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  • ”Esquema atribuído a aliados de Temer existe há 20 anos, diz Barroso” 
  • - De acordo com o ministro, há “indícios que demonstram a possibilidade de se estar diante de um esquema contínuo de concessão de benefícios públicos, em troca de recursos privados, para fins pessoais e eleitorais, que persistiria por mais de 20 anos no setor de portos, vindo até os dias de hoje”.  Barroso afirmou que, dos documentos colhidos na investigação, destaca-se planilha contábil em que aparecem as siglas MT, MA e L como recebedores de recursos das empresas Libra, Rodrimar e Multicargo. Para ele, isso permite “supor sejam o excelentíssimo senhor presidente da República, Michel Temer, Marcelo Azeredo, presidente da Codesp [companhia Docas de São Paulo] entre 1995 e 1998, indicado por ele, e o amigo pessoal do senhor presidente João Baptista Lima Filho”.Na decisão do STF, obtida pela Folha, Barroso indica que o esquema sob investigação vai além da edição de um decreto relacionado ao setor portuário e também envolve benesses no setor de energia. No despacho, o ministro cita o “crescimento exponencial” da empresa Argeplan —pertencente ao coronel João Baptista Lima Filho, amigo do presidente— como um dos fundamentos para a deflagração da operação Skala, da Polícia Federal, nesta quinta (29). Barroso argumentou que a Argeplan teve um crescimento exponencial nos últimos 20 anos, recebendo R$ 160 milhões de um contrato com a Eletronuclear para as obras da usina de Angra 3. Há suspeitas de que a contratação só ocorreu por conta da ligação entre Lima e Temer, mediante favorecimento. A decisão cita depoimento do empresário José Antunes Sobrinho, investigado na Lava Jato.

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