Ontem,
hoje e sempre
O
título parece programa de rádio pra não deixar morrer memórias como de Nubia
Lafaiete, Waldick Soriano, Nelson Gonçalves, Roberto Luna etc. e etc e tal. Não
é. Parece mas não é. É que pra falar de
hoje tem que falar de ontem ou ainda, quem não tem passado não tem
futuro. Presente é besteira. Um dia, lá atrás, o comandante Mauro Benevides, da
polícia do Ceará levou um tiro de raspão no meio da rua. Na praça pública. De
quem? De colegas policiais. Um motim e um arranca rabo entre policiais civis e
militares lá no vetusto governo Tasso, o primeiro da trilogia. Pra quem leu,
era cena viva de guerra civil. Depois disso, por muito tempo não se teve mais
ideia de como tem sido a ciumeira entre civil e militar aforamente o pessoal
novo que causou ciúmes, a bem vestida e ar condicionada Ronda. Pois bem, se
aqui há calma, pela aí a traquitana gira. Essa coluna não é foro pra cuidar de
polícia, mas de política e como de política devemos tratar o que ocorre no
Espírito Santo, onde policiais amotinados por salários, botaram mulheres nas
portas dos quartéis pra lhes garantir imunidade numa paralisação despudorada e
covarde. Quem não pode com o pode não pega na rodilha, ensina o sertão seco,
sem água, sem segurança, sem safra e quase sem aposentadoria. Agora o pior: um
dia foi-me sugerido, como editor de televisão, não dar muita linha pra pipa das
invasões a cidades durante uma seca miserável. Depois, a mesma sugestão pra não
dar trela pros arrastões na praia. Juntando os trapinhos descobri que era
“sugestão” do alto. Se mostra, a coisa se amplia e vira modelo e exemplo. É o
que ocorre agora no Rio de Janeiro, imitando o Espírito Santo. Se a moda pega a
mulherada vai tudo virar bucha de canhão de seus homens, pais, filhos, irmãos,
maridos, amantes, companheiros, tico-ticos e coisa e loisa. Barbas de molho
porque cachorro mordido de cobra tem medo até de lingüiça.
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