Pimentel
é favorável ao teto de 12% para ICMS do querosene de aviação
Para o senador, o
limite vai beneficiar estados do Norte e Nordeste
O senador José
Pimentel (PT-CE) manifestou nesta terça-feira (12/7) sua posição favorável ao
projeto que estabelece um teto para o ICMS cobrado pelos estados sobre o
querosene de aviação (PRS 55/2015). A proposta em tramitação define a alíquota
máxima de 12% e pode ser analisada nesta quarta-feira pelo plenário do Senado.
Além de acabar com a guerra fiscal, tem potencial para baratear as passagens
aéreas.
O texto foi aprovado nesta
terça pela Comissão de Assuntos Econômicos. Como compete ao Senado legislar
privativamente sobre alíquotas do ICMS, a proposta não será votada pela Câmara
dos Deputados.
Segundo Pimentel, a uniformidade no imposto sobre o
combustível vai reduzir a guerra fiscal entre os estados, além de atrair mais
voos para regiões com menor malha aeroviária, como Norte e Nordeste. O senador informou que, no Ceará, o ICMS do querosene de aviação
chega a 25% nos vôos regionais, enquanto os vôos que saem de Fortaleza para
determinados países tem ICMS zero ou, no máximo, 4%. “Isso não é justo porque
termina onerando os custos do desenvolvimento econômico do estado",
ponderou.
Pimentel também
ressaltou que os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, além de
Brasília, com maior malha aeroviária, têm melhores condições de absorver o
impacto do alto custo do ICMS, já que tem maior volume de passageiros. “Enquanto
isso, os estados mais distantes, os periféricos, ficam com uma passagem muito
mais cara por conta desses custos”, disse.
Guerra fiscal - Para o autor do
projeto, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a proposta vai colocar fim à
guerra fiscal nos estados em relação às alíquotas de ICMS para o querosene de
aviação. Segundo ele, essas taxas oscilam de 3% a 25%, chegando a variar até
mesmo entre aeroportos de uma mesma unidade da federação. No Maranhão,
exemplificou, são aplicadas quatro alíquotas diferentes (25%, 17%, 12% e 7%).
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