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Empresas tem "preconceito" em contratar pessoas mais velhas, aponta pesquisa
Estudo realizado pelo Grupo Croma mostra que 82% dos brasileiros validam este sentimento
Hoje a expectativa de vida do brasileiro é de 75,5 anos, 30 anos a mais do que na década de 1940. Considerando que em poucos anos o Brasil terá uma pirâmide etária invertida, há uma mudança de modelo mental que deve ser estabelecida — e rápido. O Brasil será o sexto país no número de pessoas idosas até 2025, quando deve alcançar a marca de 32 milhões com mais de 60 anos. 
Esses anos a mais de vida com cada vez mais lucidez, independência, possibilidade de realizar planos e disposição para consumo de bens e serviços é o que projeta a Economia da Longevidade como um dos mais importantes movimentos econômicos deste século.Estudo realizado pelo Grupo Croma o Oldiversity é um estudo que avalia como as marcas estão lidando – ou não – com a longevidade e diversidade de orientação sexual, gênero, raça e pessoas com deficiência e se estabelece como parâmetro avaliativo inédito de marcas que pensam, preocupam-se, promovem e defendem assuntos ligados à longevidade e à diversidade.
Não tenho com quem contar na velhice!

Quase metade dos entrevistados declara que não tem com quem contar na velhice, o que contribui para o alto índice (72%) dos que consideram importante a contratação dos mais velhos pelas empresas, principalmente no grupo dos que têm 61 anos ou mais. 72%  dos entrevistados reconhecem o despreparo das lojas, das dinâmicas do varejo e do treinamento dos vendedores no atendimento aos que têm 60 anos ou mais. 82% dos entrevistados afirmam que as empresas tem preconceito em contratar pessoas mais velhas, fato este que, o número de desempregados no país acima de 40 anos dobrou nos últimos anos, quem dirá para os acima de 60 anos. 

Apesar de apenas 19% acreditarem que pessoas mais velhas estejam habituadas a comprar em lojas virtuais, os que têm 61 anos ou mais são mais confiantes e elevam esse índice para quase 30%. Não é à toa que, dos 25,4 milhões de pessoas com 61 anos ou mais, 83% acessam a internet diariamente, dando ao e-commerce uma fatia importante de um mercado antes considerado inacessível. “O Oldiversity® mostra que 86% das pessoas pensam em manter a produtividade na velhice, pois além do benefício da manutenção da renda, estar no mercado de trabalho faz com que se sintam incluídas socialmente”, explica Edmar Bulla, CEO da Croma. 
Poucos acreditam na adequação de marcas e empresas para atender às necessidades das pessoas mais velhas
75% dos entrevistados têm consciência de que a população está ficando mais velha, porém 70% dizem não estar preparados para perder sua qualidade de vida no futuro. Isso representa uma grande oportunidade para empresas e marcas que podem fazer parte dessa jornada entre o hoje e o amanhã de pessoas que precisam de auxílio para planejar e usufruir de uma qualidade de vida digna no futuro.

A reputação das marcas no aspecto da longevidade parece ser abalada, especialmente sobre a autenticidade da comunicação e da proposta de valor. A descrença, no caso da longevidade, é tão significativa quanto a de diversidade. “Apenas uma pequena parte do varejo parece estar preparada para atender à demanda desse shopper tão importante, mas ainda pouco expressivo tanto nas estratégias de marketing quanto em relação ao quadro de funcionários de marcas e empresas”, define Bulla.


Marcas que se posicionam claramente ganham em consideração e preferência

O estudo comprova que marcas que se posicionam claramente sobre a longevidade são beneficiadas e têm impacto positivo em consideração e preferência. As pessoas passam a admirar (77%), acreditar (68%) e recomendar (69%) essas marcas. Entre os entrevistados com idade acima de 61 anos, esses índices alcançam 83%, 77% e 82%, respectivamente. “Isso representa uma grande oportunidade para empresas e marcas que podem fazer parte dessa jornada entre o hoje e o amanhã de pessoas que precisam de auxílio para planejar e usufruir de uma qualidade de vida digna no futuro”, explica Bulla.

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