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para os próximos anos a sustentabilidade hídrica do Ceará perpassando,
necessariamente, por intervenções relativas à ampliação da
infraestrutura hídrica e de saneamento, assim como o fortalecimento da
inteligência na gestão pública. Esse é o objetivo do pedido de
autorização feito pelo Governo do Ceará à Assembleia Legislativa para
contratar financiamento junto ao Banco Internacional para Reconstrução e
Desenvolvimento (Bird).
A intenção foi aprovada durante a sessão
dessa quinta-feira (26). Com o valor de até US$ 200 milhões (que
correspondem a R$ 692 milhões pela cotação desta sexta-feira, 27), o
Governo do Ceará vai financiar projetos de apoio à melhoria da segurança
hídrica e o fortalecimento da inteligência na gestão pública do Estado
do Ceará. É sabido que desde 2012, o Estado cravado no semiárido passa
por um período de seca que compromete a oferta de água em todo o seu
território, o que demanda esforços intensos do poder público quanto à
governança dos recursos hídricos.
O secretário de Recursos
Hídricos, Francisco Teixeira, explica que a aprovação permite negociar o
empréstimo junto ao Banco Mundial, já autorizado pela Comissão de
Financiamentos Externos (Cofiex), órgão colegiado integrante da
estrutura organizacional do Ministério do Planejamento. A maior parte,
conforme aponta, será investido no Projeto Malha D’água. “Tem também
componentes de saneamento, ligados à Cagece, mas a maior parte é para o
Malha D’água, que é um compromisso do Camilo Santana de adensar as
adutoras no território do Estado”, explicou. Para isso, o Governo do
Ceará, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), concebeu o
projeto que, segundo o secretário, prevê a construção de mais de 4.300
quilômetros de adutoras, a partir dos açudes mais resistentes à seca.
Francisco
Teixeira ressalta, ainda, que a importância do projeto está
especialmente na garantia de água tanto em quantidade como em qualidade
para as sedes urbanas de municípios que serão paulatinamente atendidos.
“É um projeto que vai dar um salto grande na garantia do abastecimento
d’água para a população do Interior, de forma qualitativa e
quantitativa”, acredita. “Não tenho dúvida que vai melhorar tanto o
abastecimento da população urbana, como rural”, destacou o titular da
SRH.
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