Tanto rapapé...pra nada. A Gol ganhou

Latam suspende projeto de hub no Nordeste

Segundo presidente da companhia, centro de distribuição de voos já não é mais viável economicamente na região

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Avião da Latam - Divulgação
O tão esperado hub (centro de distribuição de voos) da Latam no Nordeste está suspenso e não deve sair do papel tão cedo. O presidente da subsidiária brasileira, Jerome Cadier, disse que o projeto, que prometia investimentos de US$ 1,5 bilhão e anunciado em 2014, já não tem viabilidade econômica para ser concretizado. Na época, estimava-se que o novo centro de distribuição da companhia aumentaria em 2 milhões de passageiros transportados a partir de 2018 e a expectativa era de chegar a 3.2 milhões em 2038. SAIBA MAIS: Aéreas brasileiras miram o Nordeste para voos internacionais
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— Virou um negócio altamente negativo depois da crise econômica. Esse projeto está na geladeira, o que podemos fazer é a abertura de voos pontuais em algumas cidades de acordo com a demanda. Mas, as estimativas que tínhamos em 2014 e 2015 não se concretizaram — disse o executivo.

Segundo ele, o projeto da Latam era abrir vários voos para a Europa a partir de um aeroporto do Nordeste e fazer do terminal um centro de conexão para rotas domésticas.
— Não se justifica economicamente mais do jeito que planejamos, com uma série de voos por dia. O aumento das rotas no Nordeste será feito pontualmente, quando fizer sentido. Aumentamos agora algumas frequências para Fortaleza e para Recife, mas isso não se configura um hub —ressaltou.
Se os investimentos no Nordeste estão suspensos, Cadier anunciou que em fevereiro começa a operar um novo hangar de manutenção no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Segundo ele, serão aportados R$ 130 milhões no projeto e deve diminuir o custos de manutenção da companhia.
— É um hangar para manutenções leves, de rotina. Com isso dinamizo a operação em Guarulhos porque não preciso realizar esses serviços nas aeronaves, que deveriam estar em Cumbica, em outro aeroporto — disse o executivo.
Nesta primeira etapa, segundo Cadier, as manutenções serão feitas no pátio do hangar e em setembro a outubro, o galpão estará concluído e os serviços mais especializados poderão ser realizados em Guarulhos. Com esse hangar, a Latam poderá realizar, simultaneamente, a manutenção em sete aeronaves grandes (de dois corredores) e em 19 aviões usados em voos domésticos.
O executivo afirmou, ainda, que 2018 será um ano melhor no volume de passageiros transportados. Segundo ele, vai haver um crescimento da demanda, principalmente no mercado doméstico.
— Vai mudar o humor. Não vamos voltar aos níveis de 2015, mas será melhor do que 2017, mesmo com um ano eleitoral. O primeiro semestre acredito que deverá manter a trajetória de crescimento deste ano, mas a partir do segundo, não sabemos para onde vai a demanda e o câmbio.
REFORMA NA FROTA
Cadier contou, ainda, que a Latam investirá na reformulação das cabines dos Boiengs 777 que mantém na frota. As aeronaves têm cerca de 12 anos de uso e, com o retrofit poderão voar por mais 10 anos.
— Temos hoje na nossa frota dez aviões desse tipo e vamos decidir ainda em quantos vamos realizar essa reforma. O plano não está fechado. Mas, devemos investir bem mais de US$ 5 milhões em cada jato - disse.
Segundo ele, o projeto é viável diate do preço atual do petróleo, que está em torno de US$ 60 o barril.
— Tínhamos duas opções: devolver esses jatos e encomendar aviões mais novos e econômicos, mas com um custo total maior quando parado, ou investir nesse retrofit. Preferimos gastar mais com combustível em um avião mais barato com um interior competitivo, do que manter um valor alto, como de outras aeronaves, no chão.

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