Cajuina na Itapipoca

Itapipoca ganha minifábrica para beneficiamento de caju

O governo do Estado entregou em Itapipoca, cidade localizada a cerca de 150 quilômetros de Fortaleza, mais uma Unidade Familiar de Beneficiamento de Castanha e Pedúnculo do Caju. A minifábrica, que fica na comunidade de Córrego dos Tanques/Torém, junta-se às 11 já entregues e que possuem estrutura e maquinários ideais para a fabricação de produtos derivados do fruto. “O cajueiro é uma árvore forte; assim como fortes são essas comunidades”, disse Francisco Carvalho, secretário-adjunto da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará. O sonho, iniciado em uma conversa na sombra de um cajueiro no local que hoje abriga a unidade, agora transforma a realidade de várias famílias.
O morador José Edilberto Alves, de 53 anos, vice-presidente da associação dos produtores, diz que o projeto Intercaju mudou a vida das famílias. Elas despertaram seu olhar para o aproveitamento de todo o caju, o que beneficiou a comunidade inteira por meio do aumento da renda. “Antes do projeto, vendíamos a castanha para o atravessador a um preço baixíssimo e jogávamos o ‘resto’ do caju fora. Depois do Intercaju, a gente viu que estava desperdiçando aquilo. Hoje aproveitamos tudo!
Fazemos cajuína, polpa de suco, doce, rapadura”, comenta José Edilberto.
Para ele, o Intercaju veio para melhorar a vida de todos. “Aquilo que a gente tinha como resto, agora aproveitamos e ganhamos dinheiro. Até a castanha, que antes era passada para um revendedor, hoje é beneficiada na própria comunidade”. O produto já sai embalado e etiquetado para a venda direta no comércio. “Aquilo que a gente tinha como ‘resto’, agora é aproveitado e fica como renda para as famílias do assentamento”,diz José Edilberto Alves, de Torém/Itapipoca.
Chance
Para o jovem Lindemberg Alves, um dos principais pontos do Intercaju é a possibilidade dos jovens continuarem vivendo no próprio assentamento. “Vejo que o benefício do projeto é a perspectiva de que nossa juventude terá renda aqui mesmo, sem precisar ir para a capital”, orgulha-se.
No discurso de inauguração, o coordenador técnico do Intercaju, José Ismar Parente, enfatizou a importância da comunidade ter apostado na iniciativa e ter respondido bem ao projeto. “Sinto que vocês vão dar continuidade a todo esse trabalho. Vamos acompanhá-los para que sigam em frente e a cajucultura se revigore no Ceará”. Hoje, os moradores realizam todo o beneficiamento da castanha, desde o corte, a secagem, a colocação da embalagem e a venda direta ao comércio.

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