G-20
Nesta
semana estiveram reunidos na China o grupo formado pelos 20 países mais
ricos do mundo. Tomamos conhecimento, através da imprensa, que os
debates e as propostas apresentadas visaram alcançar melhores dias para a
comunidade internacional, pois os problemas são vários e
significativos. A ganância de determinados países motiva uma
desconfiança que prejudica o entendimento, de um lado, e gera
desigualdades e desequilíbrios políticos, econômicos, sociais e
culturais, de outro. Nessa linha de raciocínio, surgem a exploração
desordenada dos recursos naturais não renováveis, a miséria crescente de
milhões de pessoas, a corrida armamentista, a falta de solidariedade
humana, a ausência de uma paz estável, dentre outros problemas. O
radicalismo tem influenciado de forma negativa as alterações de
comportamento e de organização social. Crises,
desemprego, miséria e violência decorrem de movimentos radicais que não
buscam soluções, mas modelos errôneos do ponto de vista político.
Segundo Shakespeare, “A politica está acima da consciência”. A
hipocrisia é a chaga maior dessa atividade. Os países precisam de
caminhos pavimentados pela crença e pela largueza de propósitos,
observando-se, acima de tudo, os verdadeiros interesses das populações. A
coerência programática, baseada na justiça democrática e em princípios
éticos e morais, é o único remédio capaz de combater, atualmente, os
conflitos e desencontros da sociedade mundial. Este será o roteiro do
desenvolvimento equilibrado, com investimentos produtivos e distribuição
de renda, ou seja, a partição de todos na riqueza das nações, o
verdadeiro progresso da humanidade.
Gonzaga Mota
Professor aposentado da UFCE
Ex Governador do Ceará e meu amigo.
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