De
machado a serra elétrica
Sabe
aquela história bonita dos quase contos de fadas com frases bonitas e pra cima
do tipo: O sândalo perfuma o machado que lhe abate? No Brasil não vale. Acho
que por aqui não tem sândalo, mas tem machado pra abater qualquer pé de pau que
lhe atrapalhe a vida e lhe faça “descer” pra Curitiba. Quando Buda disse “Sê
como o sândalo que perfume o machado que lhe abate”, nem imaginava que um dia
um machado iria abater garranchos, juremas, pau branco, cajueiros, jucazeiros e
outros cipós menos nobres da flora
nacional. Agora a danação: essa mata atlântica anda apavorada com as pancadas
que tem ouvido na floresta. Machado bate, pau cai. Machado anuncia, a mata
treme. Lá de fora, amigos distantes anos luz dessas coisas procuram assustadas
por opiniões. Árvores velhas, muitos anos dando frutos e abrigando às suas
sombras plantinhas menores, tremem ao sopro da menor ventania. O sopro do
terral abrindo a vela, por exemplo, deixa uma simples castanholeira, de raiz
rasa se pelando de medo. As algarobas suam frio a água que derretem de sua
folhagem. Cai cai balão, cai cai balão, aqui na minha mão. Cantiga de roda dos
tempos de infância povoam os medos qual mulas sem cabeça, curupiras,bicho-papão,
saci pererê e o cão por dentro do mato comendo mariola. Já vi muito bicho com
medo de machado. Meu tio Caetano tinha um açougue em casa. Matava porco pra
vender no mercado. Os porcos que iam morrer sabiam que iam morrer e gritavam
feito loucos. E olhe que ele os matava com uma pancada com o olho do machado,
não com a lâmina. Batia e depois sangrava. Mas, veja bem, nunca vi tanto terror
nos olhos das vítimas em potencial e dos galhos mais finos ligados à árvore
central. Um machado amolado, pra não ser imolado é muito capaz de virar
roçadeira ou serra elétrica. Serra? Êpa!
A frase: “— A única coisa que eu quero é a oportunidade de me explicar — pediu Jucá ao presidente. — Você dá as explicações e eu avalio — disse Temer, segundo o relato de um interlocutor presidencial.
Herói nacional (Nota da foto)
Sabe de nada,inocente
O
Rock in Rio Lisboa ganhou um presente do governo federal. O Diário Oficial
publicado no dia seguinte à posse de Michel Temer registrou a concessão de R$
4,999 milhões para a nova edição do evento, que começou na quinta passada.
Placa
O
dinheiro é para permitir a participação da Embratur no festival. O Rock in Rio
de Portugal já está em sua sexta edição e sem dúvidas é uma vitrine pra quem
quer vender destinos e outras mumunhas mais pro mundo europeu ver.
Os visitantes
Cinco funcionários da empresa, entre
eles seu presidente substituto, José Antônio Silva Parente, foram autorizados a
viajar para Portugal durante o Rock in Rio com despesas pagas pela Embratur.
Três deles ficam em Lisboa de 17 a 31 de maio.
Visão do inferno
Em Aracati, crianças
andando a pé, perdendo quase três horas por dia para ir à escola em outra
localidade, Morrinhos, pois a administração passada deixou fechar escola do
Tanque Salgado.
Chorão
Hoje,
aqui em Fortaleza, o senador Cristovão Buarque tem programação animada. Tem
reunião do partido dele depois uma palestra para correligionários no CIC, que
fica na sede da FIEC.
Fio
desencapado
Diz
quem deu um bacurejo nas fitas gravadas por Machado, o Sérgio, que é coisa
braba que poderá vir por aí. E pelo ouvido, não foi conversa de telefonema,não.
Foi gravador escondidos, desses de espião.
Do
goleiro ao ponta esquerda
Pelo
rumo da prosa e pelas conversas que
Sérgio teria tido com visitas a senadores do partido dele, o PMDB, a república
até poderá fechar. Isso está criando uma nova leva de candidatos eis que viriam
impedimentos pra mais de metro.
Tem
arrumação
A
Federação Cearense de Futebol, segundo diretor do Ferroviário, está fazendo
tudo pra botar o Alto Santo na primeira divisão do campeonato do Estado em
detrimento do Ferrim, um clube com história, público e renda. Mas teria político
no meio do jogo.
Na
Justiça
Com
todas as cartas na mão pra atestar as contas de chegada pro Alto Santo, o
Ferroviário vai à Justiça. Os prejuízos do Ferroviário foram pura armação via
pontos perdidos por adversários que, de fora, beneficiam o pretendente do
interior.
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