Vai pra Portugal hoje?

EDP declara estado de alerta devido à tempestade Ana

Estado de alerta para as regiões a norte do Rio Tejo. A empresa pode adotar idêntica medida para todo o território de Portugal continental.
A decisão, em vigor desde o início desta tarde e tomada ao abrigo do Plano Operacional de Atuação em Crise, surge na sequência do aviso da ocorrência de condições meteorológicas adversas, em particular rajadas de vento e chuva forte, que podem afetar de forma significativa o regular abastecimento de energia elétrica.
"A empresa garantiu reforço das equipas operacionais no território, tendo por outro lado sido suspensas, ou reduzidas ao mínimo, todas as atividades de rotina e programadas. Está também concluída a verificação da localização e acessibilidade de recursos em reserva nomeadamente viaturas, geradores, subestações móveis, além de materiais a utilizar para reposição rápida de redes que possam vir a ser afetadas", refere a EDP, em comunicado.
A EDP Distribuição acrescenta que se mantém em estreita articulação com as estruturas locais e nacionais de Proteção Civil, bem como em ligação permanente ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) para garantia de informação atualizada.

O IPMA colocou hoje oito distritos do continente em aviso vermelho a partir do final do dia por vento muito forte, com rajadas superiores a 130 quilómetros/hora nas terras altas
Em comunicado, o IPMA explica que este aviso, para os distritos de Viseu, Porto, Guarda, Vila Real, Viana do Castelo, Aveiro, Coimbra e Braga, está válido entre as 19:59 de hoje e a 01:59 de segunda-feira.
Já numa nota colocada no seu 'site', aquele instituto explica que o vento irá intensificar-se durante o dia de hoje, "tornando-se forte de sudoeste, com rajadas até 110 quilómetros/hora, e podendo chegar a 130 quilómetros/hora nas terras altas do norte e centro até ao início da manhã".
Em causa está a tempestade Ana, formada a noroeste da Península Ibérica, que terá como período mais crítico "o final da tarde de domingo e a madrugada de segunda-feira, com impactos expectáveis devido a ventos fortes, precipitação intensa, queda de neve e forte agitação marítima".
Em aviso laranja devido à previsão de vento forte de sudoeste com rajadas até 70 quilómetros/hora, aumentando gradualmente até 110 quilómetros/hora e 120 quilómetros/hora nas terras altas ficam os restantes distritos, de Bragança, Évora, Faro, Setúbal, Leiria, Santarém, Lisboa, Beja, Castelo Branco e Portalegre.
Relativamente à chuva, preveem-se períodos de chuva forte (com aviso laranja) a partir da manhã de hoje e até à madrugada de segunda-feira em Bragança, Porto, Guarda, Vila Real, Viana do Castelo, Aveiro, Coimbra e Braga.
Os restantes distritos, de Évora, Coimbra, Faro, Setúbal, Santarém, Lisboa, Leiria, Beja, Portalegre e Castelo Branco, estão com aviso amarelo, o terceiro mais grave numa escala de quatro.
No que toca à neve, deverá afetar apenas os distritos da Guarda, Vila Real e Braga (com aviso laranja) e de Castelo Branco e Viana do Castelo (aviso amarelo), com volumes acima de 800 e 1000 metros.
O IPMA alerta ainda para a agitação marítima, com ondas de cinco a seis metros em Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Aveiro, Coimbra, Porto e Braga (entre as 20:59 de hoje e as 17:59 de segunda-feira) e em Setúbal, Faro e Beja (entre as 05:59 e as 17:59 de segunda-feira).
No que toca ao arquipélago da Madeira, aquele instituto estima ondas de noroeste com quatro a cinco metros entre as 11:59 de hoje e as 17:59 de segunda-feira, tanto na costa norte como em Porto Santo, razão pela qual emitiu um aviso amarelo.
Para os Açores, não existe qualquer aviso.
Avisos da Proteção Civil
Tendo em conta as previsões meteorológicas, a Proteção Civil alerta para o piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo, para a possibilidade de cheias rápidas em meio urbano devido a acumulação de águas pluviais ou insuficiência de escoamento dos sistemas de drenagem e para a possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis.
São também expectáveis inundações de estruturas urbanas subterrâneas devido a deficiências de drenagem, danos em estruturas montadas ou suspensas, dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente em períodos de preia-mar, e a possibilidade de queda de ramos ou de árvores, fruto de vento mais forte.
A ANPC alerta ainda para a possibilidade de acidentes na orla costeira e para a ocorrência de fenómenos geomorfológicos causados por instabilidade de vertentes, devido à saturação dos solos e à perda de consistência.
A ANPC recomenda à população que tome diversas medidas de prevenção e que adeque os seus comportamentos às condições meteorológicas, designadamente, "garantindo a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e remoção de inertes e de outros objetos suscetíveis de serem arrastados ou que possam criar obstáculos ao livre escoamento das águas".
A Proteção Civil pede aos automobilistas que adotem uma condução defensiva, reduzindo a velocidade, com especial cuidado com a acumulação de neve e a formação de lençóis de água nas vias, e adverte para que evitem atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos escondidos no pavimento ou caixas de esgoto abertas.
A Autoridade Nacional de Proteção Civil pede ainda aos condutores para que tenham especial cuidado quando circulem ou permaneçam junto a áreas arborizadas, por haver o risco da queda de ramos ou de árvores devido ao vento forte.

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