Companhia
Siderúrgica do Pecém realiza expedição da primeira placa de aço em evento
interno
- A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) deu início, esta manhã, à expedição
de sua primeira placa de aço comercial até o Porto do Pecém. A operação efetiva desta encomenda para um dos
sócios da joint-venture – Dongkuk –, totalizando 20 mil toneladas de placas de
aço, terá continuidade na próxima segunda-feira, 01 de agosto. Este marco
histórico da primeira usina siderúrgica integrada do Nordeste contou com a
presença de representantes do corpo gerencial da empresa, por ocasião de uma
cerimônia interna.
O transporte das
placas acontecerá pela CE-155, por meio de 16 carretas. O embarque via Porto do
Pecém, tendo como destino a Turquia e Itália, será feito até o final da
primeira quinzena de agosto. Com dimensões entre 220mm até 11.800mm, as
primeiras placas de aço da CSP para exportação serão utilizadas no processo de
relaminação à quente. As próximas exportações, com datas a serem definidas,
serão para Europa, Ásia África e Estados Unidos. A segunda encomenda atenderá
pedido do outro sócio da CSP, no caso, a sul-coreana Posco.
Uma das mais modernas
usinas siderúrgicas do Brasil e do mundo, a CSP produzirá placas de aço para
geração de produtos laminados de alta qualidade para a indústria naval, de óleo
& gás, automotiva e construção civil. Toda a produção,
que até o momento soma 68 mil toneladas de placas de aço, será voltada para os
sócios Vale, Dongkuk e Posco, que definirão os tipos de aço e a quantidade que
necessitam.
A expedição das
primeiras placas acontece nesta fase de comissionamento das principais plantas
da usina – coqueria, sinterização, alto-forno, aciaria e lingotamento contínuo.
A CSP
terá capacidade máxima de produção anual de até 3,156 milhões toneladas de aço
líquido e 3 milhões de toneladas de placas semiacabadas.
Aço de qualidade
A CSP adota tecnologia de ponta para a
produção de aços destinados a diversas finalidades e inicia sua operação
produzindo cerca de 60% de aços de baixo e médio teor de carbono e o restante
distribuído entre aços HSLA, API, ultrabaixo e alto carbono. São produtos que
atendem as mais rigorosas especificações do mercado mundial, como elevada
tenacidade, conformabilidade, estampabilidade, soldabilidade e resistência.
As tecnologias empregadas pela CSP são
consideradas globalmente como o “estado da arte” para a produção do aço.
Diversos processos implantados garantirão a produção de aço com baixo teor de
enxofre e com redução de gases, principalmente de hidrogênio e nitrogênio.
Como diferencial tecnológico, a siderúrgica
dispõe, na aciaria, de dois convertedores LD projetados para realização do
refino primário em dois estágios, processo conhecido como Duplo Vazamento, ou
ORP (Optimizing Refining Process). Por meio dessa prática, é possível a
produção de aços com ultrabaixo teor de fósforo, o que resulta em alta
produtividade e eficiência.
Na etapa final do processamento do aço, a
solidificação do aço da CSP é feita pelo Lingotamento Contínuo. Para este
processo, a CSP adotou um equipamento com recursos de última geração, como o
Dynamic Soft Reduction, resfriamento secundário com tecnologia 3D spray e
agitador eletromagnético no molde.
Meio
Ambiente
O montante de R$ 1 bilhão foi destinado pela
CSP à aquisição de equipamentos e processos voltados à preservação do meio
ambiente. As emissões atmosféricas durante a operação serão até 50% menores do
que os limites estabelecidos na legislação ambiental brasileira. Estima-se que
97% dos resíduos sólidos serão reaproveitados, índice maior do que os 95% da
siderurgia nacional.
A CSP produzirá toda a energia elétrica que
será consumida em sua operação, por meio do reaproveitamento de 100% dos gases
gerados no processo siderúrgico. O excedente de energia elétrica será
comercializado no mercado nacional de energia.
Sobre a CSP
Localizada em uma Zona de Processamento de
Exportação (ZPE) e com investimento de US$ 5,4 bilhões, a CSP é uma
joint-venture entre a brasileira Vale (50%), maior mineradora do mundo em minério
de ferro, e as sul-coreanas Dongkuk (30%), maior compradora global de placas de
aço, e Posco (20%), 5ª maior siderúrgica do mundo e a primeira da Coreia do
Sul. Nesta primeira fase, a CSP terá capacidade para produzir até 3 milhões de
toneladas de placas de aço por ano, gerando 2.800 empregos diretos, 1.200
terceirizados e 12.000 indiretas. O Produto Interno Bruto (PIB) Industrial será
incrementado em 48% e o do Ceará em 12%, a partir da
operação da usina.
Além de posição geográfica favorável à exportação,
o empreendimento dispõe de condições ideais de carga e descarga de
matérias-primas, a partir de infraestrutura disponibilizada pelo Governo do
Estado do Ceará. A ZPE do Pecém foi a primeira a entrar em operação no país e,
além da CSP, já funcionam na área a Vale Pecém, a White Martins e a Phoenix do
Brasil.
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