Justiça mantém afastamento do Prefeito e secretários de Quixadá decorrente de ação do MPCE
Na
última quinta-feira (18/08), o juiz Henrique Jorge Holanda Silveira
decidiu manter o afastamento de João Hudson Bezerra Rodrigues, prefeito
de Quixadá, e de outros sete membros de sua gestão que foram removidos
preventivamente dos cargos no dia 11 de agosto, como consequência da
operação Folhas em Branco, do Ministério Público do Estado o Ceará
(MPCE). Com a decisão do magistrado, todos permanecem afastados,
proibidos de acessar as dependências da Prefeitura e com bens e valores
bloqueados.
Na
semana passada, o MPCE e a Polícia Civil de Quixadá cumpriram mandados
de busca e apreensão de documentos na sede administrativa da Prefeitura e
nas secretarias municipais. A ação cautelar do Ministério Público
estadual é motivada pelo descumprimento de ordens judiciais que
pretendiam garantir o pagamento dos salários dos agentes públicos
municipais e investigar demais possíveis atos de improbidade
administrativa, como a realização de pagamentos por meio de conta
bancária bloqueada por ordem judicial.
“Os
promovidos simplesmente descumprem as ordens judiciais emanadas do
Poder Judiciário e segue realizando pagamentos aos credores escolhidos,
burlando as decisões judiciais. Provadas estão as sonegações de
informações, ocultação de pagamentos, empenhos, emissão de cheques e
transferências bancárias realizadas em contas públicas bloqueadas,
dentre outros, praticando seus atos numa cortina de fumaça”, consta na
petição inicial do Ministério Público.
Além
do prefeito, foram afastados, por 120 dias a gestora e ordenadora de
despesa do gabinete da Prefeitura, Ayla Mayara Arneiro de Barros; os
secretários municipais de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente,
Francisca Verônica Costa Marinho; de Educação, Antônio Martins de
Almeida Filho; de Planejamento e Finanças, Raimundo Nonato Martins; do
Desenvolvimento Social, Vera Lúcia Coelho de Aragão; o gestor e
ordenador de despesa do Departamento Municipal de Trânsito de Quixadá,
Geipson Lopes; e o procurador-geral do Município, Edil de Castro
Cavalcante.
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