Ouro em risco

"Concessões fiscais põem 'regra de ouro' em risco”

 - As concessões fiscais do governo Michel Temer neste ano não devem afetar o cumprimento de metas de 2017, mas podem neutralizar ao menos parte dos efeitos positivos esperados sobre a arrecadação federal com a retomada da economia, principalmente a partir de 2018. O cumprimento do déficit primário de R$ 159 bilhões no ano que vem não parece estar sob muito risco, mas a luz amarela se acende desde já para outros compromissos, sobretudo a regra de ouro e eventualmente o teto de 3% para o crescimento das despesas. "As negociações feitas, como o adiamento do leilão do aeroporto de Congonhas e os parcelamentos aprovados, minimizam o potencial efeito cíclico positivo sobre a arrecadação a partir de 2018", diz um analista que não quis ser identificado. Guilherme Mercês, economista-chefe do Sistema Firjan, receia que as renúncias façam diferença. "As concessões para a barrar a denúncia contra o presidente Michel Temer impõem que o governo federal tome na sequência medidas mais duras para compensar esse afrouxamento e garantir um equilíbrio maior no médio e longo prazos." O problema do ano que vem, avalia, será o cumprimento do crescimento da despesa pelo limite de 3%. "O teto vai cair em 2018", diz o economista da Firjan. O limite, explica ele, é muito baixo. "A taxa de inflação deve ficar acima desse limite e pressionará ainda mais os gastos."

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