Os trabalhadores brasileiros estão contribuindo mais para a
Previdência Social, segundo a Síntese de Indicadores Sociais – Uma
análise das condições de vida da população brasileira, divulgada nessa
sexta-feira (2), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Na última década, passaram a contribuir para a Previdência mais
pessoas que trabalham por conta própria, empregados domésticos e os
trabalhadores formais, com carteira assinada – categoria que cresceu de
46,2% para 58,2%.
Entre 2005 e 2015, aproximadamente três em cada dez trabalhadores por
conta própria passaram a pagar a previdência. A contribuição subiu de
15% para 28,9%. Já no caso dos trabalhadores informais, que não têm
carteira assinada – o aumento foi de 13,6% para 24,3%, chegando a quase
um em cada quatro. Os trabalhadores domésticos sem carteira, em
proporção menor, também estão depositando mais. No período, a
contribuição deles aumentou de 3,7% para 13,4%
Segundo o IBGE, no caso dos trabalhadores domésticos sem carteira,
categoria formada principalmente por diaristas, permanece o desafio de
aumentar a contribuição, na mesma proporção que as empregadas
mensalistas, cuja participação subiu de 39% para 59,1%.
De acordo com a pesquisadora do IBGE Cristina Soares, a Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) das Domésticas, de 2012, que obrigou patrões
a pagarem a previdência social, acelerou o aumento dos pagamentos das
mensalistas. Somente entre 2012 e 2015, o percentual subiu quase dez
pontos, de 50,3% para 59,1%. O caso das diaristas, o índice subiu menos,
de 12,4% para 22%, com uma pequena queda em relação a 2014 (23,2%).
Como a assinatura da carteira delas, por trabalharem menos de duas vezes
na semana, não é obrigatória, a contribuição é voluntária.
(Agência Brasil)
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