Maioria de adolescentes vítimas de homicídio na Capital é homem e negro
O
Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência
apresentou, nesta sexta-feira (15/07), na Assembleia Legislativa,
relatório preliminar que aponta que 97% dos adolescentes assassinados em
Fortaleza são homens e 65% são negros. Foram 145 casos analisados.
Além
disso, o estudo identificou que 53% dos jovens mortos nunca cumpriram
medidas socioeducativas e 74% estavam foram da escola há, pelo menos,
seis meses.
Já entre os adolescentes que
cometeram homicídios, 53% tem conflitos no bairro ou em outro
território, 44% possuem limitação para se locomover nas áreas onde moram
e 89% deles declararam já ter sofrido agressão policial. No total,
foram ouvidos 122 adolescentes autores de homicídios.
O
deputado Renato Roseno (Psol), relator do Comitê, comentou que a morte
começa no abandono e na vulnerabilidade desses jovens. “Essa cadeia de
abandono é que leva ao envolvimento com o mercado de armas e a morte",
afirmou o parlamentar.
Renato Roseno adiantou
que a segunda etapa do trabalho desenvolvido pelo Comitê “é desenhar um
conjunto de políticas públicas eficazes, bem detalhadas, com metas
pontificadas para prevenção dos homicídios". Roseno avaliou que há
vários sinais de alerta para identificar os jovens que podem ser vítimas
de homicídio.
Saiba mais
O
Comitê Cearense pela Prevenção e Redução de Homicídios na Adolescência é
uma iniciativa da Assembleia Legislativa com o objetivo de investigar
os motivos dos assassinatos, as histórias de vida e o ambiente onde
viviam os adolescentes. A iniciativa tem apoio do Governo do Estado e
coordenação técnica do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Nenhum comentário:
Postar um comentário