Célio Studart é o único da bancada cearense a votar contra vaquejada
Projeto que regulamenta prática foi aprovado na noite desta terça-feira (9) no Plenário da Câmara
O
deputado federal Célio Studart (PV-CE) foi o único da bancada cearense
que se manifestou contra o projeto (8240/2017), que regulamenta práticas
da vaquejada, do rodeio e do laço no Brasil, aprovado nesta terça-feira
(9) no Plenário da Câmara após cerca de seis horas de debates. “Quem
disser que o animal não sofre que fique no lugar dele e volte aqui para
dar opinião”, discursou durante o processo de votação.
PATRIMÔNIO CULTURAL?
Célio
foi voz dissonante entre os representantes no Estado ao longo de todo o
processo de debate. Por volta das 20h45, a votação foi encerrada: a
proposta passou com 402 votos favoráveis, 34 contrários e quatro
abstenções. Ao todo, vinte integrantes da bancada do Ceará votaram: 19 a
favor e apenas Célio contra.
Segundo
a proposta, ficam reconhecidos o rodeio, a vaquejada e o laço como
expressões esportivo-culturais pertencentes ao patrimônio cultural
brasileiro de natureza imaterial, sendo atividades intrinsecamente
ligadas à vida, à identidade, à ação e à memória de grupos formadores da
sociedade brasileira.
“O
que determina o que é maus-tratos, dor, ansiedade, medo, crueldade não é
designar que seja patrimônio cultural ou esporte – é a realidade”,
defendeu em um dos seus pronunciamentos como vice-líder do PV. Para
Célio, os animais não são objetos, brinquedos e nem divertimento para
ninguém.
Conforme
repetiu durante a votação, a Comissão de Ética, Bioética e Bem-Estar
Animal do Conselho Federal de Medicina Veterinária esclarece que o gesto
brusco de tracionar violentamente um animal pelo rabo pode causar
luxação das vértebras, ruptura de ligamentos, de vasos sanguíneos,
lesões traumáticas, com comprometimento, inclusive, da medula espinhal.
“E mais: o impedimento de fuga, a ameaça que o animal sofre, seja na
vaquejada ou no rodeio, exacerba reações de ansiedade, medo e
desespero”, destacou.
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