Pimentel
dá testemunho da correção dos atos de Dilma
O senador, que foi
líder do governo no Congresso, defendeu a honradez da presidenta
O senador José Pimentel (PT-CE) deu testemunho da correção dos
atos da presidenta da República Dilma Rousseff no comando do governo
brasileiro. Em sua intervenção no julgamento do impeachment, na noite desta
segunda-feira (29/8), Pimentel afirmou que como líder do governo no Congresso Nacional,
de 2011 a 2016, pode atestar a honradez de Dilma. “Quero aqui fazer esse registro,
para que fique na história do Brasil. Pode haver presidente da República
honesto, mas mais honesto que a senhora eu não conheço”, garantiu.
Pimentel revelou bastidores da relação com a presidenta ao longo
do período em que foi líder. Ele informou que acompanhava de perto a elaboração
e tramitação de todas as propostas do governo, sejam projetos de lei, decretos,
sanções ou vetos. “Ela tinha um cuidado muito grande de analisar cada
autógrafo, de exigir a posição de todos aqueles na cadeia de produção de cada
proposta. E essa cadeia era formada por mais de 20 pessoas”, esclareceu.
Segundo Pimentel, esse processo ficou conhecido como
“espancamento de autógrafo”, pois Dilma só assinava cada documento depois que
todas as dúvidas estivessem superadas. Por isso, afirmou Pimentel, “me espanta
muito a afirmação de que os decretos orçamentários que baseiam a denúncia do
impeachment são ilegais, pois todos foram elaborados a partir de mais de 20
pareceres, nenhum deles em discordância com o disciplinamento legal”.
Em seu pronunciamento, Pimentel afirmou que o Senado, se não
derrubar a denúncia de impeachment, estará cometendo uma grande injustiça. “A
senhora enfrenta todas as questões com altivez e firmeza porque não deve nada à
sociedade brasileira, no que diz respeito ao cumprimento dos preceitos
constitucionais. Esta presidenta pode ter qualquer defeito, menos na condução
da coisa pública”, considerou.
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