TRUMP: "EU
ODEIO VENTO"
As políticas energéticas de Trump são pura contradição e revelam
uma distância extraordinária entre o que presidente diz e o que sua administração
faz. Três exemplos:
1. Trump tem um ódio visceral às turbinas eólicas, acredita que
dão péssimo retorno ao investimento, que prejudicam a costa e obstruem seu
visual; mas, ironicamente, seu Departamento do Interior está trabalhando com
governos estaduais liderados pelos democratas para arrendar águas federais
para a implantação de fazendas eólicas e para simplificar a permissão para a
construção de parques eólicos offshore.
2. Trump diz adorar a hidroeletricidade, mas a associação do
setor reclama que sua administração não ajuda na tramitação de uma legislação
que busca acelerar o processo de licenciamento federal.
3. Trump vive a autoelogiar seus esforços de desregulamentação,
mas apóia agressivamente o mandato federal que exige dos refinadores misturar
biocombustíveis à gasolina, apesar da intensa oposição das empresas de
petróleo e gás e da maioria dos republicanos; e seu Departamento de
Energia considera usar leis velhas de décadas para apoiar usinas à carvão e
nucleares, medida que atingiria diretamente o gás natural, cujo uso cresceu
exatamente às custas do carvão e da energia nuclear.
Comentando estes exemplos, a assessoria de comunicação da Casa
Branca disse à Axios que a ordem de Trump é "promover e executar
políticas... para alcançar o controle da energia e a independência
energética". Entretanto, fontes com conhecimento direto das conversas
sobre energia na Casa Branca disseram que, desde o início da administração
Trump, ninguém coordenou efetivamente a política energética e que "ideias
aleatórias borbulham na superfície e, se ninguém objetar, se tornam
políticas".
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