Os cuidados com o amanhã
Cientistas
políticos, fofoqueiros, politiqueiros de carteirinha, imprensa séria, imprensa
não séria, imprensa paga, imprensa marrom, todo mundo, inclusive você, andamos
preocupados com a vida brasileira, cheia de bandidagem, dedurismo (pra mim
delação premiada ou não, é dedurismo), entregações e X9 à vontade. São
cuidadosos textos que alertam para a presença de aventureiros, uma raça que
acha que na política pode ficar rico, muito rico e mais rico do que o que já é.
Os exemplos temos-os em casa. Pois bem; a revista IstoÉ traz reportagem
nesta semana na qual afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria
recebido propina em dinheiro vivo. Segundo a publicação, em delação
premiada, Marcelo Odebrecht teria afirmado que fez pagamentos a Lula, e que os
valores em espécie faziam parte do montante de aproximadamente R$ 8 milhões
destinados ao petista pela empreiteira. A pergunta que se faz é por que motivo
uma delação tão importante, do presidente da maior empreiteira do país, demora
tanto tempo para vir à tona, já que seu teor é tão grave. O perigo de tudo isso
é o desmoronamento de uma liderança popular que não vai se conformar se a
acusação não passar de palavra contra palavra. O povo deve rachar: parte
acreditará e parte não. Mas de qualquer maneira, as duas partes com
certeza se tomarão de revolta, por frustração e por total falta de
esperança naqueles que, se forem mesmo corruptos, mostrarão que não agiam
pelo povo. Na verdade, roubavam. E essa falta de liderança neste segmento popular
pode permitir o surgimento de um Donald Trump, mas não um milionário. Pode
permitir um nacionalismo no qual a massa é que vai fazer parte do
movimento, e não a esquerda ou a direita. Será uma massa que vai ter
o direito de buscar a solução para eles, mas por eles. E aí, pode
concentrar a destruição de um país.
A frase: “Há brasas para todos. E um detalhe interessante: Dilma e Temer foram eleitos pela mesma chapa”. Do Chumbo Grosso sobre a delação premiada da Odebrecht.
Exceções
(Nota da foto)
Exceção
feita a todos aqueles que justificam seus erros com os erros alheios, por
favor, todos os demais queiram receber votos de feliz novembro azul.
Outra
realidade
O
mundo virou de cabeça pra baixo nos últimos vinte anos. Só vinte anos e o bicho
pegou. A violência assumiu o poder e o medo deu lugar à paz de andar pela aí
afora.
Medo
Uma
vez encarei seguranças, os mais brutos que se pode conhecer, numa viagem
presidencial a Portugal. Os caras chutavam as
pernas dos jornalistas,levaram de volta.
Medo
II
Outra
vez, na Turquia, um lugar onde não há medo, mas pavor de terroristas, pra não
perder uma matéria entrei pela saída das autoridades aos gritos de com
licença,com licença e deu certo.
Medo
III
Em
NY, as duas da manhã, atravessei da Primeira Avenida, da ONU, até a Quinta onde
estava hospedado sem uma gota de temor, aparelhado de computador,câmeras etc.e
tal.
Medo
IV
Certa
feira no aeroporto de Lima, com o terrorismo no auge, aventurei-me por caminhos
nada ortodoxos no terminal e fui acompanhado ao longe pela segurança. Mas não
morri.
Medo
V
Hoje
anda apavorado. Nos Estados Unidos, onde andava pra cima e pra baixo, de a pé e
a qualquer hora, anda mais uma ova. De dia fico olhando pro alto dos prédios,
sei lá se não tem um atirador maluco.
Medo
VI
Nas
aglomerações nunca fico no olho do furacão. Ando sempre pelas beiradas e,se
possível com uma marquise como proteção. E não ando só. Alvo fácil para franco
atiradores.
Medo
VII
Em
Fortaleza já não saio mais de casa depois das seis da tarde. Ou fico na rua até
mais tarde ou chego em casa e não saio novamente. Não dou chance pro canelau da
noite.
Entendeu?
Isso
é política. Política de segurança que o mundo abandonou ou perdeu a guerra.
Temos uma saída no Brasil; bota a Força Nacional nas ruas, bota os meninos do
Glorioso nas ruas e aí sim, vou arriscar a queimar o dente na bodega da
esquina.
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