Fortaleza recebe, de 29/1 a 1/2, no Dragão do Mar, a
10º Bienal da UNE, o maior festival estudantil da América Latina
Encontro histórico da juventude brasileira, a Bienal reunirá na
capital cearense mais de 5 mil estudantes, de todo o País, para uma maratona de
debates sobre política, arte e cultura, com uma intensa programação de shows,
peças de teatro, espetáculos e exposições de diversas linguagens. Encontro também
inicia as comemorações pelos 80 anos da União Nacional dos Estudantes (UNE)
A Bienal da UNE, o maior festival estudantil da América
Latina, chega à sua 10ª edição e celebra seus quase 20 anos de existência com
uma verdadeira ocupação cultural de Fortaleza. Entre quarta-feira, 29/1, e domingo, 1/2, mais de 5
mil estudantes vindos de todas as regiões do País vão se integrar ao povo
cearense e fazer do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e da Praia
de Iracema a referência da produção artística, dos debates e do pensamento
da juventude brasileira.
A 10ª Bienal da UNE tem como tema “Feira da Reinvenção”, em
alusão ao potencial criativo do povo brasileiro e à possibilidade de reinvenção
de linguagens, estéticas, formas de luta, de resistência e de arte, a partir da
imagem das feiras populares. A 10ª Bienal também dará início às festividades
dos 80 anos da UNE, comemorados no dia 11 de agosto.
A programação da Bienal apresenta uma extensa lista de
convidados, entre pensadores, artistas e ativistas, com o objetivo de reunir as
diversas linguagens e expressões culturais, valorizar a identidade nacional e
conectar as produções estudantis de todas as regiões do País.
“Para a UNE, é uma honra poder ser recebida em um estado que
reserva tanta história, tanta luta e uma cultura tão rica, quanto o Ceará.
Acredito que as trocas que serão possibilitadas nesta edição, com o encontro de
gente de todo o Brasil, vão criar um ambiente bem diverso e instigante, de
reinvenção e muita criatividade”, afirma a presidenta da UNE, Carina Vitral,
que já está em Fortaleza, participando de atividades preparatórias para a
Bienal.
Já passaram pelas diversas edições da Bienal até aqui artistas
como Gilberto Gil, Oscar Niemeyer, Ariano Suassuna, Abdias Nascimento, Alceu
Valença, Ziraldo, Tom Zé, Martinho da Vila, Augusto Boal, Beth Carvalho, Dona
Ivone Lara, Lenine, Naná Vasconcelos, Criolo, Pitty e muitos outros
personagens.
Trabalhos inscritos: arte, conhecimento, pensamento
Ao longo de seus quase 20 anos, a Bienal da UNE se caracterizou
como principal instrumento de mapeamento
e difusão da produção artística desenvolvida por jovens estudantes
brasileiros. Esse reconhecimento se dá pela realização de uma grande mostra
estudantil, ponto central do festival.
Para seleção dos trabalhos, foram abertas inscrições, com estudantes
de todos os estados podendo participar, inscrevendo trabalhos em sete áreas: artes
cênicas, literatura, música, artes visuais, audiovisual,
ciência e tecnologia e projetos de extensão. Para participar, o
único requisito foi estar matriculado em uma instituição de ensino no ano
letivo de 2016.
Já os estudantes que não forem apresentar trabalho podem se
inscrever online, no site www.bienaldaune.org.br, até 25 de janeiro, como participante.
O procedimento é o mesmo, mas haverá a cobrança de uma taxa R$ 150,00 (após esta data, só serão aceitas inscrições
pessoalmente no local do credenciamento, no Dragão do Mar). O valor dá direito a alojamento e acesso a todas as atividades da
Bienal. Estudantes do ProUni e cotistas têm desconto de 30%. O desconto é valido
para inscrições feitas pelo site.
"Feira da Reinvenção"
A Bienal da UNE, criada em 1999, tem como norte a investigação e
celebração dos elementos mais intrínsecos da brasilidade, algo como o DNA do
Brasil, a formação do seu povo. Em meio a um dos momentos mais graves da
história democrática brasileira, após o golpe de 2016, a UNE leva para a sua
10ª Bienal o tema “Feira da Reinvenção”, evocando o potencial criativo
do povo brasileiro frente às adversidades, e a imagem e o conceito da feira
livre na cultura nacional.
A Bienal é, portanto, uma espécie de desafio criativo para o
movimento social e cultural do país, permitindo um espaço de exposição e trocas
baseado na reinvenção.
História da Bienal da UNE
Em 1999, com a realização da 1º Bienal em Salvador (BA), a UNE
retomou com vigor o seu trabalho cultural, que teve destaque na década de 1960
com o famoso Centro Popular de Cultura (CPC). Na segunda edição, realizada em
2001 no Rio de Janeiro, esse projeto cresceu com a criação do Circuito
Universitário de Cultura e Arte (CUCA), uma rede de produção e fomento à arte
nas universidades do País.
Posteriormente, a UNE deu continuidade ao caráter itinerante das
Bienais e norteou o festival para temas que representam algum dos elementos
formadores do povo brasileiro. Já foram discutidos a cultura popular (Recife,
2003), a integração do Brasil com a América Latina (São Paulo, 2005), as
relações do país com a África (Rio, 2007), as raízes do Brasil (Salvador,
2009), o samba (Rio, 2011), a influência da cultura nordestina (Recife, 2013) e
as diferentes formas de linguagem no País (Rio, 2015).
SERVIÇO:
10ª Bienal da UNE
De 29 de janeiro a 1º de fevereiro de
2017, no Centro Dragão do Mar, em Fortaleza
Informações: www.une.org.br
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