O Congresso Nacional vai se reunir na noite da terça-feira (4) para
terminar a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2017
(PLN 2/2016) e analisar vetos e projetos de abertura de créditos
suplementares para ministérios, entre eles, o que libera recursos para o
FIES – Programa de Financiamento Estudantil.
Os parlamentares chegaram a se reunir no último dia 20, mas não houve
quórum necessário para votar matérias previstas em pauta. A líder do
governo no Congresso, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), lamentou o
adiamento da autorização de recursos para o Enem e para o Fies.
Já o senador Eduardo Amorim (PSC-SE) disse ter recebido alunos de
Medicina, que não têm como pagar o curso sem o Fies, preocupados com a
situação. “São famílias que não podem pagar que tinham esse programa.
Imagine o desespero de alguém que está no meio do curso e chega o
governo e diz que agora não tem mais financiamento”, lamentou.
O texto principal da LDO foi aprovado na sessão do Congresso Nacional
na madrugada de 24 de agosto. Entretanto, ficaram pendentes de votação
três destaques. Dois deles tratam praticamente do mesmo assunto e têm
objetivo de evitar que os recursos orçados para a área de ciência e
tecnologia em 2017 sejam bloqueados. O terceiro destaque suprime
dispositivo do relatório de Wellington Fagundes (PR-MT) que permite ao
governo alterar em até 20% a composição da carteira de obras do Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC). O governo já se posicionou contra o
destaque.
A LDO autoriza o governo federal a fechar o ano com um déficit de R$
139 bilhões e prevê um crescimento de 1,2% no Produto Interno Bruto
(PIB). Caso se confirme a estimativa, o Brasil completará quatro anos
consecutivos de déficit fiscal e, consequentemente, de crescimento da
dívida pública nacional. Além do rombo previsto em nível federal, o
projeto antecipa déficits de R$ 1,1 bilhão para estados e municípios e
de R$ 3 bilhões para as estatais.
(Agência Senado)
Nenhum comentário:
Postar um comentário