A cela de luxo de um brasileiro preso no Paraguai
Jarvis Chimenes Pavão, conhecido barão da droga, está detido por branqueamento de capitais. Cela até tinha ar condicionado
Parece
um pequeno apartamento de luxo, mas afinal era a cela de Jarvis
Chimenes Pavão, um brasileiro a cumprir pena no Paraguai por
branqueamento de capitais.
Pavão, que segundo a BBC
é um conhecido barão da droga na América Latina, deveria cumprir pena
no Paraguai até ao próximo ano, sendo depois extraditado para o Brasil.
Agora, foi transferido para outra prisão, depois de as suas instalações
de luxo na cadeia de Tacumbu, próxima da capital paraguaia, Assunção,
terem vindo a público.
Uma
investigação está a decorrer para tentar apurar como Pavão conseguiu
montar a cela VIP. Segundo a AFP, os reclusos da prisão que quisessem
ficar nas suas instalações tinham de pagar uma taxa de cinco mil
dólares, cerca de 4500 euros, e uma renda semanal de 600 dólares - cerca
de 540 euros.
A cela tinha ar condicionado, mobiliário moderno e confortável, uma casa de banho privativa, estantes com livros e DVDs.
A
advogada Pavão, Laura Acasuso, garante que altos dirigentes da Justiça
paraguaia e vários diretores de estabelecimentos prisionais tinham
conhecimento dos privilégios a que o traficante tinha acesso. Na
sequência do escândalo, a ministra da Justiça paraguaia demitiu-se e a
sucessora já garantiu que a cela vai ser destruída.
Segundo
a advogada, Pavão terá contribuído para a modernização da cadeia, tendo
até renovado a biblioteca e aumentado os ordenados dos funcionários da
cozinha. "Ele era um dos homens mais amados desta prisão", disse um dos
reclusos, Antonio Gonzalez, à AFP. Um outro prisioneiro, sob anonimato,
confessou mesmo que não sabe o que será da cadeia sem Pavão.
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