Bom dia
A tramitação da reforma da Previdência no Senado vai durar mais que o esperado. É que o relator, Tasso Jereissati
(PSDB-CE), não vai mais apresentar o seu parecer nesta sexta-feira
(23), como estava previsto. Ele explicou que se sensibilizou com algumas
questões apresentadas durante as audiências públicas realizadas na
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para discutir o assunto. Por
isso, precisa de mais tempo para concluir o seu parecer e admitiu que
isso pode atrasar em quatro ou cinco dias o calendário de tramitação da
reforma, que prevê a conclusão da votação em plenário na primeira semana
de outubro.
> Reforma da Previdência: como será a tramitação no Senado
"Não vai
dar para protocolar amanhã. Essas audiências públicas se estenderam até
agora. Eu pensei que ia terminar mais cedo. Vou pegar o fim de semana
todo para trabalhar e a segunda-feira toda para ouvir alguns senadores",
contou Tasso Jereissati na noite desta quinta-feira (22), ao término da
maratona de audiências públicas realizadas na CCJ nesta semana. "Tem
várias categorias reivindicando a inclusão. E essa coisa não é simples, o
que entra em risco, a periculosidade. Por isso, precisa fazer com muito
cuidado", explicou Tasso, que se disse sensibilizado com os pleitos
dessas categorias.
Diante disso, o relator admitiu que estuda algumas
correções no texto que foi aprovado pela Câmara. E adiantou que essas
correções devem ser feitas suprimindo alguns pontos do texto ou
levando-os para a PEC paralela, para, desta forma, garantir que o
texto-base da reforma seja aprovado com celeridade no Senado.
Para não comprometer muito o calendário previsto inicialmente, o
relator ainda prometeu entregar o seu parecer na próxima semana. Mas
afirmou que a leitura do parecer pode não acontecer mais na próxima
quarta-feira (28), já que o regimento exige um intervalo de 48 horas
entre a apresentação e a leitura do parecer. Por isso, admitiu que o
calendário da tramitação da reforma, pelo menos na CCJ, deve atrasar de
quatro a cinco dias.
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