APROVADO / AL
LEI que cria campanha “Mais Mulheres na Política” no Ceará
A
política é uma das inúmeras áreas em que a mulher está em uma situação
de desigualdade em relação aos homens. Neste campo, a desigualdade de
gênero pode ser percebida já na seguinte comparação: maioria na
população brasileira (51,7%), as mulheres representam 44,27% dos
filiados a partidos políticos.
O
Projeto de Lei 49/18, de autoria da deputada Aderlânia Noronha (SD)
aprovado, nesta quarta-feira (11), na Assembleia Legislativa visa
instituir uma quebra nesse diferencial, ao passo em que cria uma data no
Calendário de Eventos do Estado para promover a participação feminina
na política do Ceará.
Aderlânia
Noronha acredita que a campanha é um incentivo para fazer com que a
ampliação da presença feminina na esfera política possa alavancar o
empoderamento da mulher em todas as demais áreas sociais. Fazendo com
que as mulheres se reconheçam como agentes sociais importantes na
construção de uma sociedade mais justa e melhor.
“No
mês da mulher convidamos a sociedade para uma reflexão sobre as
mulheres e a política, o espaço ainda é pequeno, mas essa realidade vem
mudando a cada eleição, mas ainda tem muito a evoluir, seja mulheres
como eleitoras ou candidatas a cargos públicos. A presença cada vez
maior das “Mulheres na Política” é algo fundamental para o
fortalecimento da política cearense”, destacou a parlamentar.
Como
já acontece nos demais estados brasileiros, o Ceará precisa adotar
medidas corajosas para estimular a competitividade das mulheres nas
eleições. “Empoderá-las”, para usar uma expressão em voga. Quais seriam
essas medidas? Dois exemplos: cotas obrigatórias de cadeiras femininas
no Parlamento e estímulos do poder público para que os partidos admitam
mais mulheres em sua estrutura decisória, enfatizou a deputada
Aderlânia.
ESTATÍSTICA:
De
acordo com estatísticas publicadas pelo Tribunal Regional Eleitoral
(TRE), a proporção de mulheres candidatas nas eleições municipais do
Ceará não evoluiu nos últimos quatros anos. Em 2016, nos 184 municípios,
considerando todos os cargos (prefeito, vice-prefeito e vereador),
somente 30,95% dos postulantes são do sexo feminino. Em 2012, a
proporção foi um pouco maior, 31,7%, considerando que o total de
candidaturas no estado também foi superior.
Ainda
em 2016, foram inscritos 14.591 candidatos, dos quais 4.516 são mulheres
e 10.075 são homens, ou seja, o sexo masculino domina a disputa, com
69,05% de representatividade.
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