Mesmo após tragédia da Chape, futebol sul-americano continua fretando aviões e tendo problema
Divulgação / Atlético Tucumán
O
trágico acidente aéreo com o avião da Chapecoense que vitimou 71
pessoas no final do ano passado rapidamente acendeu um grande alerta
sobre a forma que os times de futebol viajavam pela América do Sul.
Alguns jogadores chegaram até a se posicionar sobre o assunto."Tomara que agora que isso aconteceu as equipes tenham a consciência de melhorar as condições de viagem", chegou a dizer Miguel Borja, o atacante do Atlético Nacional que está perto de se transformar em mais um reforço do Palmeiras.
Pouco mais de dois meses depois, porém, nada mudou!
E a maior prova disso veio nesta terça-feira. O Atlético Tucumán, da Argentina, quase foi eliminado da Libertadores por não conseguir chegar ao Equador a tempo do jogo contra o El Nacional, graças a um problema justamente com um voo fretado.
O Tucumán contratou os serviços da empresa chilena Mineral Airways - que, assim como a boliviana LaMia, tem uma frota de apenas dois aviões, com idade média de 32 anos. A primeira parte da viagem, até Guayaquil, ocorreu sem problemas. Quando chegou lá, porém, a aeronave simplesmente não tinha as documentações necessárias para fazer um voo local até Quito, local do jogo.
O time só conseguiu embarcar três horas depois, em um novo voo fretado - desta vez, porém, da Latam, uma empresa bem maior. A aterrisagem aconteceu 15 minutos depois do horário que estava previsto para o começo da partida.
A própria Conmebol falava em falha logística do Tucumán, e o jogo só não terminou em W.O. porque o El Nacional admitiu entrar em campo mesmo assim. Depois de uma viagem de ônibus a 130 km/h até o estádio, a partida começou com 1h30 de atraso. E terminou com vitória e classificação épica do time argentino.
Na semana passada, para o jogo de ida já desta segunda fase da Libertadores, o Universitário do Peru também enfrentou problemas com atrasos por conta de documentação de seu voo fretado.
O time peruano ia até o Paraguai para enfrentar o Deportivo Capiatá, mas enfrentou um atraso de quatro horas para conseguiu fazer a viagem. Por sorte - e por uma melhor programação, é claro - o time viajava no dia anterior e tinha tempo de sobra para eventuais problemas.
Óscar Santader, o responsável por organizar a viagem dos peruanos, chegou a citar o acidente da Chapecoense para explicar o atraso. "Tínhamos todas as permissões necessárias, mas por conta do que aconteceu com a LaMia, todas as margens de segurança em todos os países ficaram mais rigorosas, principalmente quanto a revisão dos documentos", disse.
Neste caso, a companhia contratada também era das grandes, a Peruvian Airlines, uma das maiores do país.
Outro time que segue viajando com voos fretados é o The Strongest. Foi desta forma que os bolivianos foram até o Uruguai para enfrentar - e vencer - o Montevideo Wanderers pelo jogo de ida desta segunda fase.
E, de novo, com uma empresa menor, de apenas duas aeronaves na frota - a venezoelana Estelar. Eles, porém, não enfrentaram problemas maiores com as aeronaves.
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