Da imprensa portuguesa

Google manda regressar trabalhadores aos EUA com medo que depois não consigam

Donald Trump no Air Force One em Filadélfia
Já há relatos de passageiros proibidos de embarcar para os EUA
A Google pediu aos trabalhadores da empresa que trabalham nos Estados Unidos e se encontram no estrangeiro para regressarem ao país, depois de um decreto de Donald Trump ter restringido a entrada de nacionais de sete países muçulmanos, avança a BBC. A empresa teme que mesmo com vistos válidos os empregados não consigam regressar.
A gigante tecnológica norte-americana não confirma que tenha mandado regressar 100 trabalhadores, mas há uma circular vista pela Bloomberg que vai nesse sentido. À BBC disse que está preocupada com as barreiras à importação de talento de outros países, depois de o presidente dos Estados Unidos ter travado entradas da Síria, Iraque, Irão, Sudão, Líbia, Somália e Iémen durante pelo menos 90 dias - tempo para a sua administração desenvolver "novas medidas de controlo para manter os terroristas islâmicos radicais fora dos Estados Unidos", argumentou Trump.
A ordem foi assinada ontem e já há relatos de pessoas com autorização de residência (green cards) que foram impedidas de entrar em voos para os Estados Unidos, diz a BBC. Cinco passageiros iraquianos e um iemenita foram impedidos de embarcar num voo da EgyptAir do Cairo para Nova Iorque este sábado, apesar de terem vistos, disseram fontes do aeroporto à Reuters.
A Qatar Airways já avisou os passageiros dos sete países afetados que precisam de ter uma autorização de residência ou visto diplomático para embarcarem. O departamento de segurança nacional dos Estados Unidos já veio esclarecer, no entanto, que mesmo com autorização de residência (green card) não será possível aos cidadãos daqueles países entrarem nos EUA.
Há também dois iraquianos que vão processar os Estados Unidos, depois de terem sido detidos à chegada a um aeroporto em Nova Iorque, devido a esta proibição. De acordo com o processo, segundo o The New York Times, os dois entraram no país legalmente, mas foram detidos devido ao decreto assinado por Trump na sexta-feira.

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