Opep?



As petroleiras desistem de participar dos leilões

O leilão de ontem de áreas do pré-sal confirmaram que as grandes petroleiras perderam o ânimo com o Brasil: das cinco áreas ofertadas, quatro não receberam propostas. A Petrobras, com uma estatal chinesa, levou a quinta área. A notícia saiu nos Valor, Estadão e Folha.
Se até o começo da semana, o país era saudado como convidado para fazer parte da OPEP e por ser uma das grandes promessas fósseis do mundo, os dois leilões foram um balde de petróleo frio. Na 4ª feira, das quatro áreas ofertadas, duas não receberam ofertas e as outras duas foram arrematadas, sem ágio, por uma associação da Petrobrás (90%) com duas estatais chinesas (10%). 
Analistas dizem que o recado era que as petroleiras não aceitam o modelo de partilha definido para o pré-sal, no qual a União fica com uma parte dos lucros da exploração. É um modelo pouco transparente e mais burocrático, tudo que uma petroleira não quer. Para complicar, a Petrobras tem sempre a preferência. Por isso, o Valor, O Globo e o Estadão deram a notícia de que o governo está pensando em mudar o modelo dos leilões. A Folha falou com o ministro Guedes que disse: “Tivemos dificuldade enorme [para realizar o megaleilão] para, no final, vendermos de nós para nós mesmos”,  se referindo à participação da Petrobras.
Manoel Ventura, d’O Globo, falou com o ministro Bento, que parece desconhecer os desafios climáticos e, pelo visto, se contenta com pouco: “O objetivo principal era a realização do leilão. É motivo para considerarmos que foi uma vitória, não só do governo. É uma vitória do país.” 

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