Complexidade
Em
qualquer atividade, seja pública ou privada, o bom senso, a sinceridade
e a determinação permitem que as dificuldades e os obstáculos sejam
superados. Dentro deste prisma de raciocínio, vivenciamos, há algum
tempo, no Brasil momentos complicados envolvendo crises, conflitos e
desajustes em vários segmentos, inclusive nos Poderes Constituídos, com
consequências danosas, é claro, para a população em geral. Fazendo-se
uma analogia com a medicina, podemos dizer que o País se encontra na
UTI, precisando de cuidados especiais para levá-lo ao quarto, e depois
receber alta. Tudo compatível com uma “posologia” adequada. O desafio
não é fácil. Abrange aspectos políticos, econômicos, sociais, éticos e
morais. Reconhecemos ser fundamental, de um lado, a redução do
desemprego, da inflação, da taxa de juros, dos desníveis de renda, e de
outro, melhores níveis de saúde, de educação(cognitiva e
comportamental), de segurança, dentre vários pontos. Esse esforço, bem
que poderia gerar um “pacto de desambição nacional”, priorizando a
justiça, no sentido amplo, e combatendo a ganância, a falta de espírito
público e a corrupção. Por sua vez, os formuladores das politicas, além
da reação de determinados grupos cartoriais e corporativos, terão que
lidar com variáveis exógenas, efeitos colaterais negativos e, muitas
vezes, erros de avaliação. Ademais, é importante que as ações sejam
eficientes, isto é, evidenciem uma menor relação custo/benefício.
Torna-se dispensável, por fim, ressaltar que esse processo de
recuperação nacional deva ocorrer de forma democrática e republicana,
observando-se a Constituição.
Gonzaga Mota
Professor aposentado da UFC
Ex Governador do Ceará e meu amigo
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