Do jornal OEstado Ce


Desigualdade e Segurança marcam discursos na CMFor


Na primeira sessão ordinária da Câmara Municipal de Fortaleza, após o recesso parlamentar, os vereadores levaram para o plenário assuntos diferentes, mas que acabaram por convergir no debate sobre a violência no Ceará.
O presidente da CMFor, vereador Salmito Filho (PDT), usou a tribuna do plenário para discursar. Em sua fala, o debate sobre a desigualdade que, segundo comentou, tem reflexo na problemática da violência. Para ele, a crise na Segurança Pública do Brasil também é resultado da desigualdade que acontece no País, afirmando que parte da solução é o poder público trabalhando para a população, oferecendo serviços de qualidade, como escola pública de tempo integral de qualidade. “Eu quero dizer que tem jeito, que sou otimista. Só por meio da boa política é que poderemos superar essa brutal desigualdade”, afirmou.
De acordo com o pedetista, a desigualdade pode ser mudada, mas para tal é necessário que haja “um grande debate político sobre essa questão”. Salmito comentou que o Brasil ainda é um dos países mais desiguais do planeta, mas que para superar esse problema, a solução é por meio da política e do trabalho que se faz com o Poder Público para que possa combater a desigualdade. “Não será por iniciativa de instituições, mas precisamos decidir e aumentar a renda da maioria da população, gerar mais emprego, construir projetos de desenvolvimento nacional, como afirma o ex-governador do Ceará e ex-prefeito de Fortaleza, Ciro Gomes”, comentou.

Já na opinião do vereador Guilherme Sampaio (PT), as “pessoas e famílias” que estão no topo da pirâmide estão contra o interesse da maioria do povo brasileiro. “A agenda de quem está no topo da pirâmide é a que impõe a reforma da previdência e que tiraram direitos trabalhistas conquistados. É quem hoje ocupa e manipula o Judiciário e condena Lula sem provas. Parte do Judiciário está rendida a esse arranjo da elite econômica”, disse.
Outro que usou a tribuna no primeiro dia de sessão após o recesso, foi o vereador Adriano Bento (Patriota). Em discurso, ele ressaltou a crise da segurança pública no Ceará. Segundo Adriano, a cidade vive um momento delicado e não é tempo para omissão. O vereador disse que protocolou um requerimento para que seja realizada uma audiência pública na Câmara Municipal de Fortaleza com o propósito de discutir a questão da segurança pública.
Durante o pronunciamento, ele destacou ainda o impasse entre policiais militares e Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública (CGD), ocorrido na última sexta-feira (2), onde, segundo afirma, quatro soldados foram detidos e acusados de tortura.
Social
Já a vereadora Eliana Gomes (PCdoB) utilizou o espaço para pedir que mais ações e projetos sociais sejam realizados, especialmente, nas regiões em que estão os conjuntos habitacionais do projeto Minha Casa, Minha Vida. De acordo com a parlamentar, é importante levar esporte, escola e cultura para as famílias mais carentes.

Eliana ainda pediu que, este ano, tanto o Poder Executivo quanto o Legislativo foquem seus esforços em ações sociais. A vereadora comentou que o prefeito Roberto Cláudio e o Governador Camilo Santana estão conversando sobre o que pode ser feito em relação às famílias que fazem parte do projeto Minha Casa, Minha Vida.
“Estive com o prefeito e governador e eles conversaram sobre que tipo de trabalho social pode ser feito em conjunto no projeto. Essa é a transformação que precisa chegar nos conjuntos. Ações sociais importantes para as famílias, para levar esporte, cultura e escola, levando todo um aparato e trazendo a discussão necessária”, comentou.

Larissa sugere comitês de combate ao câncer
Com o início dos trabalhos, ontem, na Câmara Municipal de Fortaleza, começou a tramitar o projeto de indicação nº 696/2017, de autoria da vereadora Larissa Gaspar (PPL), que propõe a criação de Comitês Populares de Prevenção e de Combate ao Câncer de Mama em todas as Regionais de Fortaleza.

Os comitês, segundo a proposta, têm por finalidade realizar mobilizações nas comunidades para prevenir e combater o câncer nos vários bairros da Capital, a partir do monitoramento da oferta de serviços e do diálogo com o poder público para melhoria no atendimento. Também desempenhariam o papel de estimular atividades integradas entre poder público e comunidade e propor ações de combate à doença. De acordo com o texto da Indicação, as secretarias da Saúde e as Regionais ficariam responsáveis por garantir estrutura para cada Comitê.

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