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Do Ceará para o mundo: mostra em Milão terá estande com legítimo artesanato cearense

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(Foto: Ariel Gomes /  Governo do Ceará)

Historicamente, o Ceará desponta no cenário brasileiro como um estado que reconhece no artesanato uma de suas grandes vocações produtivas cumprindo importante papel no desenvolvimento regional. O Governo do Ceará, através da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), participará do evento “L’ Artigiano on Feira”, 23ª Mostra Mercado Internacional do Artesanato, em Milão, na Itália, que será realizado de 1º a 9 de dezembro. O legítimo artesanato será cearense será exposto e comercializado na feira internacional. 

A participação do Ceará no evento tem o intuito de promover e divulgar o artesanato cearense com foco na ampliação de mercado, principalmente o europeu. O visitante terá acesso ao artesanato cearense em diversas tipologias como areia colorida, argila, fibras vegetais, madeira, papel, metais, fios e tecidos (renda de bilro, labirinto, filé, tecelagem, crochê e bordado), entre outras que serão comercializadas durante os nove dias de evento. Artesãos e entidades artesanais de todas as regiões do Estado serão beneficiados com as vendas dos produtos. 

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(Primeira-dama do Ceará, Onélia Santana, responsável pela política do artesanato no Ceará, acompanhada de artesão e do governador do Ceará, Camilo Santana durante o lançamento do Selo Ceart. Foto: Tiago Stille / Governo do Ceará)

Produtos com qualidade
Para melhorar a qualidade do legítimo artesanato cearense, os produtos passaram pela Certificação da Autenticidade dos Produtos Artesanais e de Reconhecimento das Obras de Arte Popular Cearenses (Selo Ceart), que foi implantado em 2015. Entre os benefícios do Selo Ceart estão a garantia da autenticidade da produção artesanal e o reconhecimento das obras de arte popular; a consolidação dos canais de comercialização; o aumento da competitividade da produção artesanal; diferenciação dos produtos artesanais das peças elaboradas industrialmente, reconhecendo seu valor de tradição e cultura; proteção do artesanato cearense da falsificação e da concorrência desigual de produtos similares, além da promoção da confiança do consumidor facilitando a identificação do artesanato cearense. Foram certificados com o Selo Ceart 5.259 produtos artesanais, beneficiando diretamente 9.860 artesãos.

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(Foto: Marcos Studart / Governo do Ceará)

Central de Artesanato do Ceará (Ceart)
A Central de Artesanato do Ceará (Ceart) é vinculada à Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), órgão do Governo do Ceará, e responsável pelo Programa de Desenvolvimento do Artesanato do Estado do Ceará (PDA), que é a política pública do Governo do Ceará destinada ao setor e tem o objetivo de valorizar o artesanato cearense preservando a cultura, o talento, a tradição e a arte popular de cada região do Estado. Dessa forma, desenvolve ações e projetos para qualificação de artesãos, apoia a comercialização, realiza a gestão da Central de Artesanato do Ceará (Ceart) e gerencia o Fundo Especial de Desenvolvimento e Comercialização do Artesanato (Fundart). 

Tem como objetivo promover o artesanato cearense com foco na geração de ocupação e renda e a inclusão social e produtiva do artesão. O setor artesanal promove ainda a inserção da mulher e do jovem na cadeia produtiva e comercial, fixa o artesão em seu lugar de origem e consolida a identidade cultural cearense. O programa hoje atende artesãos, grupos de produção e entidades artesanais em 90% dos municípios do Ceará, totalizando cerca de 42 mil cadastrados na Ceart.

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(Foto: Lia de Paula / Governo do Ceará)

Conquistas do Governo do Ceará
O artesanato cearense é destaque no Brasil e tem o reconhecimento do governador Camilo Santana. Em 2015, o governador assegurou ao artesão cearense a isenção fiscal do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Foram beneficiados com a isenção fiscal mais de 40 mil artesãos no Estado. Em dezembro de 2017, o Ceará ganhou o novo Centro de Renderias da Prainha, em Aquiraz, mais um ponto comercialização do artesanato cearense, que também está em três lojas de Fortaleza: na Matriz, na Praça Luíza Távora; no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e no Shopping Rio Mar, além da loja localizada em Guaramiranga.

O Estado também garantiu a participação de artesãos em feiras locais, estaduais e nacionais e ainda internacional, quando o Ceará esteve na Feira Nacional de Artesanato de Vila do Conde, em Portugal, em 2017. A Ceart esteve em cerca de 240 eventos de promoção e comercialização do artesanato cearense deste 2015. Os artesãos cearenses passam por processo de capacitação constante. Foram capacitados e assessorados 14.919 artesãos com o intuito de aperfeiçoar o design dos produtos. 

O investimento em capacitação e em ações e projetos que apoiam a comercialização estimulam as vendas dos produtos artesanais. No triênio 2015/2017 e até agosto de 2018 foram comercializados 257.066 peças artesanais, beneficiando diretamente 26.600 artesãos.

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(Foto: Tiago Stille / Governo do Ceará)

Produtos em xilogravura serão expostos e comercializados em Milão

Há 32 anos o artesão cearense José Lourenço Gonzaga se dedica à xilogravura. O Governo do Ceará levará o artesão para expor e comercializar produtos em xilogravura no estande do Estado no evento “L’ Artigiano on Feira”, 23ª Mostra Mercado Internacional do Artesanato, em Milão, na Itália, que será realizado de 1º a 9 de dezembro. Nascido em Juazeiro do Norte, na Região do Cariri, um dos berços de sua atividade, José Lourenço, hoje com 54 anos, é um dos responsáveis por manter essa arte nordestina viva. 

A xilogravura popular é cria do Nordeste com duas escolas principais: Juazeiro do Norte, no Ceará, e em Bezerros, Pernambuco, de onde é J. Borges, um afamado cordelista e xilogravurista brasileiro. Atualmente, José Lourenço é diretor cultural da Lira Nordestina, a antiga tipografia São Francisco, responsável por instituir a xilogravura no Ceará e é a entidade que representa xilógrafos e cordelistas. José Lourenço faz a sua parte para manter a tradição da xilogravura viva. Ele se preocupa em passar os conhecimentos para os novos artesãos. “Eu vivo da xilogravura, sustentei e sustento a minha família pela xilogravura. E sempre busco apoiar os novos xilógrafos, através de oficinas e incentivos, para manter essa tradição e não morrer essa arte visual tão importante da nossa cultura”, disse.

Ele vibra em ter a oportunidade de divulgar a sua arte no Exterior e acredita ser um passo muito importante para manter a tradição. “Graças a Deus e com o apoio do Governo do Ceará vamos poder divulgar a nossa arte fora do país. Mostrar o resultado da dedicação de todos esses anos. Estamos muito felizes. Essa não é uma alegria só minha e sim de todo um grupo. Ter a oportunidade de mostrar essa arte, ter o nosso trabalho divulgado fora do país. É a primeira vez que vamos viajar pra fora, eu nunca viajei. Só divulgamos nosso trabalho no Brasil”, ressaltou o artesão.

Quem visitar a feira em Milão vai poder ver José Lourenço confeccionando um produto em xilogravura. “As pessoas vão poder acompanhar eu fazendo o produto. Normalmente, leva em torno de duas horas todo o processo, que é dividido em três partes: desenho na madeira, entalhar a madeira e a impressão das obras”, explica. Além de ver todo o processo para a confecção do produto, o visitante da feira vai ter acesso aos artesanatos do grupo que José Lourenço representa. “Vou levar a xilografia em papel, que é a original. As peças que serão comercializadas vão retratar a Lira Nordestina, a zona rural, o movimento religioso, romaria, vaqueiros, reisado, banda cabaçal, o nosso folclore, teremos xilogravura com cores, a xilogravura mais moderna, que é tipo uma montagem. Vou levar, por exemplo, a Santa Ceia, que demorou quatro meses para ser feita”, destacou.

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