JERÔNIMO E SUAS TRÊS MULHERES.
Transeunte rotineiro dos sois cotidianos de Icó, o
agricultor Jerônimo Bezerra, residente no sítio Retiro, pessoa
trabalhadora e de bem com a vida, foi acusado de ferir o ordenamento
penal e restou preso.
Daí, Jerônimo, nosso preso temporário, mostrou-se talentoso para o amor: uma namorada e duas esposas.
Preso, as três mulheres foram solidárias para com Jerônimo.
Procuraram o nosso então juiz de direito, Dr. Luiz Carlos e, o diretor de secretaria do fórum, Erlândio Rolim, para uma reunião.
“Senhor Juiz, Senhor Diretor, eu sou a nomarada de
Jerônimo, disse a primeira. Eu sou a esposa no papel de Jerônimo, disse a
segunda. Eu sou amancebada com Jerônimo, disse a terceira”.
- “Nós fizemos um acordo, sem briga alguma, pois, Jerônimo
está preso e nós queremos ter o direito de visitá-lo, intimamente, na
cadeia do Icó. Pelo acordo, Senhor Juiz, cada uma terá direito a ficar
com ele dois dias durante a semana”.
Dr. Luiz Carlos, nosso elegante magistrado, atento a
legislação penal-processual, decidiu por outro caminho: “concedeu o
alvará judicial, e, doravante a liberdade ao nosso homem do amor
Jerônimo”.
Agora livre das grades da cadeia icoense, Jerônimo terá que
decidir quantos dias, a seu bel prazer, ficará as suas mulheres em sua
companhia.
Pelo o visto, o amor não tem cerca que o separe!
(Do livro de causos do advogado Fabrício Moreira da Costa).
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