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FUTURO CHEFE DA DIPLOMACIA BRASILEIRA É MOTIVO DE  PREOCUPAÇÃO E PIADA
Ernesto Araújo, o indicado para chefiar o ministério das relações exteriores, virou motivo de espanto, piadas e tristeza no mundo todo, principalmente pelo que andou escrevendo em um blog e nos seus livros. Ele sugere que o aquecimento global não existe e que todo o barulho em torno do tema faz parte de uma conspiração globalista-marxista para deslocar o centro do poder mundial do Ocidente para a China. Araújo prega um alinhamento quase que automático aos EUA de Trump. Diplomatas graduados expressaram, em off, seu descontentamento com a possibilidade de serem dirigidos por alguém que nunca ocupou uma embaixada. Lá fora, a mídia internacional reagiu com espanto, apontando riscos para a agenda do clima e para os órgãos e tratados multilaterais.
Em tempo: o discurso do chanceler indicado segue de perto a linha adotada por Trump e, também, pela campanha pelo Brexit, no Reino Unido. Seria bom o presidente eleito saber que tanto o Reino Unido quanto os EUA já estão pagando o preço elevado de ações consequentes a estas visões, como aponta Lourival Sant'anna no Estadão: "os britânicos continuarão obedecendo às decisões tomadas em Bruxelas e em Estrasburgo, sede do Parlamento Europeu, sem poder votar. Em vez de ganhar, perderão soberania"; nos EUA, "uma das razões da desvalorização das ações americanas tem sido a perspectiva de perda de competitividade, com a ruptura das cadeias de valor (o fornecimento de componentes da China e de outros países) e menor acesso a mercados, causados pelas retaliações às elevações de tarifas promovidas pelo presidente".

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