Esperança
A vida é mais
agradável e bela quando percebemos a presença da amizade e a ausência da
inveja e do ódio. Torna-se básico a exaltação dos valores internos e
morais, para que possamos buscar
felicidade e esperança. Vivemos dias de expectativas, para não dizer de
intranquilidade e angústia, no contexto mundial. Em todas as nações, da
mais rica às mais pobres, existem problemas relacionados com a falta de
entendimento, humildade, justiça, amor e
paz. Acreditamos que a supremacia dos valores materiais sobre os
espirituais é a grande responsável pelo atual desajuste universal.
Quando dizemos valores espirituais não estamos nos referindo e também
nos restringindo a uma determinada religião, doutrina
ou seita. A necessidade de buscarmos e executarmos atitudes
sedimentadas em bases espirituais de amor ao próximo evitaria o
surgimento de fundamentalistas, bem como a prática de atos incompatíveis
com a ética. Não podemos mais conviver com guerras, terrorismo,
corrupção, enfim, com qualquer tipo de violência política, social,
econômica, etc. A discriminação entre as pessoas, por exemplo,
representa a forma mais cruel de coação, permitindo o constrangimento
físico ou moral. A falta de solidariedade leva ao desentendimento,
à intolerância e ao comportamento irracional. Não queremos um mundo
preconceituoso. É bom lembrar que alterações mentais demandam tempo e
são difíceis. Goethe disse: “Abra o coração para que entre mais amor”.
Por sua vez, Manuel Bandeira, o grande poeta nordestino,
externou no poema Desesperança: “Ah! Como dói viver quando falta a
esperança”. Tudo que fazemos para reduzir ou evitar o sofrimento de
nossos irmãos é uma prova de estarmos cada vez mais perto de Deus.
Gonzaga Mota
Professor aposentado da UFC
Ex Governador do Ceará, agora bisavô e meu amigo.
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