“O desenho é a única linguagem que não necessita de tradução”.
Antônio Carlos Campelo Costa, o Campelo, desenhista e arquiteto, comemora 50 anos de sua primeira mostra individual com a exposição “Campelo Costa: traços de um percurso artístico”. Será no período de 9 de agosto a 6 de setembro, na Galeria Vestigium. A mostra tem a curadoria de Roberto Galvão e reúne 40 obras recentes do desenhista.
Campelo começou seus trabalhos como desenhista. Participou de três Salões Municipais de Abril, sendo agraciado com os prêmios de melhor desenhista de 1966, 1967, 1968. Formou-se em Arquitetura e Urbanismo em 1972, pela Universidade Federal do Ceará.
Nos anos de 1969 e 1971, foi premiado com trabalho em equipe na Bienal Internacional de São Paulo, na categoria de Arquitetura. Nas décadas de 1980 a 1990, realizou exposições individuais de desenhos, sendo premiado em 1997 no Salão Norman Rockwell, promovido pelo IBEU-CE. No mesmo ano, comemorou três décadas de participações em exposições com a mostra “Campelo Costa: Personalidade, Músicos, Eros, Arquitetura”.
O surgimento de seu trabalho na década de 60 impressionou e causou um grande impacto no universo intelectual das artes plásticas no Ceará, obtendo em três anos seguidos o primeiro prêmio de desenho do Salão de Abril (1966, 1967 e 1968). A exposição “Campelo Costa: traços de um percurso artístico” marca os 50 anos de sua primeira mostra individual, realizada em 1968.
Exposição
Na abertura, dia 9 de agosto, às 19 horas, será lançado também o catálogo da exposição, que apresenta a trajetória do artista, de sua capacidade inata de construir, desde menino, perfeitas perspectivas, intuitivamente, sem guardar a menor preocupação com os rigores técnicos. “O desenho investe, estrutura o projeto. Há nessa atitude o sentido de atirar‐se para frente. Nunca é arbitrário”, traduz Campelo no texto presente no catálogo.
São obras recentes do artista, divididas em três temas que Campelo Costa trabalha desde o início de sua carreira: Sertão, Festa e Paisagem. Segundo o curador, os desenhos de Campelo têm traços por vezes precisos, outras vezes nervosos, mas sempre na justa medida, corretos, como se de muito tempo já estivessem construídos em sua mente. “Parece que o seu espírito salta por sua mão”, diz Galvão.

SERVIÇO
*Galeria Vestigium – Rua Nogueira Acioli, 891, Centro, Fortaleza.
*Horário de visitação: de segunda a sexta, das 15 às 19 horas, e sábado, das 9 às 14 horas.
*Mais Informações: (85) 9.8180.7268. Acesso gratuito!
(Fotos – Divulgação)