Visão de fora

Democrata mira latinos e faz projeção assustadora

Horas depois de uma nova pesquisa apontar Donald Trump cinco pontos à sua frente no Arizona e a seis dias da eleição, a candidata democrata Hillary Clinton jogou, em seu discurso nos arredores de Phoenix, na noite desta quarta-feira (2), todas as fichas em uma projeção assustadora do que seria um governo do rival -especialmente para os latinos.
“Imagine um presidente que rebaixe as mulheres, zombe dos deficientes, insulte os latinos, afroamericanos, muçulmanos, prisioneiros de guerra, que coloca as pessoas umas contra as outras, em vez de uni-las”, disse Hillary à plateia estimada pela organização em 15 mil pessoas no campus da Universidade Estadual do Arizona em Tempe, subúrbio de Phoenix.
A democrata, no entanto, desenhou um cenário ainda pior para os hispânicos, que são 21% dos eleitores do Estado. “Imagine um presidente que tem prometido ter uma grande máquina de deportação, para acuar milhões de imigrantes, e expulsá-los sabendo que famílias vão ser divididas mas que também a nossa economia vai ser afetada”, disse, prevendo que Trump enviaria agentes “de casa em casa, escola em escola, comércio em comércio” atrás dos imigrantes.
Arizona
Após 1h30 de atraso, Hillary subiu ao palanque para pedir que os milhares de apoiadores a ajudassem a aproveitar “a real chance de tornar esse Estado azul de novo”. O Arizona votou nos últimos 20 anos com os republicanos, mas, nesta disputa, apresentava um cenário de empate até o início da semana.
“Algumas pessoas dizem que o que eles querem é mudança. Bem, deixem eu dizer uma coisa: a mudança é certa, nós teremos mudança. A questão é que tipo de mudança teremos”, disse Hillary, que depois ressaltou que os EUA precisam de um presidente que “construa pontes e não muros”.
O comício de Hillary no Arizona -o primeiro dela no Estado desde a véspera da primária democrata local, em março- mostra a oportunidade que sua campanha viu em seus eleitores.

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