Junho tem superávit de US$ 3,974
bilhões na balança comercial
Dados recém divulgados pelo
Ministério da Indústria, Comércio Exterior e
Serviços (MDIC), apontam para um superávit de US$ 3,974
bilhões na balança comercial de junho. A balança
comercial é a diferença entre exportações e
importações. No acumulado para o primeiro semestre do ano, o
resultado atingiu US$ 23,63 bilhões, ou seja, o melhor resultado da
série histórica. Como havia sido registrado nos
últimos meses, ocorreu maior queda nas importações do
que nas exportações, que vem possibilitando uma significativa
melhora na balança comercial brasileira.
Em termos de
volume exportado, o Brasil tem tido bom desempenho desde o ano passado.
Já em valor, o país tem exportado menos, sobretudo devido
à queda do preço das commodities – bens
primários com cotação internacional. Do início
do ano até junho, o volume de mercadorias exportadas cresceu 9,8%,
no entanto, os preços caíram em média 14,8%. No que
tange as importações, no mesmo período, a quantidade
importada caiu 20,1%.
Tais resultados mostram que, a despeito
da forte volatilidade, o câmbio ainda tem sido favorável ao
aumento das exportações e redução das
importações. No entanto, o Real tem apresentado uma rota de
rápida apreciação, registrando uma
valorização de 23,16% no primeiro semestre do ano. Em uma
ótica comparativa com outras moedas, o Real tem tido a maior
apreciação em relação ao Dólar no
período. Se esta trajetória continuar, o país
irá perder uma fonte central de retomada da economia e de
contenção do processo de desindustrialização.
As posições do Ministro da Fazenda e do Presidente do Banco
Central têm sido extremamente adversas a uma política
econômica que vise utilizar a taxa de câmbio e de juros como
pilares centrais para retomada da economia. Erros do passado são
continuamente repetidos e perpetuados por uma orientação de
politica econômica ortodoxa e incompatível com a realidade.
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