soares e João de Deus Ferreira; do Crato, Paulo de Tarso Cardoso
Varela; de Aquiraz, Jair José da Silva; de Ibicuitinga, José Zairton
Girão Maia Junior; de Morada Nova, Francisco Aurijane Martins da Cunha;
de Quixeramobim, Fátima Liduína Pinheiro Leite; de Tauá, Antonio Agenor
Cavalcante Mota; e de Tianguá, Mariano Brekenfelf Diniz.
Na ocasião, foram entregues ainda as Comendas Dinorah Ramos,
oferecidas pela UVC Mulher em reconhecimento a projetos apresentados por
vereadoras. Foram agraciadas as parlamentares Maria do Socorro Sales
Silva, do município de Baixio; Maria Iracilda Rodrigues, de Camocim; e
Kath Anne Meira da Silva, de Fortim.
Também estiveram presentes na solenidade o vereador Acrísio Sena
(PT); o secretário-chefe da Casa Civil, Tulio Studart; e os deputados
Heitor Férrer (PDT), Joaquim Noronha (PP) e Bruno Pedrosa (PSC).
É Rubens Valente – autor do detalhadíssimo Operação Banqueiro, sobre as falcatruas do “imprendível” Daniel Dantas – que nos traz hoje na Folha
a revelação de que está apurado e pronto para providências punitivas
mais um escândalo de Eduardo Cunha, que nunca deixou de praticar, desde o
início de sua vida como operador do mercado financeiro, a sua devoção
pelo dinheiro.
Diz ele que Cunha “lucrou indevidamente” R$ 900
mil em negócios conduzidos pela pela Corretora Laeta, que operava
recursos seus, particulares, e da Prece, instituto de previdência da
companhia de água e esgoto do Rio, a Cedae. Simplificadamente,
funcionava assim: a corretora aplicava os recursos em bloco e,
naturalmente, fazia negócios que davam lucro e e em outros, registrava
prejuízo. Na hora de identificar quanto pertencia a quem, as aplicações
para Cunha ficava com os bons negócios e os “micos” eram atribuídos a
Prece.
Isso só era possível porque, claro, a Prece aceitava
aplicar o dinheiro dos servidores com uma corretora que lhe dava
prejuízos, sistematicamente. A Cedae, nesta época, era presidida por
Lutero de Castro Cardoso, ex-funcionário da extinta Telerj na época em
que Cunha a presidia, por indicação de PC Farias, no Governo Collor.
Depois
da revelações de Júlio Camargo e de Fernando “Baiano” Soares de que
pegou US$ 40 milhões em propinas na contratação de navios, convenhamos,
desvio de R$ 900 mil é “trocado” na longa lista de irregularidades
apontadas a Eduardo Cunha.
Mas abre a porta de um longa e
tenebrosa estrada de cumplicidades entre Cunha e Lúcio Bolonha Funaro,
condenado na mesma operação e envolvido em dúzias de episódios
sombrios, entre eles um negócio milionário com Furnas Centrais
Elétricas, no tempo em que esta era dirigida pelo falecido Luiz Paulo
Conde, amigo de Cunha no PMDB.
Superávit de setembro soma US$ 2,94 bilhões, informou o governo. Na parcial do ano, saldo positivo tem o melhor resultado desde 2012.
As
exportações superaram as compras do exterior, resultando em superávit
da balança comercial brasileira, em US$ 2,94 bilhões no mês de setembro,
informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(MDIC) nesta quinta-feira (1º).
É o melhor resultado para meses
de setembro desde 2011, quando o saldo positivo somou US$ 3,07 bilhões,
ou seja, em quatro anos. No mesmo mês de 2014, a balança comercial
registrou um déficit (importações maiores do que vendas externas) em US$
939 milhões.
No mês passado, as exportações somaram US$ 16,14
bilhões, com média diária de US$ 769 milhões, e tiveram queda de 13,8%
sobre o mesmo mês do ano passado. Nesta comparação, recuaram as vendas
de todas as categorias de produtos: semimanufaturados (-12,2%), básicos
(-19,6%) e manufaturados (-4,6%).
No caso das importações, que
totalizaram US$ 13,2 bilhões em setembro, com média diária de US$ 628
milhões, a queda foi de 32,7% por conta de menores gastos com
combustíveis e lubrificantes (-61,9%), matérias-primas (-26%), bens de
consumo (-23,4%) e máquinas e equipamentos para produção (-27,4%).
Para
acompanhar o andamento dos projetos de Sobral no PAC Cidades
Históricas, o prefeito Veveu Arruda esteve reunido, nesta quinta-feira
(1º), em Brasília, com a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional (IPHAN), Jurema Machado; o diretor do PAC Cidades
Históricas, Robson de Almeida, e a superintendente do IPHAN no Ceará,
Diva Figueredo, acompanhado do secretário de Infraestrutura do Estado do
Ceará, André Facó, e da secretária adjunta de Relações Institucionais
do Governo do Estado do Ceará, Luciana da Mata.
Como resultado do encontro, será feito aditivo de prazo no projeto. “A
reunião foi muito positiva. Temos em Sobral o maior e mais arrojado
projeto em execução no Brasil, considerando o conjunto de obras do
Sobral Novo Centro, que dará uma melhoria significativa na qualidade
urbana do Centro da cidade de Sobral e na qualidade de vida da nossa
população”, avaliou o Prefeito. O
PAC Cidades Históricas visa conservar imóveis tombados, promovendo o
patrimônio cultural e o desenvolvimento econômico e social. Sobral tem
13 projetos aprovados no PAC Cidades Históricas, como a sinalização
turística do Sítio Histórico e restauro de prédios como o Museu Dom
José, Museu MADI, Museu do Eclipse, Igreja e a Praça do Menino Deus e
Igreja das Dores, entre outros. Sobral Novo Centro
Dentro
do Projeto Sobral Novo Centro, já foi concluída a primeira etapa da
troca do pavimento, qualificação das calçadas e inauguradas as Praças do
Patrocínio, do Bosque e do Amor. Estão em andamento, a instalação da
sinalização turística; a requalificação das praças Senador Figueira
(Praça do Antigo Fórum) e Samuel Pontes (Praça João Pessoa), ambas com
25% dos serviços executados; e a requalificação da Praça Cel. Manuel
Arthur da Frota (Praça da Várzea), com 60% das obras concluídas. Também
serão restaurados o Teatro Apolo, Museu Dom José, Museu MADI, Museu do
Eclipse, Igreja e Praça do Menino Deus, Igreja das Dores, entre outros. Idealizado
pelo prefeito Veveu Arruda, quando era secretário de Cultura do
Município, o ‘Sobral Novo Centro’ é o maior projeto de requalificação de
Centro Histórico em execução no Brasil, abrangendo uma área de 27
hectares tombada pelo IPHAN. Com recursos do Governo Municipal,
Estadual, Federal e do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID),
está sendo substituída a pavimentação asfáltica por blocos de concreto
intertravados, nas principais ruas do centro; alargadas, retificadas e
padronizadas as caçadas, com acessibilidade para cadeirantes e
deficientes visuais; internalizada toda a fiação elétrica, telefônica e
lógica; padronizadas a sinalização e iluminação, com instalação de
luminárias em estilo colonial e mobiliário urbano; além da
requalificação de praça e prédio histórico.
O tigre Teceu
administrava uma comunidade pacífica habitada, em sua maioria, por animais
estudiosos, trabalhadores e bem intencionados. Desejavam viver dentro de um
ambiente onde prevalecesse a ordem e o progresso. Por questões internas, principalmente,
e externas os moradores passaram a enfrentaruma grande crise, alcançando os setores político, econômico, social e
ético-moral. Tais desajustes afetaram o comportamento e a esperança da
população, bem como a desconfiança de outras comunidades e de instituições
externas. Era fundamental que Teceu adotasse ações corretivas visando melhorar
a qualidade de vida dos seus conterrâneos e readquirir a credibilidade perdida.
No entanto, Teceu eseus assessores não
mostraram à população a real dimensão da crise. A situação ficou cada vez mais
difícil. Agora, além de medidas emergenciais, são necessárias reformas
estruturais importantes visando conquistar condições de governabilidade e de
desenvolvimento. Tais reformas, conformeestudiosos, precisam se apoiar em três pilares básicos: Democracia,
Educação e Sistema Fiscal/Tributário. A democracia permitirá a soberania
popular, a liberdade e a justiça. A educação, cognitiva e comportamental,
possibilitará mais conhecimento e melhor formação ética e moral. Já o sistema
fiscal/tributário, usando-se a dosagem econômica adequada, deverá proporcionar
melhores níveis de investimento, emprego, produtividade, competitividade e de
distribuição de renda. A fábula mostra: “Se você me ouvir, entenderá o que é
direito, justo e honesto e saberá o que deve fazer” – (Livro dos Provérbios
2.9).
Gonzaga Mota-
professor e escritor, ex-Governador do Ceará e meu amigo.
O evento visa definir a escolha dos novos membros do diretório municipal, da Comissão Executiva
do partido e também, discutir as Eleições Municipais de 2016.
O Partido do
Movimento Democrático Brasileiro - PMDB de Caririaçu, estará realizando a sua
Convenção Municipal neste sábado, 03 de outubro. O evento acontecerá na Câmara
Municipal de Vereadores a partir das 08:00h da manhã e deverá contar com a
participação de dirigentes, filiados e simpatizantes. O evento visa definir
a escolha dos novos membrosdo diretório
municipal, da Comissão Executiva do partido e também, discutir as Eleições
Municipais de 2016. Escolhidos os novos membros, diretório e comissão passarão
a ter autonomia imediatamente para trabalhar as novas filiações, apoios e metas
para os próximos quatro anos no município.
Para participar da
Convenção do PMDB, o Presidente do partido, prefeito João Marcos Pereira está
convidando a todos dirigentes, filiados e simpatizantes a se fazerem presentes.
O atual diretório tem como presidente, João Marcos Pereira e vice-presidente,
vereador Pedro Jorge e com a realização da Convenção se elegerá a direção do
partido que irá deliberar os novos rumos da agremiação no município. São 45 membros que
passarão a trabalhar na construção de novas parcerias. Deverão se fazer
presentes a Convenção do PMDB de Caririaçu as lideranças políticas do
município, representantes dos partidos que formam a base aliada, membros
convidados da região do Cariri e lideranças a nível estadual e nacional que,
sem sombra de dúvidasirão abrilhantar o
evento. Diante dos resultados
de sucesso registrados pela Comissão Provisória, já é sentida a recondução do
prefeito João Marcos a presidência do PMDB em Caririaçu.
Heitor
Férrer assina contrato, quer dizer, ficha com o PSB, tendo como palco o Comitê
de Imprensa da Assembleia, que sempre acolheu o universo político mais sério do
Ceará e do Brasil. Isso é bom pra democracia.
A
7ª edição da Marcha pela Vida Contra o Aborto acontecerá neste sábado
(3), às 16 horas, no Aterro da Praia de Iracema, e traz como tema a Paz.
Durante a caminhada, vários artistas e cantores irão participar de
forma voluntária. A expectativa é que o público ultrapasse os 10 mil
participantes de 2014. A
marcha, promovida pelo Movimento em Favor da Vida e Não Violência
(Movida), acontece todos os anos e tem como objetivo alertar a sociedade
sobre o direito à vida desde a concepção. Segundo o integrante do
Movida e realizador do evento, Fernando Lobo, este ano será levantado a
discussão sobre a paz. “A gente entende que o aborto é uma violência.
Fazemos uma proposta de que a primeira violência feita contra o ser
humano é exatamente a do aborto, não permitindo que o ser humano tenha o
que é mais precioso, que é sua vida”, destacou Fernando. No
percurso, que terá concentração no aterro da Praia de Iracema, em
direção à Praça dos Estressados, o cantor Chico Pessoa, a baiana
Sarajane e o sanfoneiro Waldonys subirão no trio para animar os
participantes. Segundo a organização, um esquema especial de segurança
será montado com equipes da Polícia Militar e Civil, Corpo de Bombeiros e
Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC). Os detalhes sobre o
plano de segurança serão anunciados, hoje, em coletiva de imprensa, às
10 horas, na sede da Associação Médica Cearense, no Shopping Avenida. A
marcha tem o apoio de entidades como: o Comitê Cearense da Cidadania
Pela Vida - Brasil Sem Aborto, Associação Peter Pan, Associação Estação
da Luz, Jovens pela Vida, Obra Lúmen de Evangelização, Casa Luz, entre
outros. De acordo com Fernando Lobo, o evento é suprapartidário e supra
religioso, todas as pessoas podem participar “desde que sejam favorável à
vida e contra o aborto”, salientou.
Mobilização A
caminhada também propõe mobilizar os participantes em defesa do
Estatuto do Nascituro, que se aprovado, regulamentará o 5º artigo da
Constituição impossibilitando que parlamentares possam legislar sobre o
tema com frequência. “Queremos alertar a sociedade brasileira sobre as
tentativas, inúmeras e incessantes, por parte do congresso nacional,
para legalizar o aborto no Brasil. Pesquisas realizadas já comprovaram,
por diversas vezes, que 80% do povo brasileiro é contra a legalização do
Aborto no País”, ressaltou Fernando Lobo. Segundo
a organização do evento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que
o número de abortos pode ultrapassar um milhão de mulheres, conforme
estudo publicado, em 2013 pelo braço do órgão na América Latina, a
Organização Pan-americana de Saúde. O
estudo de 2010, feito pela Universidade de Brasília (UnB), tido como
referência pela OMS, revela que uma a cada cinco mulheres com mais de 40
anos já fizeram, pelo menos, um aborto na vida. Hoje, no Brasil,
existem 37 milhões de mulheres nessa faixa etária — de acordo com o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Filiação de RC não causa “susto” a Wagner, diz Lúcio
“A
filiação do prefeito Roberto Cláudio (PDT) não causa nenhum susto a
candidatura do deputado Capitão Wagner (PR) à Prefeitura de Fortaleza,
nas eleições de outubro do ano que vem”. A declaração é do presidente
estadual do PR, ex-governador Lúcio Alcântara, acrescentando que as
pesquisas internas de vários partidos mostram que a situação do prefeito
Roberto, perante a opinião pública, está abaixo do esperado. Contudo,
Lúcio Alcântara disse que agora é melhor esperar a eleição de 2016,
para ver o destino que vai tomar a capital cearense. O ex-governador
confirmou a candidatura de Wagner à chefia do Município, adiantando que
ele está mostrando um grande desempenho nas pesquisas. Acrescenta que o
Capitão Wagner mostra competência não apenas em segurança, mas de uma
maneira geral. “O
Capitão Wagner está mostrando ser um excelente parlamentar. Ele é um
homem que tem uma noção bem clara dos problemas da cidade, está presente
sempre em todos os bairros para tomar conhecimento das necessidades da
população”, analisa, ressaltando que o parlamentar está cada vez mais
preparado para ser o candidato do partido à chefia da Cidade. Fortaleza Ao
avaliar a gestão do prefeito de Fortaleza, disse que é só comparar o
que ele prometeu na campanha e verificar o que ele fez até agora e
acrescenta que o prefeito tem um déficit de presença e de realização na
periferia da cidade. “Nós estamos vendo agora a degradação dos serviços
públicos da cidade de Fortaleza”, critica. Lúcio
declarou ainda que Fortaleza hoje é uma cidade suja, cheia de lixo em
qualquer bairro, porque o prefeito não manda limpar. Com relação a
parceria de Roberto Cláudio com os irmãos Ferreira Gomes, disse que
observa isso com naturalidade, mas observou que o prefeito é o braço
direito deles, ou seja, faz o que eles sugerem para não desagradá-los.
Prisão de PMs mostra que câmeras escondidas podem ser melhor arma contra violência
Mauro Santayana
A prisão de cinco
policiais militares no Rio, após execução de um suspeito de 17 anos no
Morro da Providência, e também de cinco PMs em São Paulo, após outra
execução, em plena luz do dia, nas ruas do Butantã, ambas com o
"plantio" de "velas" - armas apreendidas com numeração raspada - nas
mãos das vítimas, para, com tiros simulados, encenar confrontos, prova:
contra a violência policial - e a do tráfico - não existe remédio melhor
do que câmeras de segurança escondidas.
Mais barata do que
qualquer campanha ou mobilização, uma simples webcam de 50 reais, ligada
a um computador, camuflada em uma casa de pombo ou em uma antena de
televisão no telhado, ou um aparelho de celular ligado, nas mãos de um
usuário hábil, em uma fresta de janela, pode fazer mais do que dezenas
de testemunhas para esclarecer um crime.
As comunidades - e as
organizações não governamentais e outras instituições de combate à
violência, do Rio de Janeiro e de todo o país - deveriam se organizar
coletivamente para coletar dinheiro e gastar o que fosse possível nesse
tipo de aparelho, o que acabaria servindo, ao longo do tempo, também
para inibir a execução de novos homicídios.
Só assim vai ser
possível diminuir, a médio prazo, a impunidade e o genocídio derivado,
entre outras coisas, da invasão ostensiva de áreas menos favorecidas das
grandes cidades brasileiras, da cultura da aplicação sumária e ilegal
da pena de morte contra suspeitos de crimes, e da guerra das drogas em
nosso país - enquanto, neste último aspecto, a legislação não avança em
outro sentido.
Cotação efetiva do dólar mostra níveis abaixo de 2002
Especialista alerta que cálculo deve levar em consideração o IPCA e a inflação nos EUA
Ana Siqueira*
A última semana foi
de grande alarde no noticiário nacional, com o dólar alcançando valores
recordes desde a criação do real, em 1994. A moeda norte-americana bateu
a casa dos R$ 4,24, causando alvorosso no mercado. Contudo, um olhar
mais atento mostra que a realidade não é tão assustadora quando se
alardeia. Esta cotação é a nominal. Para se chegar ao valor efetivo da
divisa, é preciso corrigir o real pelo Índice de Preços ao Consumidor
Ampliado (IPCA) e o dólar pela inflação dos Estados Unidos. Feito o
ajuste, a conclusão é clara: os patamares atuais são bem mais baixos do
que em 2002.
Naquela época, o mercado digeria com cautela a
eleição de Luis Inácio Lula da Silva à Presidência da República,
elevando a pressão sobre o câmbio. Em outubro de 2002, o dólar tinha
cotação nominal de R$ 3,99; feitas as devidas correções sobre o IPCA e o
CPI (índice de inflação dos EUA), para atingir os níveis daquele mês a
moeda norte-americana deveria valer aproximadamente R$ 6,88. O cálculo -
feito pelo economista Alexandre Cabral, da NeoValue Investimentos - não
correlaciona o poder de compra entre os dois períodos analisados, serve
para que se tenha uma base de comparação adequada entre cotações de
diferentes momentos.
Assim
como hoje em dia, em 2002 o momento era de incerteza política, mesmo
por motivos diferentes. Naquele período, o mercado financeiro reagia com
nervosismo à chegada do PT ao poder. Agora, dúvidas em relação à crise
fiscal por que passa o governo ditam a tendência do câmbio. De acordo
com Cabral, os conflitos entre Planalto e Congresso e a possibilidade de
mais uma agência internacional tirar o grau de investimento do Brasil
também intensificam a pressão cambial no país.
Mesmo com tantos
problemas, o economista avalia que a pressão sobre o câmbio era ainda
maior na época em que Lula foi eleito, graças ao grande grau de
incerteza que rondava o cenário político. "Hoje a gente sabe qual é a
dor de cabeça, só está com dificuldade para dar o remédio. Naquela época
não se sabia, ninguém tinha a menor ideia do que seria o PT no poder",
explica Cabral. Ele também lembra que, além dessas duas ocasiões, o país
já passou por outros momentos de aumento na pressão cambial.
Um
deles foi durante a época da "Crise do Subprime", que atingiu seu auge
em 2008. As dificuldades econômicas enfrentadas pelos Estados Unidos
repercutiram em todo o mundo, inclusive no Brasil. Em dezembro daquele
ano, o dólar valia cerca de R$ 2,50; atualizando sua cotação, Cabral
calcula que seu valor efetivo ultrapassaria os R$ 3, chegando a exatos
R$ 3,18. "O ano de 1999 foi outro período de muita pressão cambial, mas
esses dois casos são marolas perto do que vimos em 2002 e vemos hoje em
dia", opina Cabral.
Para o economista, o problema não está na
moeda norte-americana ter chegado à casa dos R$ 4, e sim na rapidez com
que isso aconteceu. "Há exatamente um ano, em 1º de outubro de 2014, o
dólar estava a R$ 2,36. Agora ultrapassa os R$ 4. A velocidade assusta e
prejudica o importador, que tinha um planejamento com o dólar em outros
patamares", explica. Uma valorização expressiva como essa deveria ter
durado, na avaliação de Cabral, ao menos dois ou três anos.
Dilma corta 8 (e não 10) ministérios na reforma de seu governo
Fernando Rodrigues
Presidente não cumpre promessa feita em agosto País terá agora 31 pastas com status de ministério Ideia é compensar eliminando outros 3.000 cargos PMDB tinha 6 e agora vai para 7 ministérios PT perdeu 3 pastas e partido reclama da reforma
A
presidente Dilma Rousseff não conseguiu cumprir sua promessa feita em
agosto de cortar de 39 para 29 os ministérios e secretarias com status
de ministérios.
O anúncio oficial será hoje (3.out.2015), às 10h30 no Palácio do Planalto.
A presidente presidente vai argumentar que, de fato, cortou 10 pastas.
Ocorre que teve de criar outras 2. Na soma geral, a redução foi de 8.
Ou seja, o Brasil passará agora a ter 31 ministérios.
Reclamações do PT e do PMDB impediram Dilma Rousseff de atingir sua meta de 10 pastas a menos.
Ao
longo das últimas semanas, a presidente também criou algumas armadilhas
para si própria. Por exemplo, ao prometer 2 ministérios para a bancada
do PMDB da Câmara dos Deputados.
Quando percebeu que não poderia
desalojar peemedebistas que já estavam na Esplanada, Dilma recuou.
Acabou dando ao PMDB 7 e não 6 ministérios como era o plano inicial.
Houve
também um erro de cálculo ao pensar que algumas secretarias e
autarquias poderiam perder o status de ministério para ajudar a atingir o
número de 10 pastas cortadas.
Banco Central, Advocacia Geral da
União e Controladoria Geral da União são exemplos. Seus titulares têm
hoje status de ministro por exercerem funções que exigem esse tipo
posição na hierarquia do governo. O rebaixamento de categoria causaria
perda de governança interna na administração pública –Dilma só se deu
conta disso depois que já havia prometido fazer cortes.
Pressões
políticas impediram também de eliminar pastas como o Ministério da
Cultura (que inicialmente seria agregado ao Ministério da Educação, como
já foi no passado). A reação de artistas e intelectuais, um grupo sobre
o qual o PT ainda têm certa ascendência, impediu a operação.
Para
compensar, na próxima semana a presidente pretende anunciar a
eliminação de até 3.000 mil dos 23.000 cargos comissionados –aqueles
para nos quais os ocupantes não precisam ser aprovados em concurso
público.
A reforma ministerial só ficou pronta já tarde da noite
de ontem (02.out.2015). A última pendência se dava com o Ministério da
Cidadania, que é a fusão de 3 secretarias com status de ministério até o
momento: Direitos Humanos, Mulheres e Igualdade Racial.
A ideia
de Dilma Rousseff era nomear para Cidadania a deputada federal Benedita
da Silva (PT-RJ). Ocorre que Benedita tem uma pendência judicial: já foi
condenada em 2ª instância. A presidente então não quis colocar uma
ficha suja no ministério.
Já noite adentro, optou-se pela nomeação
de Nilma Lino Gomes, que é filiada ao PT da Bahia e até agora tinha
sido a titular da Secretaria da Igualdade Racial. Foi, em parte, uma
vitória do novo ministro da Casa Civil, Jaques Wagner –que fez carreira
no PT da Bahia. PMDB X PT Durante as
negociações da reforma ministerial, o PMDB foi o partido mais vitorioso
politicamente. Entrou no processo com 6 pastas e acabou ficando com 7,
inclusive com a Saúde, muito cobiçada pelo tamanho do Orçamento e pelo
número de cargos.
O Planalto também cedeu a nomes do PMDB que
passariam longe das preferências de Dilma na época em que se tornou
presidente, em 2011, quando ganhou fama de “faxineira'' por demitir
ministros encrencados.
Dilma nomeará os deputados Marcelo Castro
(PMDB-PI) para a Saúde e Celso Pansera (PMDB-RJ) para a Ciência e
Tecnologia. Ambos são aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ).
Celso Pansera foi apontado pelo doleiro Alberto Youssef como “pau-mandado'' de Eduardo Cunha. O peemedebista teria trabalhado para intimidar Youssef, uma das principais testemunhas da Operação Lava Jato. Pansera negou.
O
fato é que até o final do dia ontem a presidente tentava mudar a
indicação de Pansera ou realocá-lo para uma pasta menos expressiva –pois
Ciência e Tecnologia faz a interlocução com cientistas e com o mundo
acadêmico. Dilma chegou a consultar Eliseu Padilha (Aviação Civil) e
Henrique Alves (Turismo), ambos peemedebistas, se aceitariam ir para a
Ciência e Tecnologia. Ambos rejeitaram o convite.
Já o PT perdeu 5 ministérios e ganhou 2. No saldo, portanto, ficou com 3 posições a menos na Esplanada dos Ministérios.
O
PT no governo ganhou uma feição mais “lulista'', pois os 3 ministros
mais fortes do Palácio do Planalto são próximos politicamente do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Jaques Wagner (Casa Civil),
Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Edinho Silva (Secretaria de
Comunicação Social) são interlocutores frequentes do antecessor de
Dilma.
Ontem (2.out.2015), ao longo do dia, foi também feito um
acerto para acomodar alguém da tendência interna do PT conhecida como DS
(Democracia Socialista), da ala mais à esquerda da legenda. Miguel
Rossetto (que estava ficando desempregado por ter sido retirado da
Secretaria Geral da Presidência da República) foi o escolhido. Ele virou
ministro do Trabalho e da Previdência Social, uma posição que Dilma
Rousseff gostaria de ter deixado com Carlos Gabas (que era o titular da
Previdência).