Amigo Macário,
A REPETIÇÃO DA IMPOSTURA
Francis Vale
Em
1965, o jornalista e historiador cearense Edmar Morel lançou o livro "
O Golpe começou em Washington", no qual denunciava a ingerência direta
do Governo americano na preparação e execução do Golpe de 1964. O livro
foi bastante vendido, com grande sucesso entre os leitores, até ser
apreendido e proibido pelo regime militar.
Em 2011, o
documentarista Camilo Tavares filmou " O dia que durou 21 anos", lançado
em 2013, no qual aprofunda e amplia as denúncias lançadas por Morel em
seu livro de meio século atrás.
Neste momento em que ocorre
novo golpe no Brasil, vários jornalistas e historiadores voltam a
repetir o bordão. E não sem justas razões.
Redação PragmatismoEditor(a)
Pré-sal: José Serra prometeu à Chevron que entregaria nosso petróleo
Informações vazadas pelo Wikileaks asseguram que o senador José Serra havia prometido à petroleiras dos EUA que acabaria com o domínio da Petrobras na exploração do pré-sal. Após a aprovação do projeto de Serra esta semana, senadores relembraram da informação divulgada pela rede de Julian Assange
novo governo
Wikileaks diz que Michel Temer atuou como informante dos EUA
13/05/2016 15h08
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O site de vazamentos de documentos Wikileaksafirmou em sua conta no Twitter nesta sexta-feira
(13) que o presidente interino Michel Temer atuou como informante da
embaixada dos Estados Unidos em 2006, quando era deputado federal.
A
afirmação se baseia em telegramas em que o então cônsul-geral dos
Estados Unidos, Christopher J. McMullen, relata ao governo americano
conversas com Temer. Os documentos haviam sido reveladosem 2011 e voltaram à tona com o tuíte.
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Mais recentemente, o Conversa Afiada informou:
O Blog do Esmael obteve informação exclusiva nesta quarta (21) segundo a qual a primeira-dama da Lava Jato Rosangela Wolff Moro, mulher do juiz federal Sérgio Moro, já está residindo nos Estados Unidos.
No último domingo (18) a 1ª dama da Lava Jato visitou a capital paranaense (clique aqui).
Pelas informações extraoficiais colhidas, a Senhora Moro mudou-se da República de Curitiba para a terra do Tio Sam por “motivos de segurança”.
O juiz Sérgio Moro já conseguiu licença de um ano na Universidade Federal do Paraná, onde leciona Direito Processual Penal, para morar e estudar no país de Donald Trump.
De acordo com maledicentes línguas, o magistrado teria acelerado a decisão de partir para os EUA depois da eleição do novo reitor da UFPR Ricardo Marcelo Fonseca.
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O
conjunto dessas informações deixa claro que a interferência
norte-americana no último golpe é maior do que se imagina, pois envolveu
o Legislativo ( Serra no Senado e seu projeto entreguista), a ação de
Temer na preparação para assumir o Executivo e do juiz Moro para
criminalizar o PT de Lula e Dilma.
Tanto
em 1964 como agora o mote golpista era a corrupção do Poder Executivo.
Naquele tempo, tinha a " subversão comunista"caracterizada pela ação dos
sindicatos rurais exigindo a Reforma Agrária e a luta dos militares
subalternos da Marinha por seus direitos. Agora, era os desvios na
Petrobrás que depois ficou claro que eram praticados por vários
partidos, principalmente o PMDB de Temer e até os tucanos.
Em
1964, usou-se o Poder Militar: Exército, Marinha e Aeronáutica. No
golpe de agora, usou-se o que Luiz Werneck Viana chamou de "tenentes de
toga": MPF e Judiciário, além da Polícia Federal.
Ao final desse novo período golpista veremos que se trata da repetição da impostura.
Abraço do Francis.
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