Roberto
Bulhões
Dentro do programa de
visitas aos hospitais em Juazeiro do Norte, o Ministério Publico do Ceará (MP),
através da promotora de justiça Alessandra Magda Ribeiro Monteiro, visitou na
manhã desta quinta-feira, as instalações do Hospital Tasso Jereissati (HTJ),
também conhecido com Estefânia Rocha Lima. O objetivo das visitas é traçar um
raio X completo da problemática da saúde no município, diante das inúmeras reclamações
por parte do atendimento. Hoje a promotora vai visitar o hospital São Lucas e,
provavelmente, as Unidades de Ponto Atendimento e alguns Postos de Saúde da Família.
Construído há mais de 15 anos
o HTJ está em situação precária, mas atendendo dentro do possível uma média de
600 pacientes ao dia. Ontem, às 10 horas da manhã, um só médico já havia
atendido mais de 70 pesoas. A promotora viu de perto a situação dos pacientes
ali atendidos, conversou com vários deles e constatou a necessidade urgente de
se reformar todo prédio e melhorar em muito todo atendimento. Segundo a
promotora Alessandra Magda, “realmente a situação é bastante crítica e podemos
comprovar o abandono em que o hospital se encontra. É necessário que o
município entre em ação rapidamente para amenizar o problema”.
A representante do MP ficou
estarrecida ao ver o centro cirúrgico depenado e uma ala inteira que bem poderia
está recebendo pacientes, servindo de depósito. “Isso só vem a contribuir ainda
mais para piorar o atendimento a população pobre, fazendo com que muitos corram
para o hospital regional”, disse a promotora, afirmando ainda que “a saúde de
Juazeiro do Norte está na UTI e necessita urgentemente de providências sérias
para mudar esse quadro lamentável”. A representante do MP pediu que tudo fosse
fotografado, desde o lixo nos arredores do hospital, até os banheiros, salas,
enfermarias, cozinha, farmácia, laboratório e consultórios.
A ação do MP cearense está
sendo feito em conjunto com o Ministério
Publico Federal (MPF), que também vem sendo acionado pelos juazeirense. Com o
fechamento do hospital Santo Inácio e o hospital Pronto Socorro, a situação do atendimento
piorou ainda mais, principalmente os atendimentos primário e secundário.. Os
Postos de Saúde da Família (PSF) que deveria funcionar a contento nos bairros, fazendo
o atendimento básico, também são alvos de criticas. As Unidades de Pronto Atendimento
(UPAs) vem deixando bastante a desejar e só resta o HTJ e o hospital Regional
do Cariri. Este último só deveria atender apenas os casos de alta complexidade mas vem atendendo de tudo.