Após recuos, comunicação de Bolsonaro será coordenada por militares
A comunicação do governo
do presidente Jair Bolsonaro será coordenada por militares vindos do
Exército. A administração federal organiza uma reestruturação da
Secretaria Especial de Comunicação (Secom) que deverá ser formalizada em
fevereiro. As mudanças ocorrem após recuos do presidente verificados
nos primeiros dias de governo e desencontros de informações entre
integrantes do governo.
O general de divisão Otávio Santana do Rêgo Barros foi
nomeado na última sexta-feira, 18, para o cargo de porta-voz da
Presidência. Além dele, o governo prepara a nomeação de outros militares
para cargos estratégicos de comunicação. Para auxiliar na função de
chancelar a comunicação de Bolsonaro, Rêgo Barros trouxe para o governo o
coronel Flávio Peregrino, que chefiou a Agência Verde-Oliva (órgão de
comunicação do Exército) durante a gestão do porta-voz no Centro de
Comunicação Social do Exército. Um coronel do Exército, que ainda não
teve a nomeação divulgada, deverá ser escolhido para ser o "número 2" de
Rêgo Barros no cargo.
O tenente-coronel Alexandre Lara, por sua vez, assumirá
a Secretaria de Imprensa. O órgão é responsável por credenciar
jornalistas, distribuir noticiário referente às atividades do
presidente, preparar resumos de notícias publicadas na imprensa e
organizar a coletânea dos pronunciamentos. Atualmente, Lara é porta-voz
do vice-presidente Hamilton Mourão, que exerce o cargo de presidente em
exercício durante a viagem de Jair Bolsonaro a Davos, e foi assessor do
ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio
Etchegoyen, no governo Michel Temer.
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