Leão na jaula da Cê

Fortaleza fica no empate e segue na Série C

Não deu mais uma vez. O roteiro foi o mesmo de outros anos, mas o desfecho foi exatamente o mesmo. Muita luta, entrega, emoção, drama e um final nada feliz para a torcida leonina. A energia vinda das arquibancadas novamente foi um espetáculo à parte, mas a força não foi suficiente para impedir que o Fortaleza fracassasse e permanecesse na Série C do Campeonato Brasileiro. O algoz da vez foi o Juventude, que foi valente, soube lidar com a pressão, abriu o marcador com Hugo e resistiu bravamente até o apito final. Pio foi o personagem do lado tricolor, saiu do banco para empatar o duelo e forçar o goleiro Elias a trabalhar bastante. No fim das contas, 1 a 1 no placar e muita frustração na Arena Castelão.
Esperança
Ao todo, 63.903 apaixonados pelo Leão do Pici estiveram presentes na principal praça de esportes cearense, apesar da lembrança negativa das eliminações anteriores, o sentimento era de confiança e esperança. O time de Hemerson Maria foi a campo sabendo o que precisava fazer: pressionar, sufocar o rival gaúcho e buscar abrir o placar logo no início para jogar a responsabilidade para os comandados de Antônio Carlos Zago. E foi assim que a bola rolou no Castelão. O Tricolor subiu a marcação e não deu espaços ao Juventude.
Arthur Dellegrave / ECJuventude
Arthur Dellegrave / ECJuventude
Mas o gol não veio. O ímpeto do anfitrião, como era de se esperar, foi perdendo a intensidade à medida que o tempo passava e, com isso, o Papo, apelido do clube de Caxias do Sul, foi se soltando após suportar o início complicado. Mesmo assim, o Fortaleza assustou, principalmente com Corrêa, Rodrigo Andrade e Anselmo, que não esteve em uma noite inspirada. Os milhares de tricolores espalhados pelo estádio roíam as unhas, nervosos, e toda aquela confiança dava lugar a um nervosismo que estava lá, guardado no fundo do peito, esquecido desde o ano passado. O primeiro tempo chegou ao fim com o Juventude melhor na partida, querendo o protagonismo do confronto.
Mas, havia um jogador em campo predestinado a fazer toda uma torcida sofrer: Hugo. O centroavante foi o responsável pelos gols que rebaixaram o Leão, atuando pelo São Caetano, e novamente assumiu a vilania da história. Aos dois minutos, o camisa 9 recebeu cruzamento preciso e testou firme para o gol. O que ninguém queria acreditava estava se repetindo. Precisando de sangue novo, Maria foi substituindo e entre os que entraram estava Pio. Com uma expulsão para cada lado, os espaços apareceram e veio o empate.
Frustrante
Em linda cobrança de falta, Pio acertou um petardo e estufou a rede. Era o que o estádio precisava para explodir e voltar a acreditar no acesso. O mesmo Pio tentou mais quatro vezes, em arremates precisos, mas impedidos por Elias, uma parede quase intransponível. Os minutos correram, o relógio jogou contra, as chances eram desperdiçadas e o triste fim, que parece um carma, repetiu-se no Castelão. Pela sétima vez consecutiva, o Tricolor de Aço deixa escapar a oportunidade e frustra sua apaixonada torcida. Agora é esperar por 2017 e tentar mais uma vez.

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