Opinião

Jogo vital e pacto

Paulo Rosenbaum - médico e escritor
O pacto rejeita o oportunismo Um pacto não é poesia (ainda que a partir dele algum verso possa acontecer). Pactos são destinos compartilhados. Políticas de legitimação. O pacto favorece a atitude republicana e coloca na defensiva quem rejeita o entendimento. O pacto é um tratado que tira a prerrogativa do partidarismo. Pactos promovem acordos intersubjetivos. Ressonâncias acordadas. Pacto são diálogos que fluem na tentativa de compreender a interlocução. Pactos têm poder autêntico: combatem miséria, fome e opressão. Pacto é um arranjo, não é uma negociata. Pacto é consentimento, não acomodação. Pacto exige a presença de muitos. Pacto é um conluio entre vozes, conciliação. Pacto é cachimbo de paz. Pactos têm poder autêntico: combatem miséria, fome e opressão
Quando ouvimos que era chegada a hora do pronunciamento, havia uma expectativa e uma tensão que poucas vezes se viu no país. Havia alguém no comando? Quem estava governando? Hiatos assim jogam contra a República.  Todos aguardaram, queriam sentir e, se possível, experimentar qual era a mensagem. A maioria bufou um “ahh!!”. O gol perdido, uma chance desperdiçada, ou uma grande esperança que nunca se concretiza.
Sim, o povo é crédulo. Sim, as pessoas têm as melhores intenções de envolver-se nos pactos, mas não acatá-los sem compreendê-los. Sim, todos reconhecem que, gostemos ou não, há um jogo que foi jogado, e as regras devem valer até que se criem novas regras, ou o fim do tempo regulamentar. Pobre nova classe média, sem poder carimbá-la e com medo de perdê-la eleitoralmente, políticos e intelectuais se inquietam no afã de tachá-la com precisão. É difícil etiquetar o novo. E talvez eles estejam certos em silenciar mais uma vez. E se a nova classe busca, através da intuição, um caminho que ninguém percorreu? E se não for direita nem esquerda, para desespero dos maniqueístas da taxionomia?  
Há um jogo sendo jogado, e as pessoas não querem mais participar como  expectadoras, figurantes ou como equipe dos bastidores. Acabou-se o tempo em que se contemplava o rio sem querer provar da correnteza. A batalha é clara: que sejamos aceitos como protagonistas. Os principais, se não falha a memória. A quem mais o Estado deve obedecer? Mas é claro que se compreende por que tanto empenho.  Não se trata de simples campeonato ou Copa do Mundo; trata-se do jogo vital. O presente e o futuro de todos depende do desenrolar deste jogo vital. E ninguém mais aguenta ver árbitros oniscientes nem jogadores passivos.
Só podemos ser otimistas — e acreditar no grande teste para avaliar o estado de nossa democracia — se mantivermos o clima de paz. Quem não quer viver sem violência? Sem a miséria degradante das crianças? Sem a estupidez em vigor? Quem não declararia amor a uma cidade sem guerras civis abafadas pelas distorções da estatística? Quem não deseja que o vizinho não sofra as mazelas que sofremos? Quem não se sentiria melhor com florestas, índios e habitats protegidos e seguros? Quem não se inclinaria diante de um político ou estadista que abandonasse os privilégios e, como qualquer um de nós, cumprisse os deveres do cargo?Quem não se inclinaria diante de um político que abandonasse os privilégios e, como qualquer um de nós, cumprisse os deveres do cargo?
A chacoalhada foi geral. Não abalou só a classe política. O tremor intencional fez acordar a esperança de que não precisamos ser anônimos, sujeitos ocultos, ou zumbis que aceitam qualquer coisa. Houve uma mudança de degrau. A mudança que se impõe não é por mais, agora é por melhor, mais digno, mais justo. E os efeitos colaterais? Não há substância, em matéria médica ou sociológica, que não os apresente. Pois a transformação é também contra a tirania velada do tal “formador de opinião”. O autoritário, cantor, astro ou famoso que indica seu sucessor pode estar entrando em decadência. A autoeducação amplia muito a visão. Enfim, se enxerga com muito mais clareza a inconsistência quando somos mal dirigidos ou governados, e como é possível inverter os ritmos que antes pareciam ser nosso único destino.

Fortaleza, quem diria foi parar na capa do The New York Times.


'Fui tomar satisfação', afirma idoso que enfrentou PM em protesto no CE

Juiz diz que foi atingido por bombas de gás lacrimogêneo.
Polícia Militar não comenta o caso.

Carolina Esmeraldo Do G1 CE
Homem fica parado enquanto policiais se aproximam para conter manifestantes (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)Homem fica parado enquanto policiais se aproximam para conter manifestantes (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)
O senhor flagrado frente a frente com a polícia na manifestação desta quinta-feira (27), na Avenida Dedé Brasil, próximo à arena Castelão, afirma que, no momento da imagem, estava ''tomando satisfação'' por ter sido atingido por gás lacrimogêneo. Sílvio Mota, 68 anos, é juiz do trabalho aposentado e coordenador do Comitê pela Verdade, Memória e Justiça do Ceará. "Quem enfrentou a Ditadura Militar não sente muita coisa diante daqueles pobres desgraçados que estavam lá", disse, referindo-se ao momento exato da fotografia. A comissão do Ministério Público que acompanhou o protesto não havia constatado até esta quinta-feira (27) excessos da PM.
O homem afirma que chegou até o bloqueio porque a polícia jogou bombas de gás lacrimogêneo na manifestação, no local em que estava com a esposa, chegando a atingi-los. "Eu fui protestar. Eles me agrediram. Me levantei e fui tomar satisfações. Aquilo foi uma violação de tudo!", conta. A imagem foi capa da edição desta sexta-feira (28) da publicação norte-americana ''The New York Times''
No momento em que chegou ao bloqueio, Sílvio conta que os policiais não o receberam de maneira positiva. "Primeiro, eles tentaram dizer que eu não tinha direito de ir até eles. Depois tentaram me prender. Precisei mostrar minha identidade profissional, aí eles recuaram", afirma. De acordo com Silvio, ele se afastou para voltar à manifestação. Neste momento, os policiais lançaram projéteis de gás lacrimogêneo. "Vi cinco artefatos sendo jogados. Um deles pegou nas minhas costas", conta.
Sílvio conta que foi à manifestação com o objetivo de protestar a favor da reforma política através de plebiscito. "O Batalhão de Choque e a Polícia Militar em geral não reagiram a provocações. Eles chegaram para acabar com a manifestação", completa.
Durante a manifestação a Polícia Militar soltou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. "Tudo estava pacífico, mas a frente vinham cerca de 100 rapazes exaltados e esses foram que provocaram a confusão", afirmou o funcionário do Ministério Público, Alberto Bonfim.
Sobre o episódio envolvendo Sílvio Mota, a Polícia Militar informou que tem nada a declarar. A PM ressalta, ainda, que toda a ação da polícia foi legítima e acompanhada de perto pelo Ministério Público.
O protesto
Centenas de manifestantes caminhavam pela Avenida Dedé Brasil em direção à Arena Castelão pedindo mais investimentos em educação e saúde, redução do preço do ônibus e o fim dos gastos excessivos com a Copa, entre outras reivindicações, até que, ao chegar à primeira barreira policial perto da igreja evangélica Canaã, uma minoria quis forçar passagem.
A partir de então, o Batalhão de Choque avançou sobre os baderneiros que iam promovendo quebra-quebra à medida que recuavam. Um carro da TV Diário, emissora local, foi incendiado e outro, da TV Jangadeiro, apedrejado. Um ônibus que levava torcedores foi atacado por vândalos e os passageiros tiveram de descer.

Uma cerveja pra Battisti


STJ mantém condenação de Battisti; governo pode avaliar expulsão

Tribunal negou recurso; italiano é acusado de falsificação de documentos.
Advogado de ex-ativista disse que vai recorrer ao próprio STJ ou ao STF.

Mariana Oliveira Do G1, em Brasília

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou recurso do italiano Césare Battisti e manteve a condenação do ex-ativista  por uso de carimbos oficiais falsos do serviço de imigração brasileiro no passaporte.
A decisão foi tomada na última terça-feira (25) e divulgada nesta sexta (28).
A decisão do STJ deve ser publicada na segunda-feira (1º) e será aberto prazo de cinco dias para recurso. Ele pode recorrer ao próprio tribunal e, depois, também poderá questionar a condenação no Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado de Battisti, Luiz Eduardo Greenghalgh, afirmou que deve recorrer ao STJ ou ao Supremo.
O Estatuto do Estrangeiro (lei 6.815/1980)  prevê a possibilidade de expulsão do estrangeiro que praticar fraude para permanecer no Brasil. A lei estabelece que a atribuição cabe "exclusivamente" ao presidente da República, mas decreto de 2000 delegou essa competência ao ministro da Justiça. O STJ enviou ao Ministério da Justiça cópia da decisão tomada para "providências que entender cabíveis". O ministério informou que ainda não foi notificado oficialmente.
Battisti foi condenado em 2010 pela Justiça Federal do Rio de Janeiro a dois anos de prisão, mas a pena foi revertida em prestação de serviços comunitários. O Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região já havia negado recursos e, agora, o STJ manteve a decisão da primeira instância.
Cesare Battisti foi condenado na Itália à pena de prisão perpétua, acusado de quatro homicídios. Em 2007, ele foi preso por ordem do Supremo e a pedido do governo italiano. Foi encontrado um passaporte francês com nome fictício e carimbo falsificado de visto de entrada no Brasil em sua residência no Rio de Janeiro. O Ministério Público Federal, então, denunciou o caso à Justiça. Battisti usou esse documento para entrar no Brasil em 2004.
O italiano alegou perseguição política, e o STF chegou, em 2009, a autorizar a extradição. O tribunal, porém, deixou a palavra final para o presidente da República. O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu em 2010 mantê-lo no Brasil. Em 2011, ele foi libertado da prisão. Atualmente, tem um visto de trabalho concedido pelo governo brasileiro.
Defesa de Battisti
O ex-ativista confessou a falsificação, mas argumentou nulidades durante o processo. Disse que não acompanhou depoimentos de testemunhas e outras questões processuais.
O STJ não chegou a reanalisar as provas e entendeu que Battisti foi devidamente notificado de depoimentos durante o processo.
De acordo com o advogado Luiz Eduardo Greenghalgh, que defende Battisti, caso seja aberto um processo de expulsão, haverá direito de defesa. "Aberto o processo de expulsão, na pior das hipóteses, ele tem direito de defesa. É um processo administrativo, levará tempo e não é uma coisa imediata."
Na avaliação dele, a condenação mantida pelo STJ e divulgada nesta sexta não muda a situação de seu cliente. "Acho que há uma desproporção entre o fato e a repercussão."
Direito internacional
O professor de Direito Internacional da Universidade de Brasília Márcio Garcia, que foi oficial de Proteção do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, esclareceu que se Battisti fosse refugiado, não poderia ser expulso. No entanto, o Supremo revogou a condição de refugiado concedida pelo governo brasileiro.
"Se ele estivesse na condição de refugiado, em tese, pode-se dizer que não poderia ser expulso. Isso porque o único país obrigado a aceitá-lo seria seu país de origem, a Itália. [...] Poderia ser uma extradição forçada", comentou.
A também professora de Direito Internacional da UnB Inez Lopez, ex-coordenadora de Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça, explicou que, por se tratar de estrangeiro sem refúgio, deverá ser adotado o Estatuto do Estrangeiro.
"A lei não determina a expulsão em caso de condenação, apenas prevê a possibilidade." Conforme Inez Lopes, o fato de a falsificação não ser um crime hediondo (grave) poderá contar a favor do ex-ativista italiano.

De como destruir um governo em 20 dias

Popularidade de Dilma cai 27 pontos após protestos

DE SÃO PAULO
Pesquisa Datafolha finalizada ontem mostra que a popularidade da presidente Dilma Rousseff desmoronou.
A avaliação positiva do governo da petista caiu 27 pontos em três semanas.


Hoje, 30% dos brasileiros consideram a gestão Dilma boa ou ótima. Na primeira semana de junho, antes da onda de protestos que irradiou pelo país, a aprovação era de 57%. Em março, seu melhor momento, o índice era mais que o dobro do atual, 65%.
A queda de Dilma é a maior redução de aprovação de um presidente entre uma pesquisa e outra desde o plano econômico do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1990, quando a poupança dos brasileiros foi confiscada.
Naquela ocasião, entre março, imediatamente antes da posse, e junho, a queda foi de 35 pontos (71% para 36%).
Em relação a pesquisa anterior, o total de brasileiros que julga a gestão Dilma como ruim ou péssima foi de 9% para 25%. Numa escala de 0 a 10, a nota média da presidente caiu de 7,1 para 5,8.
Neste mês, Dilma perdeu sempre mais de 20 pontos em todas regiões do país e em todos os recortes de idade, renda e escolaridade.
O Datafolha perguntou sobre o desempenho de Dilma frente aos protestos. Para 32%, sua postura foi ótima ou boa; 38% julgaram como regular; outros 26% avaliaram como ruim ou péssima.
Após o início das manifestações, Dilma fez um pronunciamento em cadeia de TV e propôs um pacto aos governantes, que inclui um plebiscito para a reforma política. A pesquisa mostra apoio à ideia.
A deterioração das expectativas em relação a economia também ajuda a explicar a queda da aprovação da presidente. A avaliação positiva da gestão econômica caiu de 49% para 27%.
A expectativa de que a inflação vai aumentar continua em alta. Foi de 51% para 54%. Para 44% o desemprego vai crescer, ante 36% na pesquisa anterior. E para 38%, o poder de compra do salário vai cair --antes eram 27%.
Os atuais 30% de aprovação de Dilma coincidem, dentro da margem de erro, com o pior índice do ex-presidente Lula. Em dezembro de 2005, ano do escândalo do mensalão, ele tinha 28%.
Com Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a pior fase foi em setembro de 1999, com 13%.
Em dois dias, o Datafolha ouviu 4.717 pessoas em 196 municípios. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos (RICARDO MENDONÇA)

Danilo Bandeira/Editoria de Arte/Folhapress
Clique para ampliar

Opinião

ELIO GASPARI

Um exercício de fantasia futurológica

Numa tarde em Brasília, o Supremo Tribunal Federal reúne-se para julgar os recursos dos mensaleiros, revoga as condenações por formação de quadrilha e livra-os do cárcere. Joaquim Barbosa, o presidente da Corte que relatara o processo, joga a toga sobre a bancada, faz um breve discurso, renuncia ao cargo, sai do prédio e chama um táxi. Dias depois, seu nome é lançado como candidato à Presidência da República. Há fantasia nesse cenário, mas o gesto da renúncia é uma possibilidade real. Se Joaquim Barbosa será candidato, trata-se de pura futurologia.
Quem duvida dessa possibilidade apresenta o que seria um obstáculo intransponível: a falta de base política. Alguém conhece pessoa que votará no candidato que for indicado pelo PMDB? Ter base partidária é mais uma carga do que um impulso, mesmo no caso do PT. Para a campanha da doutora Dilma, será bom negócio esquecer a estrelinha vermelha, fechando o foco na personalização de seu governo. O PT decidiu confundir-se com os mensaleiros. Problema dele.
Dos cinco presidentes eleitos nos últimos 60 anos, três prevaleceram sem que devessem qualquer coisa às bases partidárias. Fernando Henrique Cardoso foi eleito pelo Plano Real. Se dependesse da força do PSDB, seria candidato a deputado federal. Ele foi eleito porque o real ficou de pé. Depois do fracasso do Plano Cruzado, houve sete ministros da Fazenda e só ele teve futuro político.
Fernando Collor passou por três grandes partidos, mas elegeu-se pelo microscópico PRN, que não existe mais. Recuando-se aos anos 60, Jânio Quadros elegeu-se governador de São Paulo pelo irrelevante PTN e em 1958 foi engolido pela União Democrática Nacional num lance puramente oportunista.
Partido quem teve foi Lula. Todos brincam de cubos, formando alianças fisiológicas lubrificadas pelos métodos que desembocam em mensalões.
Olhando-se para a rua cheia de gente contra-isso-que-está-aí, vê-se um quebra-cabeça onde falta uma peça. Aécio Neves tem nas costas o doutor Eduardo Azeredo, com seu mensalão mineiro. Eduardo Campos não entendeu nada, disse que baixou as tarifas de transportes num ato "unilateral", como se fosse um coronel do semiárido falando aos peões de sua fazenda.
Joaquim Barbosa pode vir a ser a peça que fecha o quebra-cabeça. Se isso acontecerá, não se sabe. Também não se sabe que resultados trará. Os dois exemplos de avulsos que chegaram a presidente, Jânio e Collor, terminaram em catástrofes. No caso de Jânio, numa catástrofe que levou as instituições democráticas para a beira do precipício no qual elas cairiam três anos depois, em 1964. Barbosa defende grandes causas, mas é chegado a pitis e construções inquietantes, como a sua denúncia das "taras antropológicas" que a sociedade brasileira carrega. Descontrola-se e justifica-se atribuindo sua conduta a dores de coluna. Se todas as pessoas que têm esse tipo de padecimento perdessem o controle quando viajam em trens lotados na hora do rush, as tardes brasileiras teriam pancadarias diárias. Há nele uma misteriosa predisposição imperial.
Talvez esse exercício de futurologia tenha o valor de uma leitura de cartas. Sobretudo se o PT perceber que a ida dos mensaleiros para a prisão, ainda este ano, deixará de ser um peso nas suas costas. Afinal, depois que Fernando Haddad e Geraldo Alckmin acordaram o monstro, é difícil saber como levar a rua para casa, mas é certo que o monstro sairá de casa se os mensaleiros forem poupados.
Às 19h de quinta-feira, os manifestantes que estavam na Avenida Paulista em frente ao prédio da "Gazeta" mandaram que as bandeiras vermelhas fossem abaixadas: "O povo unido não precisa de partido". Minutos depois, queimaram algumas. Há 12 anos, elas estavam lá, gloriosas, festejando a eleição de Lula.

Opinião

VERISSIMO

Cadê o De Gaulle?

O "Journal du Dimanche" de Paris de domingo trazia uma entrevista com Daniel Cohn-Bendit, um dos lideres da sublevação popular que quase derrubou o governo francês em maio de 1968 e que continua atuando, como ativista e analista politico, com o nome que conquistou naquela primavera. Não é mais o irreverente Dani Vermelho de 45 anos atrás, mas ainda é o remanescente mais notório daquela geração que fez o então presidente de Gaulle pensar em largar tudo e se mandar. Só mais tarde ficou-se sabendo como o velho general chegara mesmo perto de renunciar. De Gaulle não era a única causa da revolta que começou com os estudantes e empolgou Paris, mas era um símbolo de tudo que os revoltosos não queriam mais. Se maio de 68 não sabia definir bem seus objetivos, pelo menos tinha um ícone vivo contra o qual concentrar seu fogo. Um conveniente símbolo com dois metros de altura, um nariz dominador e a empáfia correspondente.
A chamada de capa para a entrevista de Cohn-Bendit era "Um perfume de Maio de 68" e a matéria fazia uma comparação mais ou menos óbvia do que acontece no Brasil com o que acontece na Turquia e o que aconteceu nas recentes "primaveras" árabes e em 68 em Paris. Óbvia e inexata. Nos países árabes a rua derrubou ditadores, na Turquia a revolta é, em parte, contra um governo autocrático e inclui, como complicadora, a luta antiga pela hegemonia religiosa. E, diferente do maio de Paris, a combustão instantânea no Brasil ainda não produziu seus Cohn-Bendits nem tem um De Gaulle conveniente como um símbolo que resuma o que se é contra. Ser contra tudo que está errado despersonaliza o protesto. Qual é a cara de tudo que está errado? No Brasil tanta coisa está errada há tanto tempo que qualquer figura, atual ou histórica, serve como símbolo da nossa desarrumação intolerável, na falta de um de Gaulle. Renan Calheiros ou Pedro Álvares Cabral.
Na sua entrevista, forçando um pouco a cronologia, Cohn-Bendit diz que 68 foi o preâmbulo de 81, quando a esquerda chegou ao poder na França. Junho de 2013 será o preâmbulo de exatamente o quê, no Brasil? Aqui a esquerda, ou algo que se define como tal, já está no poder. O que vem agora? O Marx tem uma frase: se uma nação inteira pudesse sentir vergonha, seria como um leão preparando seu bote. Uma nação envergonhada dos seus políticos e das suas mazelas está inteira nas ruas. Resta saber para que lado será o bote desse leão.
Tempos interessantes, tempos interessantes.

Tá no rádiodomoreno.com.br

O 17o. casamento

Os blogs de humor sentenciam: “Gretchen é brasileira e não desiste nunca!” Ela acaba de oficializar seu 17º casamento com o empresário português Carlos Marques, numa reservada cerimônia em Paris, onde está morando e tem uma lojinha de produtos brasileiros. Aos amigos, Gretchen avisa que, em agosto, haverá casamento religioso.

Padre com família poderia ensinar muito à Igreja

Padres casados
O Movimento Nacional de Famílias dos Padres Casados quer entregar ao Papa Francisco, durante a Jornada Mundial da Juventude, um convite. Eles gostariam de ter um representante do Vaticano no encontro nacional que será realizado em janeiro de 2015 em Curitiba, no Paraná. De acordo com o movimento, são mais de sete mil os sacerdotes que deixaram a batina no Brasil para constituir família. Acham que, com grande formação, poderiam contribuir muito para a igreja católica na evangelização. O movimento é a favor do celibato opcional e também de maior poder de decisão à mulher dentro da Igreja.

Corrupção hedionda não vale pra tras

Voto a favor
Mensaleiros condenados pelo Supremo, os deputados petistas João Paulo Cunha e José Genoíno, que ainda acreditam que suas penas serão revistas e que continuam bradando sua inocência, já avisaram que, se estiverem na Câmara, quando for votado o projeto que transforma corrupção em crime hediondo, serão totalmente a favor. Os dois parlamentares, que perderão seus mandatos caso embargos colocados por seus advogados não emplaquem, sabem também que, se aprovada, a nova lei não é retroativa.

Fogo amigo consome mandato de Dilma


Lula sobre Dilma: ‘Se me dissesse que ia falar com Fernando Henrique, eu desaconselharia’


Lula foi aconselhado por um amigo, no início da semana, a entrar em cena para apagar um princípio de incêndio no PMDB. Sem consultar o vice Michel Temer, Dilma Rousseff lançara a ideia de convocar uma Constituinte para fazer a reforma política. A coisa ficou feia, disse o interlocutor a Lula, sugerindo-lhe que tocasse o telefone para Temer e Cia.
A resposta de Lula foi inusual. Ele se absteve de defender Dilma, como faz habitualmente. Preferiu indagar: sabe por que o PMDB tá puto? Foi adiante: Tá puto porque a Dilma consultou o Fernando Henrique e não consultou o PMDB, não consultou o PT, e não me consultou. Emendou: se me dissesse que ia falar com o Fernando Henrique, eu desaconselharia, eu diria: sou contra.
Lula recebeu mal a notícia de que Dilma enviara o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) em missão de paz junto a FHC. Até 20 dias atrás, não havia hipótese de alguém criticar a presidente na frente de Lula sem que o criador saísse em defesa da criatura. Isso mudou. Disse que não ligaria para os dirigentes do PMDB. Dilma não pediu, alegou. Outra mudança. Noutros tempos, ligaria por conta própria.
Lero vai, lero vem o amigo de Lula desancou a ideia de Dilma de realizar um plebiscito sobre reforma política. O tema é complexo demais para ser esgotado numa consulta popular, afirmou. O povo vai perceber que não é sério, acrescentou. Lula limitou-se a dizer que conversaria com Dilma. Não se sabe se conversou.
O silêncio de Lula intriga o PT. Estranha-se o fato de ele não ter subido no caixote para defender Dilma dos ataques da imprensa e da oposição. Não é do seu feitio fugir de conjunturas espinhosas. No auge da crise dos atos secretos do Senado, por exemplo, ele veio à boca do palco para dizer que José Sarney, por “incomum”, merecia respeito. O pasmo do PT aumentou quando o partido soube que Lula prepara-se para viajar ao exterior. Deve passar a próxima semana ainda mais distante da algaravia das ruas brasileiras.
- Atualização feita às 15h54 desta sexta-feira (28): Lula divulgou uma nota. No texto, disse não ter feito declarações atribuídas a ele em notícia da Folha. Elogiou o modo como Dilma gerencia a crise. “Em particular, a presidenta mostrou extraordinária sensibilidade ao propor a convocação de um plebiscito sobre a reforma política”, escreveu.  Nada disse sobre os reparos que fez à missão de paz enviada a FHC.
Tá no Josias

Danadão já tem endereço fixo


Câmara notificará deputado Donadon na cadeia


À procura de Natan Donadon desde quarta-feira, assessores da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara estiveram no presídio brasiliense da Papuda nesta sexta (28). Foram tentar notificar o ainda deputado para que apresente defesa em processo de cassação aberto contra ele. Terão de retornar na segunda-feira (1º).
Às voltas com procedimentos burocráticos de entrada na cadeia, Natan Donadon não estava disponível para visistas. Por sorte, o quase-ex-parlamentar agora dispõe de endereço superfixo. Passado o final de semana, terá todo o tempo do mundo para assinar a notificação.
Decorrido o prazo regimental de cinco sessões concedido à defesa, a comissão estará apta a apreciar o pedido de cassação, livrando o contribuinte brasileiro do incômodo de continuar pagando salários e vantagens de congressista a um presidiário. Presidente da CCJ, o deputado Décio Lima (PT-SC) promete agilidade.
Décio disse já ter combinado os procedimentos com o relator do caso, deputado Sérgio Zveiter (PSD-RJ). Vencido o prazo para que Natan Donadon se defenda daquilo que o STF considerou indefensável, o relatório vai a voto imediatamente. A  sessão pode ser divertida.
Integram a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara os mensaleiros José Genoino (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP). A exemplo de Donadon, ambos foram condenados à prisão pelo STF. Aguardam pelo julgamento dos recursos que protocolaram no tribunal, os chamados “embargos de declaração”. Como votarão no processo de cassação do colega?
Após a decisão da Comissão de Justiça, o caso de Donadon sobe para o plenário da Câmara. Ali, em votação secreta, os deputados decidirão se o mandato do neopresidiário será ou não passado na lâmina. Com o asfalto à espreita, é improvável que Câmara ouse não fazer o que precisa ser feito.

O dia hoje

Dia de São Pedro
Dia do Pescador
Dia da Telefonista

Manchetes deste sábado

- Globo: Donadon se entrega e Brasil tem 1º deputado presidiário
- Folha: Aprovação a Dilma despenca de 57% a 30% em três semanas
- Estadão: Donadon se entrega e é o 1º deputado preso desde 1974
- Correio: Do Congresso para a Papuda
- Estado de Minas: Impasse nas estradas
- Zero Hora: Fracassa acordo para resolver crise da areia

Filatelia - Exposição



A exposição Orisun Asa: celeiro de brasilidade, em cartaz no Espaço Cultural Correios Fortaleza, propõe uma viagem por cerca de um século e meio de história da filatelia, num percurso em que a arte dos selos reflete em suas temáticas as várias escolhas da sociedade brasileira.

Orisun = nascente;raiz
Asa = cultura;costume (em yoruba)
Pronúncia: orissum assá

O conceito que permeia a exposição pretende isolar e destacar os componentes da herança africana, tendo como ferramenta basilar a filatelia brasileira.

Todavia, a mostra não se limita a um recorte filatélico sobre o tema. Busca capturar - desde a vinda dos negros africanos escravizados ao país - os diversos discursos sobre as consequências das violências sofridas por esses agentes históricos, a sua participação no processo de constituição da cultura nacional, sua ausência/presença no cenário sociopolítico e as influências na formação da sociedade brasileira.

Criando uma dinâmica tridimensional na expografia, optou-se, também, pela exibição de objetos que remetam o visitante a um imediato reconhecimento identitário. A intenção é provocar uma reflexão sobre quem somos e como somos, já que todos somos brasileiros, mestiços e a influência negra não só permeia nossa cultura como é constitutiva da nossa identidade. Convidamos você, portanto, a apreciar e interagir manifestando sua opinião à pergunta: Onde está sua negritude?

André Singer lança livro em Fortaleza


O cientista político André Singer lança em Fortaleza na próxima segunda-feira (1º de julho) o livro “Os sentidos do Lulismo – Reforma gradual e pacto conservador” (editora Companhia das Letras). O evento será às 18 horas, no auditório do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará – Adufc (Avenida da Universidade, 2346 , Benfica). André Singer vem a convite do Núcleo do PT Américo Barreira.
Ex-porta-voz da Presidência da República (2003-2007) e professor do departamento de Ciências Políticas da Universidade de São Paulo (USP), o autor faz uma análise sobre a relação de classe e de poder no País. Ele aborda a alta popularidade do ex-presidente Lula e o apoio das classes menos favorecidas na campanha de 2006. O livro traz também uma análise sobre o afastamento da classe média – importante na primeira eleição do ex-presidente na campanha de 2002 - após o escândalo conhecido como “mensalão”.
André Singer discutirá ainda o papel do PT na atual conjuntura do País.

Fortaleza comemora os números positivos da Copa das Confederações no Brasil



O Castelão teve uma média de público de 50 mil pessoas. Fortaleza foi a sede que atraiu o maior número de turistas estrangeiros durante a competição.

        Fortaleza já era conhecida por suas belezas naturais e por seu povo alegre e hospitaleiro. A Copa das Confederações da FIFA Brasil 2013 deu à Terra da Luz a oportunidade de mostrar ao mundo porque é a Cidade-Sede da Alegria. Uma das capitais mais visitadas por turistas nacionais e internacionais durante todo ano, Fortaleza registrou a segunda maior média de público das cidades-sede da Copa das Confederações, superior a 50 mil torcedores por jogo. Foi também a sede que atraiu o maior número de turistas estrangeiros durante a competição. A torcida se vestiu de verde e amarelo e protagonizou uma das cenas mais marcantes desta edição, ao cantar o Hino Nacional em coro para o mundo inteiro, na primeira partida da Seleção Brasileira na nova arena. “Fortaleza ganhou muita visibilidade nacional e internacional com a realização da Copa das Confederações! E temos tudo para fazer ainda melhor na Copa do Mundo. Mostramos a muitos as nossas belezas naturais, o nossa culinária, nossa cultura, nossa hospitalidade, o carinho que o cearense reserva para quem vem conhecer a nossa terra. Enfim, foi uma grande oportunidade de fortalecer o nosso comércio, serviço e turismo ”, comemora o secretário especial da Copa 2014 no Ceará, Ferruccio Feitosa.

Pê Éles no Planalto


Planalto arruma 'representantes' dos protestos para tentar manipular revolta

Orlando Brito
Foto
TEATRINHO NO PLANALTO, COM REPRESENTANTES QUE NADA REPRESENTAM
O primeiro imtem da agenda da presidenta Dilma Rousseff, nesta sexta-feira, foi um encontro com um grupo de supostos "representantes" das manifestações que ocorrem em todo o País. O grupo é formado por jovens militantes do PT e do PCdoB, partidos que integram a base de apoio ao governo federal, ligados a entidades que têm tentado inutilmente assumir a liderança dos protestos. Exibindo a perplexidade que se vê nos rostos do governo, os ativistas representaram entidades como CUT e MST, que são controlados pelo PT, e UNE (União Nacional dos Estudantes), aparelhada pelo PCdoB, que não apenas não estiveram na origem do movimento, como têm sido até expulsos de manifestações das quais tentam tirar proveito político. A UNE, por exemplo, só deu as caras nas ruas nesta quinta-feira (27), quando reuniu em Brasília cerca de quinhentos pessoas, a maioria adolescentes arregimentados pela Ubes (de estudantes secundaristas igualmente aparelhada pelo PCdoB), após doze anos de omissão, mediante generosas contribuições do governo Lula, com dinheiro público, aos cofres da entidade.

Guimarães pede urgência sobre crimes hediondos

PT pede urgência para votar projeto
que torna corrupção crime hediondo

Foto
DEP. JOSÉ GUIMARÃES
O líder do PT, deputado José Guimarães (CE), protocolou nesta sexta-feira (28) um pedido que pede urgência na votação do projeto que torna hediondo o crime de corrupção. O documento tem a assinatura da maioria dos líderes partidários. Se o pedido for aprovado, a matéria deverá ser votada mais rápida no plenário da Câmara. “Requeremos a urgência para apressar a votação. Temos que avançar”, disse Guimarães. “[A proposta] vai atingir políticos, funcionários públicos, membros do Ministério Público e juízes. Será uma norma para supervisionar e orientar, nessa questão, o arcabouço jurídico do país”, completou.

Sábado de Claudio Humberto

Plebiscito e
reforma enfiados
goela abaixo do PT

Dilma teve de enquadrar o PT para manter a decisão do plebiscito sobre a reforma política. O líder do PT, José Guimarães (CE), e o presidente petista Ruy Falcão avisaram serem contra a proposta, que obriga o Congresso a parar de enrolar e ouvir o grito das ruas. Ela nem quis saber da resistência. Fez ver aos correligionários que o plebiscito não resolve apenas problemas imediatos do País, mas do próprio PT.

Enviar por e-mail Imprimir Twitter
29/06/2013 | 00:00

Eleição é o que importa

A presidenta Dilma quer as regras valendo para 2014. Acha que pode usar as mudanças da reforma política como bandeira da sua reeleição.

Enviar por e-mail Imprimir Twitter
29/06/2013 | 00:00

Causa própria

Dilma enfrenta resistência de líderes da base e da oposição quanto à reforma política, que mudará as regras que os elegeram em 2010.

Enviar por e-mail Imprimir Twitter
29/06/2013 | 00:00

Agendado

Cândido Vaccarezza (PT-SP) acertou com o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), de votar reforma eleitoral no próximo dia 9.

Enviar por e-mail Imprimir Twitter
29/06/2013 | 00:00

Agora, vai

O Ministério da Saúde já importou as ambulâncias, antes dos médicos: são cem minivans chinesas, por R$28 mil cada, que chegam em breve.

Enviar por e-mail Imprimir Twitter
29/06/2013 | 00:00

Dilma tentou
se associar à
Copa e se deu mal

Os estádios nunca foram responsabilidade da presidenta Dilma, mas ela mandou com tal freqüência o ministro Aldo Rebelo (Esporte) visitar as obras, cobrando dos governos estaduais e expondo o governo federal, tentando associar-se à imagem da Copa, que acabou fazendo o povo acreditar que o dinheiro é público. Agora, tenta convencer do contrário todos os principais veículos de comunicação do País.

Enviar por e-mail Imprimir Twitter
29/06/2013 | 00:00

Queimação

Aldo findou chamuscado no Planalto por não avisar Dilma do problema. E por estimular a versão de que o governo manda nas arenas.

Enviar por e-mail Imprimir Twitter
29/06/2013 | 00:00

Tim-Tim!

O povão nas ruas já pode comemorar à altura: a célebre marca francesa Taittinger será o champanhe oficial da Fifa na Copa de 2014.

Enviar por e-mail Imprimir Twitter
29/06/2013 | 00:00

Mais um

Secretários parlamentares e servidores comissionados do Congresso tentam criar um sindicato. Só falta registro no Ministério do Trabalho.

Enviar por e-mail Imprimir Twitter
29/06/2013 | 00:00

Cai fora, Ideli

É grande a torcida no Congresso para que Ideli Salvatti (Relações Institucionais) rode na reforma ministerial que a presidenta Dilma ameaça fazer no recesso, em resposta às reivindicações no país.

Enviar por e-mail Imprimir Twitter
29/06/2013 | 00:00

Última que morre

Relator da reforma política, Henrique Fontana (PT-RS) tenta convencer o Planalto a voltar atrás sobre fazer plebiscito e apostar em seu projeto: “Podemos construir um consenso e votá-lo até dia 5 de outubro”.

Enviar por e-mail Imprimir Twitter
29/06/2013 | 00:00

Tirando casquinha

Na tentativa de salvar a pele, após forte rejeição do povo, o deputados disputaram a tapas espaço na tribuna para mostrar a cara defendendo a “royalties do petróleo para educação e saúde” e repulsa à PEC 37.

Enviar por e-mail Imprimir Twitter
29/06/2013 | 00:00

‘Mizinfio’

Na agenda do ministro Mercadante (Educação) só constam “despachos internos”. Tem tudo para se tornar “macumbeiro oficial” de Dilma, após acumular os cargos da Justiça, da Casa Civil e Relações Institucionais.

Enviar por e-mail Imprimir Twitter
29/06/2013 | 00:00

Deixa pra lá

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) recuou sobre classificar como terrorismo atos com motivo ideológico, religioso, político ou preconceito racial ou étnico. A medida poderia demonizar os protestos no país.

Enviar por e-mail Imprimir Twitter
29/06/2013 | 00:00

Expectativa

Nas contas do presidente do DEM, José Agripino (RN), segundo os diretórios estaduais, o partido poderá alcançar entre 40 e 50 deputados federais em 2014, quase a bancada que tinha antes da criação do PSD

Enviar por e-mail Imprimir Twitter
29/06/2013 | 00:00

Tudo é passageiro

Conhecido pelo marketing abilolado, senador Eduardo Suplicy (PT-SP) postou foto ontem nas redes sociais de sua experiência no transporte público paulista: andando num ônibus quase vazio no Capão Redondo.

Enviar por e-mail Imprimir Twitter
29/06/2013 | 00:00

Democracia demais...

Assessores da presidenta Dilma brincam nos corredores do Palácio do Planalto citando o secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, agora elevado à condição de “sábio”: “Menos democracia é melhor, às vezes”. Ele se referia às decisões para organizar uma Copa do Mundo.

Enviar por e-mail Imprimir Twitter
29/06/2013 | 00:00

Alerta vermelho

Após 12 anos dormindo em berço esplêndido, o Congresso também acordou, com o Projeto Ambulância: só vota em “regime de urgência”.

Enviar por e-mail Imprimir Twitter
Poder sem pudor

Inocêncio, o cangaceiro

Foto
Certa vez baixou o espírito de Lampião em Inocêncio Oliveira, sertanejo de Serra Talhada (PE) como o célebre cangaceiro. Era o primeiro vice-presidente da Câmara e chegou ao plenário quando a sessão era presidida por João Caldas (PL-AL). O alagoano ficou enrolando e não lhe passava o lugar. Inocêncio nem se intimidou com a transmissão da TV Câmara, ao vivo:
- Ou você sai daí agora ou vai sair debaixo de porrada!
A turma do “deixa disso” entrou em ação, levando Inocêncio para tomar chá de maracujá, enquanto outros retiravam Caldas da cadeira da presidência.