De dar medo: estudo aponta os países mais perigosos do mundo para turistas.
- Marcel Vincenti/UOL
No topo desta lista, aparecem lugares que se encontram atualmente em estado em guerra: são eles Síria, Iêmen, Afeganistão, Líbia, Sudão do Sul e a região norte do Mali (onde está a fascinante cidade histórica de Timbuctu), todos classificados como locais de "extremo risco" para o viajante. "Trata-se de destinos onde a lei, a ordem e o poder governamental são mínimos ou não existentes através de grandes áreas", diz o estudo. "Nestes países, há sérias ameaças de ataques de grupos armados contra turistas e expatriados".
Logo em seguida, na seção dos lugares que oferecem "alto risco" para o turista, surgem nações que ainda são populares destinos de férias para pessoas de todo o mundo: entre elas estão México, Colômbia e Egito, que, de acordo com a Control Risks, abrigam hoje regiões onde "a violência de rua ou o terrorismo podem afetar direta ou indiretamente os viajantes", que também correm risco de sofrer com "protestos violentos e conflitos comunitários".
No México, as regiões norte e centro-oeste são as que oferecem um ambiente mais hostil para estrangeiros: nestas áreas se desenrolam hoje sangrentos conflitos envolvendo cartéis de traficantes de drogas (que disputam o controle das rotas de fornecimento para os Estados Unidos) e forças armadas mexicanas. Já no Egito, uma das zonas mais perigosas é a parte ocidental do país, que abriga destinos turísticos (como o oásis de Siwa), mas onde há atualmente presença de grupos terroristas, muitos vindos da guerra líbia. O norte da península do Sinai, também pertencente ao território egípcio, e que exibe lindas paisagens praianas e montanhosas, aparece como um destino de "altíssimo risco" para forasteiros: lá opera hoje um grupos terrorista que jurou lealdade ao Estado Islâmico (e que é suspeito de haver explodido um avião russo sobre o Sinai em outubro de 2015, matando 224 pessoas).
Irã mais seguro do que o Brasil
A Control Risks classifica o Brasil como um país que oferece riscos "médios" ao turista. Isso quer dizer que, aqui, o viajante pode ser afetado "por crimes violentos e protestos de rua" e que, no território brasileiro, "a eficiência dos serviços de segurança e de emergência pode variar". Acompanham o Brasil neste perfil países como Bolívia, Peru, Rússia, África do Sul e grande parte da Índia.
O Irã, muitas vezes retratado como um lugar perigoso, é considerado como mais seguro do que o Brasil pela Control Risks: a maior parte do território iraniano foi definida como um lugar que coloca riscos "baixos" para os forasteiros, ou seja: lá, "os índices de criminalidade são baixos, a capacidade dos grupos terroristas é inexistente ou limitada e os serviços de segurança são eficientes". O estudo, porém, coloca também a maior parte da Turquia neste perfil – mas, como é sabido, o país foi recentemente atingido por diversos ataques terroristas (alguns deles matando turistas).
Estados Unidos, Canadá e quase toda a Europa ocidental também oferecem riscos "baixos" para seus visitantes estrangeiros.
Já a lista dos locais mais seguros do mundo para turistas é dominada pelas nações nórdicas Islândia, Dinamarca, Noruega, Suécia e Finlândia. Eslovênia e Suíça também fazem parte desse grupo.
Medo da violência
Em seu estudo, o Control Risks também pediu para que a empresa de pesquisas Ipsos MORI entrevistasse 1.119 pessoas em 75 países, para saber o que elas achavam sobre a situação da segurança dos turistas ao redor do planeta. Mais de 70% dos respondentes disseram que os riscos aos viajantes aumentaram no último ano. Outros 57% afirmaram que o mundo ficará mais perigoso para turistas em 2017.
A maioria dos participantes da pesquisa disse que ataques terroristas são sua maior preocupação ao fazer uma jornada nos dias de hoje. E mais de um terço deles tem como principal medo se ver no meio de um levante popular ao visitar um país estrangeiro.
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