Portuguesa que morreu tinha chegado a Barcelona horas antes
Avó e a neta, residentes em Lisboa, estavam na cidade para uns dias de passeio. Autoridades não sabem da jovem de 20 anos
Uma
mulher de nacionalidade portuguesa, nascida em 1943 e residente em
Lisboa, é uma das 14 vítimas mortais do ataque registado na
quinta-feira, em Barcelona, disse o secretário de Estado das Comunidades
Portuguesas.
Deste atentado
resultaram ainda 130 feridos, 30 em estado grave e 17 em estado crítico.
A sua neta de 20 anos, que a acompanhava nuns dias de passeio em
Barcelona, encontra-se desaparecida. "Tinham chegado ontem a Barcelona e
já se tinham alojado num hotel. Um familiar contactou os serviços
consulares após o atentado. Foi confirmada a morte da senhora de 74 anos
mas ainda não se sabe do paradeiro da jovem de 20 anos", adiantou ao DN
o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro,
ressalvando que a lista de feridos ainda está em evolução, bem como a
identificação das vítimas mortais.
O
secretário de Estado já informou a família da vítima mortal portuguesa,
a quem transmitiu "disponibilidade para apoiar em tudo o que for
necessário", nomeadamente na identificação e nos procedimentos para a
trasladação do corpo. Um dos familiares já se encontra em Barcelona,
acrescentou.
Segundo
as informações recolhidas pelo Governo junto dos hospitais que
receberam vítimas do ataque, entre os feridos não há portugueses,
realçou, adiantando que há cerca de 35 mil portugueses inscritos nos
serviços consulares na região da Catalunha.
"Mas
há depois uma população flutuante, sobretudo do fluxo de turismo, fluxo
de trabalho, fluxo de investimento, há, de facto, muitos fluxos, que
têm como destino Barcelona. Portanto, temos de continuar, como sempre
dissemos, a aguardar por todas as informações até às ilações finais",
sublinhou o governante.
Em
declarações à RTP, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa,
quis expressar em nome dos portugueses "a dor e o pesar pela morte de
uma concidadã numa tragédia provocada pelo terrorismo". O Presidente
referiu ainda que o Governo considera que não existe, para já,
necessidade de aumentar o nível de alerta em Portugal.
Autor do atropelamento está identificado
As
forças de segurança espanholas identificaram já Moussa Oukabir, irmão
de um dos homens detidos na sequência do atentado de quinta-feira, em
Barcelona, como o alegado autor do ataque nas Ramblas, disseram à Efe
fontes policiais.
Segundo
fontes citadas pelo El País já ao final da tarde desta sexta-feira,
Moussa está entre os cinco terroristas que foram abatidos na madrugada
de sexta-feira em Cambrils. É irmão de Driss Oukabir, detido ontem,
depois de o seu passaporte ter sido encontrado dentro da carrinha que
atropelou mortalmente 13 pessoas nas Ramblas.
Uma
mulher ferida posteriormente no ataque de Cambrils morreu, confirmaram
esta manhã as autoridades, elevando para 14 o número total de vítimas
dos ataques.
Moussa terá acabado de completar 18 anos, e terá chegado a Espanha de Marrocos no dia 13 de agosto, segundo fontes ouvidas pela Europa Press.
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