Hillary teve pelo menos mais 140 mil votos que Trump
Clinton superou Trump em número de votos - 59,18 milhões para a democrata contra os 59,04 milhões do republicano
A
candidata democrata à presidência norte-americana, Hillary Clinton,
conquistou mais votos que o seu adversário republicano Donald Trump,
cuja vitória antecipa uma continuação dos conservadores no Supremo
Tribunal, para alívio dos tradicionalistas religiosos, ativistas de
armas e interesses financeiros.
Clinton
superou Trump em número de votos - 59,18 milhões para a democrata
contra os 59,04 milhões do republicano -, um número que pode aumentar
ligeiramente a favor de Hillary Clinton enquanto avança o escrutínio na
costa oeste e no Alasca.
Normalmente, o
vencedor da maioria dos 538 lugares do Colégio Eleitoral tem uma
maioria do voto popular, mas há exceções, como ocorreu em 2000, quando o
republicano George W. Bush chegou à presidência norte-americana, apesar
de ter menos 500.000 votos que o democrata Al Gore.
Com vitórias nos estados da Flórida, Pensilvânia e Ohio, Trump conquistou a chave da Casa Branca.
O
candidato do Partido Libertário (terceiro maior partido dos EUA), Gary
Johnson, recebeu cerca de quatro milhões de votos, enquanto a candidata
do Partido Verde, Jill Stein, obteve cerca de 1,1 milhões de votos.
Trump
impôs-se nos estados decisivos nas eleições presidenciais desta
terça-feira, em particular em lugares considerados seguros para os
democratas, conquistando assim mais do que os 270 votos que garantem a
presidência.
Quando ainda falta
confirmar os resultados em Arizona, Michigan e New Hampshire, Trump
obteve 279 votos, contra 218 para Clinton.
No Supremo Tribunal, os resultados eleitorais deverão garantir, possivelmente durante a próxima geração, uma viragem à direita.
Caso
Hillary Clinton tivesse chegado à Casa Branca nestas eleições, poderia
ter conquistado uma maioria progressista nesta alta instância, pela
primeira vez desde 1969.
O colégio do
Supremo Tribunal é constituído por nove juízes, estando atualmente
reduzido a oito - quatro conservadores e quatro progressistas -, desde a
morte, em fevereiro, do magistrado Antonin Scalia, um dos pilares da
direita conservadora.
Em caso de morte
ou reforma de um dos juízes, a sua substituição é indicada pelo
Presidente e, depois, confirmada pelo Senado. No entanto, este órgão
rejeitou reiteradamente aceitar o magistrado Merrick Garland, escolhido
por Barack Obama para substituir Scalia, uma estratégia criticada por
prejudicar o normal funcionamento das instituições.
Agora,
Trump está em posição de nomear o nono juiz do Supremo Tribunal, e a
sua escolha será forçosamente aprovada pelo Senado, que conservou,
nestas eleições, a maioria republicana.
O
candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump,
venceu as eleições, tornando-se o 45.º Presidente norte-americano, cargo
que ocupará a partir de 20 de janeiro de 2017.
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