PROCAP realiza
segunda fase da operação "Frade de Pedra" e prende preventivamente
prefeito e vereador de Itapajé
A Procuradoria de Justiça dos Crimes
contra a Administração Pública (PROCAP), do Ministério Público do Estado do
Ceará, desencadeou, nesta segunda-feira (04/07), a segunda fase da Operação
"Frade de Pedra", no município de Itapajé. Foram cumpridos mandados
de prisão preventiva contra o prefeito do município, Ciro Mesquita da Silva
Braga, e o vereador Idervaldo Rodrigues Rocha, expedidos pela desembargadora
Lígia Andrade de Alencar Magalhães.
Na decisão, a magistrada determinou
ainda o afastamento do prefeito e do vereador por tempo indeterminado. A
coordenadora da PROCAP, vice-procuradora-geral de Justiça Vanja Fontenele,
explica que o pedido de afastamento e de prisão preventiva foi necessário,
diante do fato dos dois estarem tentando tumultuar as provas. "Comprovamos
que alguns vereadores foram abordados para que manipulassem as provas em favor
do prefeito e o vereador. Porém temos a ata e a gravação da sessão na Câmara
que comprovam o crime cometido", afirma Vanja Fontenele.
Ciro Mesquita da Silva Braga e
Idervaldo Rodrigues Rocha são investigados por envolvimento em fraude de
processo legislativo que tramitou em 2013, quando o vereador era, então,
presidente da Câmara Municipal de Itapajé. Na época, foi alterado um projeto de
lei para autorizar a locação de um galpão onde foi instalada uma indústria de
calçados. Além disso, estão sendo averiguadas irregularidades na licitação para
reforma do local. Na primeira fase da operação "Frade de Pedra" houve
a quebra de sigilos bancário e fiscal dos investigados, revelando sérios
indícios de participação em esquema de apropriação de recursos públicos e
lavagem de dinheiro, além de crimes contra a ordem tributária.
O prefeito e o vereador são acusados pela
PROCAP dos crimes de falsificação de documento público, falsidade ideológica,
inserção de dados falsos em sistema de informação, fraude em procedimento licitatório,
extravio de documento e peculato.
Participaram da operação, que contou
com o apoio de policiais civis do Departamento de Inteligência Policial (DIP) e
da Delegacia Regional de Itapipoca, os assessores da PROCAP, promotores de
Justiça Guilherme de Lima Soares e Ronald Fontenele Rocha.
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