Coluna do blog




Nota de falecimento: a engenharia brasileira está morta (1)
A Engenharia Brasileira está morta. Será cremada no altar da Jurisprudência da Destruição, do entreguismo e da ortodoxia econômica. Suas cinzas serão sepultadas em hora e local a serem anunciados no decorrer deste ano de 2017. Valho-me do Santayana; Em qualquer país minimamente avançado, a engenharia é protegida e reverenciada como o outro nome do poder, da prosperidade e do desenvolvimento. Não há países que tenham chegado a algum lugar sem apoiar soberana e decisivamente sua engenharia. Assim como não existem nações que tenham crescido econômica e geopoliticamente sabotando, inviabilizando, destruindo, execrando, ensinando seu povo a desprezar, odiar e demonizar essa área, seus técnicos, trabalhadores, suas empresas, projetos, líderes e empresários, como o Brasil está fazendo agora. Sem engenharia, os soviéticos não teriam derrotado a Alemanha nazista, com suas armadilhas para Panzers e seus portentosos tanques T-34. Nem enviado o primeiro satélite artificial, o Sputnik, para a órbita terrestre, nem feito de Yuri Gagarin o primeiro homem a viajar pelo espaço. Sem engenharia, os Estados Unidos não teriam construído suas pontes e arranha-céus, monumentos inseparáveis da mística do american way of life no século 20. Nem produzido a primeira bomba atômica, ou chegado à lua em menos de 10 anos, a partir do desafio estabelecido pelo presidente John Kennedy em 1961. Desde a consolidação do Império Britânico, ela mesma filha direta, dileta, da Revolução Industrial inglesa; desde a substituição de importações pelos Estados Unidos após a independência, e pela URSS, depois da Revolução de Outubro de 1917, o mundo sabe: não existem nações dignas desse nome que consigam responder a questões como para onde avançar, como avançar, quando avançar, sem a ajuda da engenharia. Como fez Juscelino Kubitschek, por exemplo, com o binômio “Energia e Transporte” e seus “50 anos em 5”, e os governos militares que – embora o tivessem combatido e perseguido em várias ocasiões – o seguiram na adoção do planejamento como instrumento de administração pública e no apoio a grandes empresas brasileiras para a implementação de grandes projetos nacionais. Empresas e grupos que estão sendo destruídos, agora, pelo ódio, a pressão e a calúnia, como se tivessem sido atingidos por uma devastadora bomba de nêutrons. Com a maior parte de seus executivos presos em algum momento, as maiores empreiteiras do país foram levadas a avalizar a transformação de doações legais de campanha e de caixa dois em propina – retroativamente, nos últimos três anos. A aceitar, na ausência de provas cabais de pagamentos de corrupção na escala bilionária apresentada pela imprensa e aventada pelo Ministério Público a todo momento, a imposição de multas punitivas “civis” a título de nebulosas “indenizações por danos morais coletivos” da ordem estratosférica de bilhões de dólares. A render-se a discutíveis acordos de delação premiada impostos por uma operação que já acarretou para o país – com a desculpa do combate à corrupção – R$ 140 bilhões em prejuízo, a demissão milhares de trabalhadores, a interrupção de dezenas de projetos na área de energia, indústria naval, infraestrutura e defesa, a quebra de milhares de acionistas, investidores e fornecedores. Diante de tudo isso, não podemos fazer mais do que comunicar o falecimento da engenharia brasileira, famosa por ter erguido obras pelo mundo inteiro, de rodovias no deserto mauritaniano a ferrovias e sistemas de irrigação no Iraque; passando pela perfuração de galerias e túneis sob as montanhas dos Andes; pelo desenvolvimento de sistemas de resfriamento contínuo de concreto para a construção de Itaipu; ou pela edificação de enormes hidrelétricas na África Subsaariana.

A frase: “O jogo só acaba quando termina”. Nenem Prancha filósofo do futebol.


Subiu (Nota da foto)
Desde ontem o parceiro aí que tem programa de telefonia celular pós pago, está tomando na cabeça. Os estados vão cobrar ICMS sobre as contas. Ainda não tenho com certeza o valor do ICMS que vai ser cobrado na sua conta no Ceará, mas não será abaixo de 20%. Cadê as panelas?

Tá esquisito
É tanto dinheiro, mas tanto dinheiro de propina paga e recebida pela Odebrechet pelo mundo que começa suspeita de que por trás do angu tem carne.Quem se interessa?

Luto momino
Morreu no fim de semana, Antonio Barbosa de Lima. Conhecido popularmente por Antonio Leão, ele deu relevante contribuição para o Carnaval de Rua de Fortaleza.

Só na Finlandia
A partir de janeiro, 2.000 desempregados da Finlândia passarão a receber do Estado 560 euros (R$ 1.911) por mês ao longo de dois anos de forma incondicional e livre de impostos.

Entre eles
A ideia faz parte de um projeto nacional de implantação de uma "renda básica universal", com objetivo de promover o emprego no país. A iniciativa será administrada pelo Instituto de Seguro Social da Finlândia, conhecido como Kela.

Meia boca
"Acreditamos que isso poderá ser um grande incentivo para que as pessoas busquem trabalho, nem que de meio expediente", disse à agência Dpa Marjukka Turunen, chefe da unidade de assuntos jurídicos do Kela.

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