Política
Moro se recusa a investigar governo tucano no Paraná
15/06/2018 - Matheus Tancredo Toledo
O
juiz de primeira instância Sergio Moro, responsável por julgar os casos
da “força-tarefa” da Operação Lava Jato em Curitiba, abriu mão de
julgar denúncias envolvendo tucanos do estado do Paraná. Alegando
“dificuldades para processamento em tempo razoável” devido aos casos
envolvendo a Petrobras e a empreiteira Odebrecht, Moro não julgará o
ex-assessor da Casa-Civil do governo Beto Richa (PSDB).
As
denúncias que Moro se recusou a julgar envolvem um suposto esquema que
funcionava em torno do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná,
por parte dos grupos Econorte e Triunfo, denunciados por lavagem de
dinheiro, estelionato e associação criminosa. As fraudes acarretavam
pagamento de vantagens indevidas para servidores públicos e
enriquecimento ilícito de administradores e funcionários de ambos os
grupos, concessionários de rodovias no estado.
No
mesmo processo está Tacla Duran, ex-advogado da Odebrecht que denunciou
a indústria das delações premiadas: Carlos Zucolotto, advogado e amigo
do juíz de primeira instância, cobrou cinco milhões de reais em propina
para ajudar em um acordo de delação junto ao Ministério Público,
abrandando a pena e diminuindo a multa que o réu deveria pagar.
Zucolotto, em troca de mensagens, afirmou estar intermediando a
negociação com alguém identificado pela sigla DD.
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