E aí, vão descontar os dias parados pela greve?

Após 31 dias, acaba greve dos bancários

Após 31 dias, os bancários do Ceará decidiram encerrar a greve, iniciada no dia 5 de setembro. A assembleia da categoria aconteceu na noite de ontem, na sede do Sindicato dos Bancários do Estado do Ceará (Seeb-CE), no Centro.
A última rodada de negociações entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários aconteceu na noite da última quarta-feira (5), em São Paulo. Na ocasião, foi proposto aos trabalhadores um reajuste de 8% nos salários e abono de R$ 3,5 mil. Com o reajuste, o piso de funcionários que trabalham em escritórios nos bancos passa de R$ 1.976,10 para R$ 2.134,19.
Além do reajuste e do abono, os bancos ofereceram reajuste de 10% no vale-refeição e no auxílio-creche-babá e 15% para o vale-alimentação. Em 2017, haveria a correção integral no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado, com aumento real de 1% em todos os salários e demais verbas.
Entre as propostas específicas, destacam-se a proteção dos funcionários no caso de reestruturação, ampliação de ausências legais e o compromisso de ampliação da inclusão das mulheres nas funções gerenciais. Ainda na noite de quarta-feira (5), uma rodada de negociação específica também aconteceu Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.
Segundo o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, Wagner Nascimento, após a apresentação da proposta, foi feito um amplo debate no Comando Nacional, com a orientação de aprovação. De acordo com o dirigente, “esta proposta foi considerada possível, numa greve com enormes dificuldades, mas que foi forte pela disposição de bancárias e bancários em participar da luta. Num cenário de ataques aos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras, o acordo de dois é uma forma de proteção dos nossos direitos, dentro do acordo coletivo aditivo”, afirmou.
Adesão
A greve deste ano se tornou a terceira mais longa da história, desde o ano de 2004, quando a paralisação chegou a 30 dias. No ano passado, a greve durou 21 dias. No Ceará, a adesão chegou a 76,8%. Segundo o Seeb, 432 das 562 agências existentes, paralisaram suas atividades devido à greve. Em Fortaleza, das 259 agências, 210 foram afetadas. O número representou 81% de adesão na Capital.
Reivindicações
Os trabalhadores reivindicavam reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando inflação de 9,31%; participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários acrescidos de R$ 8.317,90; piso no valor do salário mínimo do Dieese (R$ 3.940,24), e vales alimentação, refeição, e auxílio-creche no valor do salário mínimo nacional (R$ 880). Também é pedido 14º salário, fim das metas abusivas e do assédio moral, além de mais contratação e mais segurança.

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