Coluna do blog


Preocupação
A necessidade de garantir a sustentabilidade financeira do projeto de transposição do Rio São Francisco, o fortalecimento nas áreas de revitalização de suas margens e de seus afluentes, assim como a execução de obras complementares (saneamento, abastecimento de água e lixões) preocupam o deputado Raimundo Gomes de Matos (CE), coordenador da Comissão Externa que analisa a transposição. “Ter água é um sonho bastante significativo de toda a população, depois de passar os últimos seis anos sem água”, disse.

A frase: "O DNOCS está acabando. Imagina quem está indicando diretor geral pra ser diretor geral debaixo dos panos!". De um servidor do DNOCS, das antigas.

Entrave na transposição (Nota da foto)
Raimundo alerta para sustentabilidade financeira do São Francisco.Tucano pretende ouvir secretários municipais de Fazenda e representantes da Companhia Hidrelétrica do São Francisco.



Audiencia
Depois da audiência pública, da terça-feira (24), o parlamentar Raimundo   Matos ponderou que ainda há novas frentes de diálogo para a Comissão. Participaram da reunião o superintendente-adjunto de Regulação da Agência Nacional de Águas (ANA), Patrick Thadeu Thomas e o gerente do Projeto de Integração do São Francisco da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Danielson Vieira Araújo.

Estados pagarão
Segundo ele, o orçamento anual para manter o sistema em funcionamento é de R$ 500 milhões. Esse valor será obtido pela tarifa que os estados captadores de água irão pagar. “Com exceção do Ceará, os demais estados não montaram uma equação para fazer o monitoramento de como serão cobradas essas tarifas”, disse Raimundo Gomes de Matos.

Contingenciamento
Ele explica que o contrato com a ANA estipula que a cobrança será imediata na liberação de 1 m³ de água. “Se houver contingenciamento, os estados pagarão pela água, mas não terão recurso para fazer a manutenção, pagar energia, garantir a sustentabilidade do sistema”, disse ele.

Eixo Norte
O atraso nas obras do Eixo Norte (RN e CE) é outro entrave a ser vencido. Com a outorga prevista para dezembro, o parlamentar considera que a União terá de assumir um gasto extra. “Se os estados do Ceará e Rio Grande do Norte não estiverem recebendo água, como vão pagar?”, questionou.

Nada no paralelo
A Comissão detectou que a mesma situação ocorre com as obras complementares – saneamento, abastecimento de água, e lixões, que deveriam estar sendo feitas paralelamente à construção das obras estruturais. “No eixo que vai para Campina Grande (PB) as cidades não têm abastecimento de água. Isso cria um grave problema social e há o risco de alguém romper a parede do canal para captar água”. Há ainda o perigo de contaminação da água pelos lixões existentes.

Ouvindo o paciente
Além de ouvir secretários municipais de Fazenda, o tucano considera essencial ouvir representantes da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). Ele explica que, por ser operadora do sistema energético, a Chesf precisa informar como o sistema funcionará. As barragens de Sobradinho não foram suficientes para dar autonomia hídrica e garantir energia suficiente para a transposição.
 

Água paga a conta
“E é preciso haver essa compatibilização”, afirmou ele, questionando a concepção do projeto que privilegiou a energia gerada por hidrelétricas – representando 60% do valor da obra de transposição – ao invés de propor a instalação de placas solares, considerando a posição privilegiada do Nordeste em relação ao sol.



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